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RESENHA CRÍTICA RELACIONANDO OS VÍDEOS

Por:   •  2/5/2018  •  Resenha  •  927 Palavras (4 Páginas)  •  562 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA RELACIONANDO OS VÍDEOS

        Por meio de uma animação curta e envolvente, Steve Cutts choca ao propor uma reflexão acerca da realidade da sociedade moderna/contemporânea, e dos desdobramentos cruéis que a indústria capitalista e do consumo impõem ao indivíduo.  O vídeo, de viés antropomórfico, não apenas questiona a busca incessante pela felicidade a qual nos submetemos, como também indaga acerca da natureza e origem da felicidade.

        Quando voltamos nosso olhar para a Grécia Antiga, e amparado sobre a visão dos grandes filósofos, como Aristóteles, observamos que a felicidade estava relacionada com a contemplação das virtudes como coragem, justiça, e principalmente com o exercício da razão e do justo agir. De outro viés, os epicuristas defendiam que a felicidade estaria na satisfação imediata dos prazeres primeiros[1] e se concretizava com o alcance do estado de ataraxia, que nada mais que é a impertubabilidade absoluta da alma diante das vissitudes da vida.

        Todavia, a partir da modernização, e especialmente depois da Revolução Industrial, o conceito de felicidade foi modificado em sua essência e passou a ser atrelado ao consumo. Desta forma, a felicidade não é mais um estado a ser alcançado, mas uma coisa a ser conquistada ou adquirida. Em síntese, a felicidade passa a ser vendida como uma coisa a ser obtida por intermédio de  produtos: celulares, carros novos, moda de alta costura e diversos outros artefatos que são confeccionados para determinados nichos de grupos.

        É exatamente acerca disso, dessa suposta possibilidade de compra da felicidade, que a animação do diretor inglês trata. Vivemos em uma sociedade em que as pessoas buscam comprar a felicidade, e para isso, abdicam de sua qualidade de vida. As pessoas acostumaram-se a trabalhar durantes horas a fio, em serviços burocráticos e despersonalizados, para receber ao final da jornada mensal um salário que comprará o novo carro, o novo celular, a nova mochila. Acontece que a felicidade causada pelo consumo é efêmera, não perdura no tempo, pois não é a felicidade verdadeira. Trata-se somente de um arquétipo, de uma falsa felicidade, posto que a felicidade é um estado e não um objeto.

        Com o passar do tempo, as pessoas não se satisfazem mais com os produtos vendidos e passam a abusar do consumo de substâncias que atuem diretamente no sistema nervoso e tragam aquela sensação de euforia, conhecida outrora por meio da compra e das tardes no shopping ou, atualmente, no site de e-commerce. E não é sem razão que buscam substância para o alcance da felicidade: a própria indústria farmacêutica se transformou em um comércio lucrativo. É por isso, também, que hoje encontramos megastores farmacêuticas em casa esquina.

        Ocorre, contudo, que o consumo desenfreado, que é altamente estimulado por meio de propagandas e estratégias de marketing, origina diversos problemas sociais e ambientais, para os quais a sociedade fecha os olhos. É sabido que diversas empresas utilizam mão-de-obra escrava, mas isso não é suficiente para ensejar um boicote a empresa: o consumo do produto vale mais que a vida do outro. Trata-se, pois, da mais plena forma de egoísmo e da ausência total de empatia e alteridade.

        O segundo documentário, Meat the Truth – Uma verdade mais que inconveniente, trata justamente da indústria da carne e dos impactos causados pelo consumo exacerbado Não somente aborda os métodos cruéis que envolvem o manejo de animais destinados ao consumo, como também os impactos causados no meio ambiente.

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