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RESENHA A POLÍTICA COMO CIÊNCIA

Por:   •  27/2/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.831 Palavras (8 Páginas)  •  209 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA

CURSO DE DIREITO

CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO

CAMILA TILLMANN FERREIRA

 

 

 

 

 

 

 

 

RESENHA A POLÍTICA COMO CIÊNCIA

 

 

JOINVILLE

2018

1 INTRODUÇÃO

O presente fichamento vem abordar a ciência política, em específico para  para as ciências jurídicas e sociais aplicadas. Com relação a natureza dos homens, pois cada um têm um partido de preferência, bem como empáfia com que a política é apresentada ressaltando as consequências de ser um analfabeta político, sendo que atinge o público médio brasileiro.

Nesse sentido esse fichamento trata e apresenta ao público, uma leitura da política como ciência, com o intuito de desligar-se de velhos mitos, concedendo então a política como ciência Revista Jurídica, com semelhança a àquela dada por Maquiavel aos contemporâneos.

        O desenvolvimento do objeto e autonomia é citado por Heiler “APUD” DALLARI (2016) “a análise política está presente desde Aristóteles e que Maquiavel mudou a forma como se encara a política”. Desta forma, a política se torna atividade restrita a poucos, da mesma forma em que surge a democratização do modelo de estado liberal, com o advento do estado democrático de direito.

        Para o autor a política obtém a ciência quando estão presentes elementos claros, bem como delimitados objetos de análise, em específico a ruptura do pensamento político clássico e moderno, a separação entre pensamento político, bem como a ciência política.

        Através do Estado democrático de direito, bem como as garantias constitucionais temos a ampliação do direito de participação política e reconhecimento do sufrágio universal masculino independente da condição social, o reconhecimento do pluralismo político com possibilidade de organizar concepções políticas distintas com objetivo de alcançar o governo do Estado, a integração das classes sociais no sistema político pondo fim a exclusão da classe trabalhadora, bem como a configuração do Estado como um sistema político no qual os atores políticos fundamentais são os partidos políticos.

Para distinguir o pensamento político da ciência é necessário estudar a política de de forma divergente, para tanto é indispensável o uso das técnicas estatísticas.  

Quanto ao desenvolvimento da política como ciência explica Heiler (2016) que “não possui uma grande obra ou um autor a cuja personalidade destacada possa se atribuir sua fundação”. Desta forma, a ciência política é uma disciplina independente, quando institucionaliza nascem associações que agrupam os estudiosos e profissionais da matéria. No período histórico as primeiras publicações em ciência política possuem afetuosa relação com o direito e com o ordenamento constitucional. Nos anos 50 que a Ciência Política é consolidada como disciplina desta forma surgem requisitos para seu reconhecimento científico, quais sejam:

  1. denominação reivindicada em comum;
  2. acordo sobre o campo de investigação;
  3. existência de instituições de ensino e investigação concedidos como próprios da disciplina;
  4. existência de meios próprios e diferenciados de difusão e diálogo científico na disciplina.

Na Europa a ciência política não se abrangeu da mesma forma que ocorreu nos EUA, isto porque houve uma instabilidade política devido as crises não temporárias, bem como as revoluções e transições nos sistemas políticos, um cenário de guerras civis e mundiais. Desta forma, a Democracia foi se consolidar apenas há pouco tempo atrás em parte dos países, fez com que o tema "Estado" não pudesse ser desprezado nas análises dos politólogos fixando então o objeto para a ciência política européia.

 A partir da UNESCO e das Nações Unidas criou-se uma base para auxiliar a ciência política a se constituir na Europa do pós-guerra. A IPSA inovação distinta da norte americana APSA, tendo em vista que se concentrou em questões históricas, filosóficas e normativas.

O autor cita que “ é certo que as especificidades nacionais, estatais, transnacionais de política e ciência política particularizam os problemas criando necessidades e prioridades científicas distintas, mas não mudam as grandes especialidades que definem a ciência política”. Nesse sentido, a Metodologia política, história das idéias políticas, teoria política, política interior (política brasileira), ciência da administração e análises de políticas públicas, se constituem um todo interdependente que chamamos de ciência política.

Com relação à Política e o crepúsculo dos Deuses, Heiler  explica que  a política significa em um saber distante do que sentimos, está ligado à atributos éticos, morais e vinculados à exigências de garantia de um "bem comum".

Maquiavel largou os domínios do dever-ser para concentrar-se no que é de fato, agindo de forma empírica, construindo-se a partir da realidade observada no campo da vida. Para Maquiavel a política deixou o sentido utópico, e ganhou o terreno da prática, nesse sentido a política é considerada ciência de pura técnica afastando idealizações e domínio ético marcada na antiguidade.

Em caráter científico na prática, a racionalização intelectualista que devemos à ciência e a técnica científica, significa que qualquer indivíduo em uma fábrica, em um escritório ou em um gabinete de Estado possuem a respeito das condições de vida. De acordo com Weber o indivíduo utiliza mensagem de texto, ou aquele no qual recebe o sinal enviado por satélites na Televisão, não imagina os mecanismos no qual fazem tal coisa. Nesse sentido, a mesma ciência que traz boas condições de vida, não dispõe de meios para (re)distribuir estes saberes.  

É importante ressaltar que as ciências não se limitam às questões técnicas que se voltam ao desenvolvimento dos métodos empíricos de análise que remontam a Galileu, Bacon, e a Condorcet, e Durkheim, é necessário abordar as estratégias para diminuir o fosso estabelecido entre ciência e senso comum.

Quanto ao saber como ação política, é necessário entender que a discórdia vai além da falta de entendimento entre as disciplinas. Para Michael Foucault citado por Heiler é necessário ser debatido a inexistência de uma ciência neutra ou despolitizada, todo saber é político. É importante saber que o conhecimento científico e ideológico, só existe quando há condições políticas que são as condições para que se formem tanto o sujeito, quanto os domínios do saber.

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