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RESUMO DO ARTIGO SOBRE “AS MISÉRIAS DO PROCESSO PENAL” DE FRANCESCO CANELUTTI

Por:   •  19/9/2020  •  Resenha  •  1.481 Palavras (6 Páginas)  •  817 Visualizações

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RESUMO DO ARTIGO SOBRE “AS MISÉRIAS DO PROCESSO PENAL” DE FRANCESCO CANELUTTI


INTRODUÇÃO

Em 1957, Francesco Canelutti, escreveu “As misérias do Processo Penal”, onde retrata, com uma análise filosófica, o problema social por trás de formalidades e ditames legais. Além de, mencionar, os diferentes momentos do Processo Penal, analisando, traje, entes envolvidos, a dualidade do homem, a possível interferência da mídia no andamento do processo e a importância de se considerar a condição humana do réu. É uma obra em que mesmo sendo antiga, é compatível em alguns pontos com o Processo Penal e a atual realidade social vivenciada.

PREFÁCIO

De início, surge a ideia de que, o saber nem sempre serve o bem, como deveria. E o Processo Penal, deveria ser alvo de análise, para ser entendida a importância da compreensão dos juristas sobre esse processo. Além de criticar o público e a mídia, por tratarem o sofrimento alheio como “diversão”. Outrossim, o autor critica o fato do réu ser tratado de maneira diferente, que não ser humano. E só seremos civilizados, quando nos enxergarmos como iguais.

I – A TOGA

        Aqui é discutida o uso e a simbologia da Toga. Considerada divida e também uniforme. Divisa, representa o signo da autoridade, distinguindo os que exercem dos que ela é exercida. Como uniforme, une magistrados, exercendo a autoridade. Para defensores e advogados, exercício à serviço da autoridade e o alcance da justiça, porém surgiam julgamentos, em relação ao ganho ou não de causa, assemelhando-se de certo modo mais aos réus do que juízes. É considerada também, o uso da toga como símbolo de recato, além de que para alguns é dada como armadura inútil e disfarce teatral nos casos de processos célebres. E por fim, é relatada a importância do processo penal ser tratado com civilidade.

II – O PRESO

        O capítulo traz uma contraposição entre “homem de toga” e o “homem da cela”. Aqui o homem é considerado como um ser complexo, que tem dentro de si, o bem e o mal, sombra e luz, miséria e riqueza e o conceito de que somente o bem tem poder de vencer o mal. A pena deveria servir como meio de reativar a chama da bondade, mas em alguns casos não se cumpre. Em resumo, por trás de um delinquente existe alguém que vive à margem da sociedade, precisa ser resgatado e reinserido, como humano que é.

III – O ADVOGADO

        Nesse capítulo, o advogado é considerado muito além de prestador de serviços ao preso. A palavra advogado, significa “chamado a socorrer”. Ser capaz de se colocar no lugar do réu, compreender necessidades e solidão, é imprescindível para a profissão. Além de, ser visto como esperança, amizade e força para enfrentar o processo. Aí surge a nobreza e a dificuldade da advocacia.

IV – O JUIZ E AS PARTES

        Aqui é relatada a distância entre as posições do juiz e as partes para um julgamento imparcial, onde o juiz deve estar acima das partes. Já que por ser homem, poderia também ser parte. Assim, a imparcialidade deve ser reduzida, pois ela é impossível alcançar. O autor discute o a posição das partes nas audiências, o Ministério Público fica ao lado do juiz, já o defensor ao lado do banco dos réus. Ele considera que eles deveriam ter o mesmo patamar, abaixo do magistrado. E também que, se fosse pensado no que é necessário para ser juiz, ninguém aceitaria. Somente conhecendo sua indignidade o ajudaria a ser menos digno.

V – PARCIALIDADE DO DEFENSOR

        Aqui são dadas considerações sobre a importância da parcialidade do defensor e imparcialidade do acusador, dando aos juízes os substratos para a compreensão dos processos, e o desenvolvimento do julgamento. Todo homem é parte, apoderando-se de frações da verdade. Defensores a acusadores expõe sua forma de acreditar nessas verdades, cada um com suas argumentações, tentando se aproximar mais do certo. Se o advogado fosse imparcial, trairia seu próprio dever e entraria em contradição com sua razão no processo. Eles carregam a cruz pelos outros e ai está a sua nobreza.

VI – DAS PROVAS

        O processo penal é o caminho para apurar a verdade e as provas são meios pelo qual ele se mostra. É necessário saber se determinado fato ocorreu ou não, para saber se o réu é culpado ou não. O autor menciona a importância de apurar os fatos, conhecer a história, para conhecer o homem. A interferência da sociedade e a mídia, atrapalha e degenera o processo penal, pois muitas vezes o acusado tem sua integridade estragada. O princípio da presunção de inocência é ferido, no momento em que julgamentos e condenações surgem, sem ao menos existir defesa.

VII – O JUIZ E O IMPUTADO

        Nesse capítulo, é analisada a relação entre o juiz e o julgado. A função do magistrado exigiria que este vá além da reconstrução dos fatos, isso não basta. É preciso conhecer o autor do crime para julgar com justiça. Só é possível entender o julgado conhecendo sua história de vida. Surge a ideia de que, o perigo mais grave é atribuir ao outro a nossa alma, julgar aquilo que ele sentiu, compreendeu, quis, aquilo que nós sentimos, queremos. A questão é que a missão do processo penal é muito grande e não prescinde sua existência. Isto é, não é possível, julgar alguém com total justiça, é necessário tratar o imputado com total respeito, questão civilidade.

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