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Resumo do documentário "O dia que durou 21 anos"

Por:   •  10/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  3.772 Visualizações

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Nome: Maíra Salgueiro Freire

Professor: Tiago Botelho

Matéria:  TLE – Direitos Humanos e Fundamentos

Filme: O Dia Que Durou 21 Anos

O documentário intitulado de O Dia Que Durou 21 Anos, dirigido por Camilo Tavares, tem por intuito de falar sobre o período do Golpe Militar no Brasil, falando desde momentos que antecederam a sua realização até detalhes que fizeram parte do dia que acabou durando 21 anos. A abordagem cinematográfica do fato, é bastante rica em detalhes que apontam a forte atuação do governo dos Estados Unidos da América (EUA) fomentando a retirada de João Goulart do poder, colocando alguém de sua confiança para liderar a nação brasileira.

O filme inicia tratando do duro golpe que os EUA sofreram com a tomada de poder em Cuba por Fidel Castro, institucionalizando um governo anti-capitalista no quintal norte-americano. Em tempos de Guerra Fria, tal fato botava em cheque a capacidade de influência do “país modelo capitalista” para o mundo, sobre as Américas e sobre o Ocidente, principalmente. Portanto, era preciso por parte do governo norte-americano, sob liderança de Kennedy, estar mais atento e ser mais atuante nas suas proximidades territoriais.

Tendo essa experiência amarga pretérita com Cuba, desenhava-se agora no Brasil, um país com dimensões continentais, um governo que tinha fortes tendências a seguir os passos da ilha caribenha. Tudo começou quando da renúncia de Jânio Quadros à presidência brasileira, tendo de assumir o cargo, legalmente, o seu vice João Goulart, que estava em viagem, coincidentemente ou não, à China. Em território brasileiro, muito era temido o retorno de Jango para assumir a presidência da república, pois o mesmo simpatizava com teorias governistas que assustavam os capitalistas. Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e grande aliado do então vice-presidente, foi o maior defensor da continuidade do processo legal para que o novo presidente assumisse o cargo, tendo inclusive a ação da polícia do Estado para proteger locais-chave para quando da posse de Jango. Foram montadas barricadas, metralhadoras, mobilização de veículos e tudo o mais em defesa da Constituição. Porém neste período não foi necessário o uso de força, tendo o novo presidente desembarcado dias depois em solo brasileiro, ficando acordado a efetivação de um governo em que João Goulart era o presidente, mas sob um molde parlamentarista.

Neste momento entra em foco a atuação de um homem que foi escolhido à dedo pelo então presidente Kennedy para ocupar o cargo de embaixador norte-americano no Brasil: seu nome era Lincoln Gordon; era um homem culto, que falava o português e que há muito estudava o país canarinho. O embaixador conseguiu convencer a inteligência de seu país de que Jango fortaleceria o sindicalismo no Brasil e em seguida perderia o poder para o Comunismo. O objetivo dado a ele pelo presidente era claro, e o mesmo tinha carta branca para fazer de tudo a fim de que os EUA não perdessem o Brasil. Gordon começa então sua atuação frente à política e economia brasileira, fazendo contatos políticos, militares e o tempo todo exercendo influência sobre importantes homens do Brasil, e, claro, relatando rotineiramente tudo ao governo estadunidense.

Com Jango tendo assumido o poder no Brasil, Kennedy chama João Goulart para uma visita aos EUA, onde são firmados acordos econômicos, em que os EUA investem altos valores no Brasil, permitindo o progresso da nação. Na continuidade do processo governamental brasileiro, surgiu com o tempo um órgão chamado de IPES, um embrião que daria origem ao Golpe Militar. Era responsável por fazer propagandas em todo o Brasil, que de certa forma vendiam a ideia de golpe. Havia também o IBAD, que financiava propagandas contra o então presidente, que acabou trazendo polêmicas na política canarinha. O fato é que abriu-se uma investigação sobre a atuação deste órgão, sendo descoberto que inúmeros parlamentares brasileiros recebiam propinas a fim de que atuassem contra o reformismo proposto pelo então presidente. Na investigação, ficou esclarecido que cerca de 30 milhões em dinheiro tinham vindo de um banco canadense diretamente a um homem que repassava valores aos parlamentares brasileiros. Nunca ficou claro o intuito direto do repasse financeiro, mas tudo apontava para a ação norte-americana na política brasileira.

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