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Serial Killer

Por:   •  29/9/2016  •  Artigo  •  3.287 Palavras (14 Páginas)  •  576 Visualizações

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  1. Conceito e Aspectos Históricos

Serial killer é um termo contemporâneo usado para caracterizar um tipo bem particular de criminoso cuja delinqüência é produto de uma mente doentia. Esses assassinos rompem o liame da psicopatia-subjetiva e ingressam na criminalidade. Assumem características peculiares que se desdobram em um padrão, no qual esse criminoso metodicamente obedece durante sua empreitada criminosa.

Os primeiros relatos sobre serial killers datam do século I d.C. Alguns pesquisadores apontam Locusta como a primeira serial killer da história, entretanto o que se tem relatado sobre ela vem de escritos romanos que ocorreram após a sua morte. Diz a história que ela era grande conhecedora de plantas e cogumelos envenenados que faziam com que os seus assassinatos parecessem mortes normais. Graças a este seu vasto conhecimento era procurada por grandes líderes da época para ceifar a vida de seus inimigos. É dessa acepção que existem controvérsias, muitos historiadores afirmam que Locusta não era uma serial killer e sim uma “assassina de aluguel” que matava suas vítimas por encomenda.

Seria então, Zu Shenatir o primeiro serial killer da história - levando em consideração o período em que o homem inventou a escrita – pois, muito provavelmente, já haviam serial killers na época da Pré-História. Zu Shenatir nasceu na região do atual Iêmen, país do Oriente Médio, no século V. Suas vítimas eram crianças e ele tinha um modus operandi bastante particular, atraia os meninos para sua casa prometendo comida e dinheiro, submetia-os a sodomia e arremessava-os pela janela do andar onde morava, matando-os por defenestração.

Apesar da constatação da existência de serial killers datar da Antiguidade, essa expressão é relativamente nova. Foi cunhada nos anos 70 pelo investigador do FBI Robert Ressler. Quase 50 anos depois, há ainda bastante divergência sobre um conceito exato do que seria um criminoso em série. Nos ditames da modernidade, classificamos esses criminosos como indivíduos que cometem homicídios durante algum período de tempo com pelo menos alguns dias de intervalo entre eles, sendo que alguns estudiosos já classificam como serial killer o indivíduo que mata duas pessoas, outros só assim os consideram quando o número de assassinatos ultrapassa quatro vítimas.

  1. Traçando um perfil psicológico

Os investigadores comumente conseguem perceber a autoria criminosa de um serial killer pelo perfil das vítimas, o modo e as circunstâncias do crime que obedecem a um padrão bastante particular de procedimento, sendo conhecido, em termos de investigação policial, como a assinatura do criminoso.

Trata-se, portanto, de um criminoso que comete assassinatos de forma metódica, estudada e criteriosa, o que o torna diferente do assassino em massa (ou mass murder), que mata várias pessoas de uma só vez e sem se preocupar pela identidade destas. O assassino em série elege cuidadosamente suas vítimas, selecionando, na maioria das vezes, pessoas do mesmo tipo e com características semelhantes (MARTA, MAZZONI; 2010).

Esses psicopatas tem natureza psicológica fria e calculista, não possuem qualquer tipo de compaixão ou sentimento porque lhes interessam apenas satisfazer seus próprios objetivos sádicos e egoísticos. Possuem uma enorme capacidade persuasiva e ardilosa, muitas das suas vítimas foram atraídas habilmente para a cena do crime, claro que jamais imaginariam que esse encontro poderia ser fatal.

Segundo Ilana Casoy, na infância, nenhum aspecto isolado define a criança como um serial killer em potencial, mas a chamada “terrível tríade” parece estar presente no histórico de todos os serial killers. Em comum, apresentam enurese em idade avançada, abusam sadicamente de animais ou de outras crianças, destroem a propriedade e possuem comportamento piromaniaco.

Além disso, essas crianças se isolam socialmente. Quando por muito tempo isoladas passam a ter devaneios e fantasias alimentados pela sua própria solidão. Em crianças normais existe a percepção do que é a fantasia e do que é a vida real, mas em crianças psicopatas essa separação é inexistente e sua fantasia é compulsiva e complexa. A criminalidade está detectada no momento em que elas passam do plano de cogitação interna e ingressam em sua empreitada criminosa, fazendo das suas ficções mentais, crimes extremamente repulsivos e brutais. Essa fase tende a se manifestar pela primeira vez aos 18 anos.

Cerca de 82% dos serial killers sofreram com episódios de violência física e sexual geralmente cometidos pela figura paterna (só 2% dos casos são cometidos pela mãe) ou por parentes próximos. Esse trauma de infância influencia tanto na razão do homicida em série que os seus crimes muitas vezes são cometidos em concurso de crimes de natureza sexual, filiados ao homossexualismo, às parafilias, necrofilias e outras peversões dotadas de crueldade.

Como no resto do mundo, a maioria dos assassinos em série no Brasil é constituída de homens brancos, que têm entre 20 e 30 anos, vieram de famílias desestruturadas, sofreram maus-tratos ou foram molestados quando crianças. (...) Pesquisas indicam que cerca de 82% dos assassinos seriais sofreram abusos físicos, sexuais, emocionais ou foram negligenciados e abandonados quando crianças. (MARTA E MAZZONI, 2010)


                De modo geral, são classificados de acordo com os motivos de seus crimes:

  • Visionários: motivados por uma força “divina” ou uma personalidade morta, é completamente insano e psicótico matam porque escutam vozes ou tem visões que o levam a fazer isso.
  • Missionários: socialmente aparentam ser pessoas normais, escolhem um certo grupo de pessoas para matar, como prostitutas, homossexuais, etc. Acreditam que tem a incumbência de exterminar todos aqueles que julga ser imorais ou indignos.
  • Emotivos: matam por diversão e apresentam requintes sádicos e cruéis.
  • Hedonistas – matam por prazer;
  • • Lucrativos – matam por lucro, por um ganho pessoal; são aqueles matadores “profissionais”;
  • Libertinos: são os assassinos sexuais. Seu prazer é diretamente proporcional ao sofrimento da vítima sob tortura e a ação de torturar, mutilar e matar lhe traz prazer sexual.

Em síntese, os assassinos em série são indivíduos brancos, de classe social média à baixa, entre seus 20 e 30 anos, e a maioria deles se encontra nos Estados Unidos. Os Estados Unidos é o país com o maior número de casos de serial killers já desvendados, não apenas porque o número desses assassinos tenham aumentado, mas também pela própria eficiência da polícia americana em investigar esses crimes. Em três décadas o número de serial killers cresceu 940%, estima-se que existem pelo menos 35 serial killers em atividade atualmente nos Estados Unidos.

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