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Fichamento cap. V, VI Octavio Ianni

Por:   •  24/10/2017  •  Resenha  •  1.347 Palavras (6 Páginas)  •  530 Visualizações

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Fichamento – Capítulos V e VI (Octávio Ianni)

A partir do texto, percebe-se que a questão central é: Como ocorreu a transição político-econômica do estado brasileiro e a consolidação de um novo sistema de desenvolvimento após a era Vargas, com seus impactos socioeconômicos?

Segundo Ianni, essa consolidação se deu com uma estrutura política já fundamentada e uma nova estratégia de industrialização, o que também mudou o cenário da sociedade brasileira.

Os argumentos apresentados a seguir elucidam a respeito desta questão:

- Ao final da era Vargas, o poder político brasileiro estava em crise e teve um governo interino até Kubitschek assumir, houve um contragolpe de estado para prevenir que os partidos derrotados impedissem que o novo presidente assumisse.

- Em 1956, Kubitschek assume, sob a proteção do exército e deu início a uma das fases mais importantes da história econômica brasileira, com uma grande transformação através do Programa de Metas, transformando o parque industrial brasileiro.

- As relações entre o estado e a economia se fortaleceram, com o governo atuante no sistema econômico afim de acelerar o desenvolvimento econômico através da industrialização e impulsionar as empresas privadas nacionais e estrangeiras.

- O desenvolvimento econômico brasileiro deixa de ser induzido pelo estrangulamento do setor externo.

- A Doutrina Truman e o Ponto Quatro influenciaram a Missão Abbink e o Programa de Metas, no contexto do sucesso do Plano Marshall e do fim da Guerra da Coreia, na década de 1950.

- Os EUA tiveram grande força atuante sobre o Brasil nas áreas econômica, política, militar e tecnológica.

- A própria reprodução capitalista, liderada pelos EUA, crescente no cenário mundial, foi essencial para a execução do Programa de Metas.

- Quando Kubitschek assumiu, o país já possuía os alicerces de uma política econômica relativamente planificada. Planejamento e desenvolvimento econômico eram ideias cada vez mais ligadas tanto para o governo como para os empresários.

- Esse planejamento político do desenvolvimento era um grande atrativo que as empresas estrangeiras adquiriram em forma de garantias econômicas.

- O Programa de Metas provocou uma reforma considerável nas relações entre poder público e sistema econômico, com uma estratégia política que consolidou e expandiu o capitalismo dependente. Visava acabar com os pontos de estrangulamento da economia através de investimento em infraestrutura, expandir a indústria, como indústria de base, energia, alimentação, transporte e em especial a automobilística através de investimentos privados e adquirir know-how e novas tecnologias estrangeiras a serem absorvidas pela nação.

- O governo de Kubitschek teve quatro grandes realizações: Programa de Metas, Brasília, SUDENE e OPA, com ênfase para o Programa de Metas, que visava criar uma indústria de base e mudança das condições de relacionamento do país com o capitalismo mundial.

- SUDENE foi criada para amenizar os problemas políticos (questões sociais agravadas) e econômicos do Nordeste e reduzir as tensões crescentes da região.

- Grande ênfase na atração do capital externo, com diversificação das importações e mudanças na estrutura das mesmas, o que produziu grande crescimento industrial no período governado por Juscelino com grande modernização do capital brasileiro.

- As empresas estatais também ganharam bastante força e aumento da produtividade junto das privadas através do Programa de Metas.

- Houve grande crescimento do investimento estrangeiro, sobretudo norte-americano, alemão e japonês. Houve grande aumento das relações de interdependência da economia brasileira com o capitalismo mundial.

- Houve grande acentuação do da divisão social do trabalho e a diferenciação da sociedade em classes sociais mais distintas entre si, o que causou grande impacto cultural nas grandes cidades, desigualdades sociais, capacidade ociosa da indústria, além da rápida expansão das poucas e grandes empresas, concentrando fortemente o capital no país (que geralmente saia das fronteiras), em condições de monopólio\oligopólio, o que tornou claro a necessidade de amparo às empresas menores e a discussão a respeito da “desnacionalização” da economia do Brasil.

- A inflação, apesar de acentuada no período de Kubitschek, não foi fator determinante para o impedimento da execução do Programa de Metas.

- Hipertrofia do poder Executivo brasileiro em prol da realização de vários pontos como os citados no Programa de Metas.

- Kubitschek, apesar de compartilhar os mesmos termos da problemática do desenvolvimento com Vargas (industrialização em direção ao progresso econômico e social brasileiro), não tinha a ideia de autonomia pregada pelo seu antecessor, que acabou sendo contraditório, pois mesmo com ideias nacionalistas, a indústria de Vargas ainda tinha relações de interdependência com o capitalismo mundial, nacionalismo esse que era apenas ideológico para o sucessor, que internacionalizou os novos setores econômicos do país.

- Os anos de 1961-1964 apresentaram um forte período de crise política e econômica através de um descontrole na inflação, que deixou de ser poupança monetária forçada e passou a ser inflação de custos.

- Tentativa de proposição de novos programas de desenvolvimento, com Goulart através das reformas de base, que encontrou dificuldades devido a política econômica brasileira subjacente à qualquer outra.

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