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UMA ANÁLISE DO FILME “A ILHA”

Por:   •  30/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.960 Palavras (12 Páginas)  •  394 Visualizações

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ACE – Faculdade Guilherme Guimbala

Aluno: Jakson de Souza

DIREITO CIVIL IV (5B)                                                                                                           Professora: Maria Claudia Ferreira Barbosa 

UMA ANÁLISE DO FILME “A ILHA”

O resumo   traz  algumas reflexões a respeito do direito à vida, especialmente do embrião. Apresenta-se a abordagem de algumas teorias que tratam do início da vida para o direito, da questão da dignidade da pessoa humana e como a ideologia pode influenciar nestes pontos mencionados. Como pano de fundo, há uma análise do filme “A Ilha”, de Michael Bay, com a demonstração de que evolução da ciência pode estar além do que a maioria das pessoas imaginam, razão pela qual a vida deve ser tão ardentemente protegida. Chama-se a atenção para a responsabilidade de todos e de cada um para com a existência humana digna e para a necessidade da evolução da ciência para o bem de todos. Emprega-se o método dedutivo.

O filme “A Ilha” foi produzido no ano de 2005, tendo como diretor Michael Bay. O estória se desenrola em um complexo no ano de 2019 nos Estados Unidos. Os moradores acreditam que são os únicos sobreviventes de uma contaminação por vírus ocorrida na Terra e somente aquele complexo e um outro local chamado “a ilha” estariam livres da contaminação. Às vezes, algum morador do complexo ganha o direito de ir para “a ilha” a partir de um sorteio: a loteria. Então, o membro é retirado do grupo. Pessoas sobreviventes à contaminação também podem ser encontradas e, assim, são introduzidas no complexo, que antecede a partida para “a ilha”. Ocorre que um morador deste complexo, Lincoln Six-Echo (Ewan McGregor), após se despedir de um amigo que foi mandado para a ilha, segue um estranho espécime (uma borboleta) e descobre a parte secreta daquele lugar.

Lá, ele vê uma cena chocante: os médicos do complexo matam o seu amigo, retirando partes do seu corpo. Lincoln é apaixonado por Jordan Two-Delta (Scarlett Johansson), a qual é a próxima ganhadora da loteria, o que significa que “sairia” do complexo para ir para a suposta ilha. Sabendo da verdade, Lincoln faz de tudo para salvá-la e, aí, começa a aventura do filme. Ele a tira dos médicos e consegue fugir do complexo. Aos poucos e com a ajuda de um funcionário que acaba morto por auxiliá-los, ele descobre que os moradores do complexo são, na verdade, clones idênticos das pessoas que vivem no mundo fora do complexo. Elas pagam para ter um corpo reserva e, quando dele precisam, partes são retiradas. A tal ilha não existia, era apenas uma desculpa para que, docemente, pudessem ser levados pelos médicos e serem mortos quando o seus donos requisitassem. O filme mostra uma total ignorância tanto por parte da população, quanto dos donos dos clones e autoridades quanto ao que ocorria no complexo. Divulgava-se que partes dos corpos eram criadas. De fato, no começo era assim, contudo as experiências não estavam sendo bem sucedidas, quando, então, o médico responsável Dr. Merrick (Sean Bean) decidiu partir para clones. Apenas “produtos”, como ele dizia. O filme mostra que tanto Lincoln quanto Jordan estavam na ilha por conta de doenças que os seus “eus verdadeiros” possuíam. Os clones fugiram e precisavam ser resgatados. O Dr. Merrick contratou, então, um grupo de caçadores, que até consegue o intento. A cena mais surpreendente do filme e que nos levou a defender ainda mais a vida é quando o caçador Albert Laurent (Djimon Hounson) olha para o braço de Jordan e vê que ela possuía uma marca. Ele, também tinha uma na palma de sua mão. Por conta desta marca, ele decide ajudar Jordan e Lincoln a destruir o complexo e a libertar todos os demais humanos. Em uma discussão ao final com o Dr. Merrick, este caçador diz que foi marcado juntamente com seus irmãos para que todos soubessem que “eles eram menos que humanos”. Quem são estes embriões? Menos que humanos? Apesar do filme ter um enredo de ficção científica, nada impede que situações semelhantes possam ocorrer na prática, pois existe, de fato, um mercado mundial de órgãos humanos.

Plasmaferesis University of Califórnia O Mercado Humano era o nome do laboratório instalado na Nicarágua que coletava, mediante pagamento, o sangue de cidadãos pobres e desnutridos, além de prisioneiros e militares de baixo escalão. Com integral apoio do governo ditatorial de Anastásio Somoza, o laboratório exportou para a Europa e os Estados Unidos cerca de 300 mil frascos sangue por ano, entre 1973 e 1977.

 no caso Moore. Cédulas do sangue do paciente afetado por leucemia foram cultivadas e, por sua peculiar capacidade de produzir substâncias antibactericidas antitumorais, acabaram patenteadas pela , dando origem a uma linha de produtos lançados no mercado farmacêutico.

Acontecimentos dessa natureza despertaram a atenção de Giovanni Berlinger e Volnei Garrafa em obra célebre intitulada. Ali, descrevem os autores os resultados nefastos produzidos sempre que, à falta de uma posição mais sólida por parte da ordem jurídica, a lógica econômica se apodera das questões corporais. Das “barrigas de aluguel” à venda de placentas para fins cosméticos, passando pelo comércio de sangue, órgãos e sêmen, multiplicam-se em todo o mundo os exemplos de comercialização de partes destacáveis do corpo humano.

Da extração de órgãos para o comércio até o emprego indevido de embriões humanos em experiências científicas não precisa muito. Basta que pesquisadores inescrupulosos, inclusive o apoio de governantes, iniciem a colheita de material humano e passem a desenvolver experimentos com fins lucrativos ou em nome de um (pseudo)desenvolvimento científico sem uma análise das consequências para a realidade da nossa espécie. Como exemplo, podem ser citadas experiências realizadas na época do Nazismo. Muitas vezes, as pesquisas até podem ser iniciadas de forma legal e segura, mas a inexistência de controle e fiscalização também permite que se desvirtuem das finalidades para as quais elas seriam realizadas. No caso do filme "A Ilha", pode-se observar que o Dr. Merrick agia aparentemente de maneira lícita no início das pesquisas. Ele buscava ajudar aqueles que precisavam repor órgãos danificados em razão de enfermidades. Clonavam-se órgãos individuais dos pacientes, mas os órgãos reproduzidos mostraram-se falhos. Então, por conta própria e à revelia de órgãos estatais que financiavam as pesquisas, clientes e comunidade em geral, ele decidiu clonar humanos. O filme mostra uma estória, que se verdadeira fosse, atentaria violentamente contra a Declaração Universal do Genoma Humano de 1997. Com efeito. O documento em referência é categórico ao identificar os direitos das pessoas em face das pesquisas que poderão ser desenvolvidas a partir de experiências com os genes humanos.

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