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Resenha Teoria do Conflito

Por:   •  19/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  538 Palavras (3 Páginas)  •  541 Visualizações

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COLLINS, RANDALL. A TRADIÇÃO DO CONFLITO. IN: QUATRO TRADIÇÕES SOCIOLÓGICAS. TRADUÇÃO DE RAQUEL WELSS – PETRÓPOLES, RJ: VOZES, 2009. [49-73]

RESENHA[1]

Iasmin Oliveira Freitas Barbosa[2]

Neste livro Randall Collins apresenta as quatro tradições sociológicas que ele considera como as mais importantes.

A teoria do conflito entende que a sociedade é constituída por dois grupos: classe operária e classe burguesa. Essa linha de pensamento intelectual, entretanto, não somente estuda os conflitos em seu sentido concretizado – guerras, lutas, etc. –, mas ela tem uma amplitude maior abrangendo tudo o que diz desrespeito a essa sociedade, haja vista que esse conflito pode estar implícito como é apresentado por Collins (2009:49) “seu principal argumento não é simplesmente de que a sociedade consiste em conflito, mas o de que, quando o conflito não é explícito, ocorre um processo de dominação”.

Ademais as pessoas pertencentes a essa sociedade querem impor suas ideias aos outros gerando assim esses conflitos. Assim, o autor mostra que “a ordem social é constituída por grupos e indivíduos que tentam impor seus próprios interesses sobre os outros”, no qual podem gerar “conflitos abertos para obter vantagens” (COLLINS, 2009:49). Nicolau Maquiavel e Tucídides são apresentados como ‘teóricos” da teoria do conflito, foram exilados ao se apropriarem da tradição histórica do conflito para desenvolver esses pensamentos, sobre seu ponto de vista.

 “A história de cada igreja – cristã, muçulmana, budista ou qualquer outra, não importa o quanto sua doutrina pregue o amor ou o pacifismo – foi, no entanto, uma história de luta, de divisões, de perseguições, de conflitos, frequentemente, entrelaçada com facções econômicas e políticas presentes na sociedade mais ampla. Portanto, os sociólogos do conflito sempre tenderam a focar em materiais históricos e a se preocupar com padrões de mudança de longo prazo” (COLLINS,2009: 50)

Dessa maneira, para iniciar a discussão sobre a tradição do conflito, o autor destaca a posição fundamental de Karl Marx nesse certame, com os seguintes dizeres: “Marx é o centro de uma tradição que mais do que qualquer outras representou o conflito. Ela também se tornou a doutrina de um movimento político – que foi revolucionário em um determinado momento” (COLLINS, 2009:51). Sua grande importância se deve ao fato de ter inaugurado a sociologia do conflito, pois “também se sentia atraído pela ênfase explícita no conflito, que estava presente no esquema de Hegel” (COLLINS, 2009:51). Hegel, por sua vez, vê a religião como uma “força progressista que apontava a direção para a história futura e para a superação da alienação humana” (COLLINS, 2009:51).

O autor ressalta que pode-se entender a obra de Marx não propriamente como sociológica, mas como uma obra de “economia bastante técnica” (COLLINS, 2009, p. 56), ele coloca Engels como mais sociológico que Marx. Explica que é comum nos referirmos a uma obra de Marx e Engels como uma obra Marxista, e que é comum pensar que Engels é “intelectualmente inferior”, tê-lo apenas como um colaborador. Entretanto, ele destaca que Engels “merece ser considerado em si mesmo”, alegando que “suas contribuições para a Sociologia do conflito são as mais sólidas e mais duradouras”. (COLLINS, 2009, p. 56)  

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