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Resenha a Guerra das Mães

Por:   •  23/11/2022  •  Resenha  •  392 Palavras (2 Páginas)  •  153 Visualizações

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Universidade Federal de Lavras

Ciência Política e Teoria do Estado (GCH-238) - 2022/1

Referência bibliográfica- Adriana Vianna; Juliana Farias

A Guerra das Mães: Dor Política em Situações de Violência Institucional

Júlia Saúde Martins

Lavras- 22/11/2022

O artigo busca discutir relações entre violência e gênero e refletir sobre o protagonismo político das mães em situações de violência institucional. A Rede de Comunidades e Movimentos contra Violência, que atua no Rio de Janeiro desde 2004, é um movimento de mães que se organizaram e formaram um grupo para conseguir lutar por justiça pelas vidas ceifadas dos seus filhos pelo Estado e, também exigir a exoneração dos agentes que agiram contra a lei.

Diante de um jogo de poder e relações de gênero, é descrita pelas autoras a ideia do Estado como figura masculina e, por outro lado, as figuras femininas das mães que experienciam a perda do seu bem mais precioso: o “direito de ser mãe”. Essas experiências circulam através de redes ativistas que passam a ser vistas como parte de um coletivo que busca uma reparação pública. Movidas pelo luto e revolta, essas mães e familiares de vítimas exercem o papel de atores políticos em arenas variadas.

Ademais, o texto apresenta audiências judiciais, julgamentos e atos políticos. O Estado que tira a vida e justifica a ação como “auto de resistência”, tenta provar que os mortos eram bandidos e os colocam no lugar do inimigo a ser morto. Em sua imensa maioria, esses jovens são pobres, negros e moradores de periferia.

Como evidenciado no texto, com um recorte de uma audiência judicial, o papel das mães é essencial para “limpar moralmente” as vítimas, provar que seus filhos não eram bandidos e expressar que “mãe de traficante não fica lutando por justiça”. Mesmo com toda a rede de apoio, provas e denúncias, não há sequer um caso de policiais que tenham sido devidamente investigados, julgados e punidos conforme a própria lei orienta.

Desse modo, é possível refletir sobre o papel do Estado na sociedade. Juridicamente, esse papel é garantir a segurança de seu povo, porém movido por interesses particulares e individuais o Estado se volta contra a sociedade e permite a opressão de uma classe sobre outra. Assim, a violência passa a ser apresentada como exceção. No entanto, como observamos no artigo, essa violência é explícita, visível e recorrente.

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