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Resenha Crítica do filme treze dias que abalaram o mundo

Por:   •  27/11/2015  •  Resenha  •  1.229 Palavras (5 Páginas)  •  4.618 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO FILME: TREZE DIAS QUE ABALARAM O MUNDO

FABIANA SANTOS DA SILVA LIMA

Neste breve trabalho procuraremos abordar os aspectos apresentados no filme "Treze dias que abalaram o mundo", relacionando-os com conteúdos trabalhados na disciplina Direito Internacional Público. Principalmente, os que tratam dos papeis dos órgãos dos Estados nas relações internacionais e os meios de solução de conflitos.

O referido filme, baseado em fatos reais, retrata um dos episódios mais marcantes do mundo pós segunda guerra mundial, a "Crise dos Mísseis", ocorrida em 1962. O mundo vivenciava o contexto da Guerra Fria e este acontecimento gerou entre as nações um verdadeiro estado de tensão em virtude de ameaças não claramente declaradas mas, existentes e reais, entre os EUA e a URSS, as duas grandes potências da época. Esse episódio de confronto envolveu em seu cerne armamento nuclear, espionagem, discussões a portas fechas, negociações diplomáticas, habilidade política e deixou a humanidade em alerta e muito próxima de uma terceira guerra mundial.

Ao longo do filme temos a oportunidade de observar como se deu todo o processo de negociação ocorrido ao longo dos treze dias que, verdadeiramente, abalaram o mundo. Como, o comportamento dos chefes de Estado das duas nações diretamente envolvidas, o presidente norte-americano John Kennedy e Nikita Krushev, primeiro ministro soviético; a atuação de seus órgãos de governo, embaixadores, ministros, secretários, assessores políticos, assim como a própria imprensa.

Ao tomar conhecimento por meio de fotos tiradas por uma avião espião americano de que os soviéticos estavam construindo bases e mísseis na ilha de Cuba, o presidente americano logo tratou de convocar o Comitê Executivo do Conselho de Segurança Nacional, coordenado pelo secretário de justiça americano Robert Kennedy, para avaliar a situação e imediatamente propor soluções para evitar um conflito de proporções danosas, como o que ocorreu no ano anterior, no episódio mal sucedido de ataque à ilha de Cuba, que ficou conhecido como a "invasão da baía dos porcos". ainda preocupado com a repercussão da decisão da mal sucedida, agora, diante dessa nova ameaça de conflito era necessário agir com cautela. Assim, formado por membros do mais alto escalão do governo americano, por treze dias os membros deste conselhos reuniram-se em busca da melhor saída. Afinal, era o órgão responsável por assessorar o presidente ante a tomada de decisões que afetassem a paz e a segurança nacional. Durante todo o decorrer dos dias, nas muitas discussões e defesas de posicionamentos, secretário de defesa, de justiça, embaixadores, membros das forças armadas, assessores encontraram apenas três soluções: ataque aéreo às bases dos mísseis, invasão à ilha de Cuba ou bloqueio naval para evitar a chegada de material bélico soviético à ilha. As forças armadas americanas defendiam a invasão, o secretário de segurança o bloqueio naval. Enquanto isso, o presidente Kennedy ponderava por uma decisão efetiva afim de não repetir o mesmo erro do ataque à baía dos porcos.

Para acirrar ainda mais a situação, a visita do ministro de relações exteriores soviético Andrey Gromyko foi mantida e ambos resolveram fingir desconhecer a instalação dos mísseis em Cuba. O presidente americano não queria deixar a população em pânico. Agora, diante dessa controvérsia, era preciso agir num primeiro momento por meio da diplomacia e apenas em caso extremo partir para um conflito real, caso fosse realmente necessário.

Durante todo o desenrolar da história o que se vê é justamente isso, o jogo diplomático, a conversa, as muitas táticas que podem ser utilizadas antes de um verdadeiro conflito armado. É a portas fechadas que tudo isso acontece e na maioria das vezes grande parte da população desconhece. Podemos observar que o presidente não governa sozinho, ele precisa ser assessorado e cada um é responsável pela análise de determinado ponto do conflito. São muitas as opiniões, as decisões a serem tomadas e mesmo cabendo ao presidente a decisão final é imprescindível a atuação desses órgãos de auxílio ao Estado. Numa situação dessas, podemos ver claramente a importância do Direito Internacional e sua real aplicação.Até mesmo para a aplicação de determinada medida é necessário o estudo dos termos a serem utilizados. A opção de adotar o bloqueio naval mas, de utilizar essa estratégia com o nome de "quarentena", teve o intuito de não apresentar logo ao mundo que estava adotando uma tática de guerra. E, afim de legitimar tal decisão pediu ao Conselho de Segurança da ONU que aprovasse uma resolução que apoiasse tal decisão. O embaixador americano Adlai Stevenson foi enviado à uma reunião do Conselho de Segurança

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