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Estratégia e Empreendedorismo: Um Estudo de Caso em uma Administradora de Hotéis

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Por:   •  22/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.585 Palavras (27 Páginas)  •  374 Visualizações

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Estratégia e Empreendedorismo: Um Estudo de Caso em uma Administradora de Hotéis

Resumo

O Brasil possui uma expressiva ação empreendedora. Apesar dos muitos casos positivos, ainda constata-se uma estatística negativa quanto ao fechamento de empreendimentos em seus primeiros anos. O uso de técnicas de gestão pode reduzir tais estatísticas. A estratégia constitui uma poderosa ação neste sentido. Os empreendedores com suas características de visionários, capacidade de assumir riscos, criativos etc. podem valer-se dela para potencializar os resultados empresariais. O estudo de como se dá as práticas empreendedoras constitui importante elemento para ampliar o entendimento desta temática e daí oferecer soluções que fortaleçam a competitividade destes empreendimentos. Nesse sentido, este estudo de caso visa investigar como a empreendedora e principal expoente estratégico de um empreendimento hoteleiro em Fortaleza, executa o processo de escolhas estratégicas e faz uso da ferramenta do planejamento estratégico. Através de uma pesquisa exploratória com a aplicação de uma entrevista semi-estruturada constatou-se que, mesmo com a utilização parcial de deliberações estratégicas e ainda uma concentração nesta dirigente das decisões estratégicas já é possível identificar uma mudança de postura gerencial, com uma maior valorização do tema e a intenção de ampliar a prática de se pensar e agir estrategicamente em suas futuras decisões.

Introdução

As empresas de menor porte possuem lugar de destaque no cenário brasileiro. Estudo realizado pelo SEBRAE, a partir da compilação de dados primários de outras instituições, destaca que estas empresas representam 98% do total das empresas brasileiras, empregam 59% da mão-de-obra e participam com 20% do PIB nacional. Observa-se que as pequenas empresas, embora individualmente tenham ações e impactos reduzidos, quando analisadas em conjunto, possuem elevada importância social e econômica (SEBRAE, 2000). Estima-se que uma elevada parcela destas empresas é dirigida por empreendedores, ainda que este fenômeno não seja restrito somente a este segmento empresarial.

Este empreendedorismo encontra no Brasil um reconhecido e vigoroso ambiente. O país situa-se como uma das maiores nações empreendedoras do mundo, tanto em termos absolutos, como em termos relativos a sua população. Pesquisas oficiais e órgãos de apoio (SEBRAE, IBGE) sempre exaltam este movimento e reconhecem sua importância para a geração de emprego, renda e inserção social.

Ainda assim, estes mesmos órgãos constatam que muitos dos novos negócios não conseguem chegar à fase de maturidade, tendo morte precoce, notadamente nos três primeiros anos (SEBRAE, 1999). Fatores como falta de capital de giro, alta carga tributária e burocracia são sempre citados como entraves importantes para o fomento e a sobrevivência de novos negócios no Brasil.

Talvez mais grave que estes fatores seja a falta de planejamento por parte da maioria dos empreendedores em seus novos negócios. O Plano de Negócio é um exemplo de ferramenta que deve ter seu uso incentivado antes do início das atividades para tentar reduzir as estatísticas negativas. Segundo Rimoli et al (2004), a importância do Plano de Negócio reside principalmente quando este permite que as diversas situações que poderão afetar o negócio sejam visualizadas.

Diante de um cenário de extrema competição que hoje se observa, onde os desafios gerenciais são cada vez maiores, o conhecimento e o uso de técnicas de gestão entre os empreendedores pode ampliar a competitividade destes empreendimentos e favorecer a longevidade dos negócios.

A estratégia empresarial possui um nível considerável de contribuições teóricas, pesquisas e disponibilidade de técnicas e ferramentas que contribuem para ampliar as vantagens competitivas das firmas, que pode e deve também ser aplicado em novos negócios.

Esta estreita ligação entre estratégia e desempenho de firmas dar-se em diferentes níveis de análise. Grandes corporações ou pequenas empresas utilizam-se de alguma forma de estratégia em busca de alcançar seus objetivos.

Para as firmas de pequeno porte os desafios são ampliados, haja vista suas deficiências largamente destacadas como ausência de escala adequada, dificuldade de acesso a recursos, limitada atuação mercadológica etc.

Para a pequena empresa hoteleira, setor do qual a empresa estudada nesta pesquisa faz parte, esta constatação se reveste de maior preocupação, haja vista que os serviços vinculados turismo apresentam certas particularidades como a sazonalidade, flutuações da demanda, interdependência dos produtos turísticos e os altos custos fixos (LAGE e MILONE; 2000, 321).

Diante de tais constatações, é pertinente a investigação de como se efetiva o processo estratégico em empresas deste porte e segmento e como o empreendedor interpreta a estratégia e o planejamento estratégico.

Nesse sentido, este estudo de caso tem como objetivo investigar como uma empreendedora e principal expoente estratégico de um empreendimento hoteleiro na cidade de Fortaleza, executa o processo de escolhas estratégicas e faz uso da ferramenta do planejamento estratégico.

Para isto este trabalho foi dividido em cinco partes, além desta introdução. O próximo item oferece as bases teóricas sobre empreendedorismo e estratégia. Em seguida é relatado o aspecto metodológico e como se operacionalizou a pesquisa. A caracterização setorial retrata, de forma reduzida, particularidades do setor turístico-hoteleiro e dados estatísticos sobre o mercado local da pesquisa. A análise do caso é relatada em seguida quando são oferecidas as informações coletadas na pesquisa de campo. Por fim são apresentados os comentários finais, limitação da pesquisa e faz-se sugestão de estudos futuros.

Bases Teóricas

A temática sobre empreendedorismo no Brasil é difundida por importantes eventos acadêmicos como o Encontro de Estudos sobre Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (EGEPE) e o EnANPAD. Sobre a realidade brasileira, Paiva Jr e Cordeiro (2002) identificam os principais tipos de pesquisa da área nos anais do EnNANPAD de 1998 a 2001. Para eles, primeiramente, ressaltam-se as análises empíricas sobre estratégias de crescimento das empresas empreendedoras, perfazendo um número de 12 (doze) trabalhos ao longo dos 4 (quatro) anos; em segundo lugar, destaca-se a caracterização comportamental dos empreendedores, num total de 7 (sete) artigos publicados e, em terceiro,

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