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Mercantilismo Contexto histórico

Por:   •  6/4/2016  •  Resenha  •  2.385 Palavras (10 Páginas)  •  1.592 Visualizações

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1. Mercantilismo

 1.1 Contexto histórico

Após o fim da idade média, veio à idade moderna. Nesse período, uma nova forma de controle de Estado foi instituída, a monarquia absolutista. Com ela, entre todas as mudanças, veio esse novo sistema econômico para as sociedades, o mercantilismo. Os estados nacionais buscavam meios para se fortalecer e nessa escola econômica, a produção artesanal e o comércio passaram a movimentar e expressar significativa importância para a economia.

 Esse sistema econômico veio acompanhado ao novo sistema político vigente nos grandes Estados europeus: o absolutismo. Acoplado a essa forma de governo, os mercantilistas visavam alcançar o maior desenvolvimento econômico possível através do acúmulo de riquezas provenientes principalmente dessas produções artesanais e do comércio. O processo de complexidade da economia foi responsável pela disputa comercial entre as nações que se formavam nesse período.

A disputa pelos mercados criou uma situação de grande rivalidade onde cada um dos estados nacionais buscava a incessante ampliação de seus lucros e o fortalecimento da sua economia. Nesse sentido, a teoria da balança comercial favorável estipulava que uma economia nacional forte dependeria de um volume de exportações superior ao das importações. Em contexto econômico tão concorrencial, os Estados mercantilistas impunham pesadas taxas alfandegárias que encareciam a entrada de produtos importados em sua economia.

 Outra prática comum era a constituição de monopólios comercias que privilegiassem a entrada de seus produtos em uma região colonizada ou em países que tivessem grande demanda de um determinado produto. De forma geral, a economia mercantilista concebeu a criação de um estado intervencionista capaz de atender as demandas de sua própria economia.
A possibilidade de intervenção do Estado na economia era uma questão delicada no interior das monarquias nacionais europeias. Muitas vezes, as ações do governo iam de encontro com costumes outrora estabelecidos ou exigiam a quebra dos privilégios de determinados grupos sociais e econômicos. Sendo uma experiência de longo prazo, o mercantilismo abriu portas para a criação de uma economia capitalista integrada internacionalmente.

1.2 Conceitos:

  • Os mercantilistas tendiam a associar a riqueza de uma nação ao montante de ouro e prata que ela possuía. Alguns dos primeiros mercantilistas até mesmo acreditavam que esses metais preciosos eram o único tipo de riqueza que valia a pena almejar. Um excesso de exportação e a limitação da importação eram, portanto, necessário para gerar pagamentos em moeda forte de determinado país.
  •  Os países não podiam exportar simultaneamente mais do que importavam. É de o interesse comum promover a exportação e acumular riqueza dos adjacentes e reduzir as importações, valorizando ainda mais o cenário interno. O ato de conquistar colônias e mantê-las era visto como um gesto de poder, assim como dominar rotas comerciais, vencer guerras contra rivais e competir com êxito no comércio internacional. Acreditava-se na época que a quantidade de recursos econômicos era escassa, logo só era possível obter esses recursos à custa dos outros.

O ensaísta francês Michel de Montaigne escreveu, em 1580: “O lucro de um homem é a desgraça do outro... Nenhum lucro, qualquer que seja, pode ser alcançado, a não ser à custa do outro”.  

  • Ao decorrer de todos esses fatos o nacionalismo mercantilista os levou ao militarismo onde armadas poderosas e frotas mercantes era um requisito indispensável.

  • Com a ideia de querer fortalecer o mercado interno veio à isenção de taxas para importação de matéria-prima que não era produzida, a proteção a bens manufaturados e matérias-primas que podiam ser produzidas internamente e restrição sobre importação de matérias-primas.  A relutância à importação e a ênfase em exportação fazia com que o acumulo de preciosidades aumentasse uma vez que o que era consumido viria do próprio país em questão. Esse fator foi chamado de “o medo dos bens”.
  • Outro aspecto importantíssimo do mercantilismo era a colonização e monopolização do comércio colonial. Para se alcançar a “balança comercial favorável” era necessário que se colonizasse para obter mais recursos e, dessa maneira, tornar o colonizado dependente dos bens manufaturados que a metrópole forneceria.

        

  • Apesar de serem contra o livre comércio interno existia uma oposição a pedágios, impostos e outras restrições internas sobre o transporte de bens. Estudiosos da época (escritores e profissionais liberais) afirmavam que os insumos sobre o transporte poderia desvalorizar a exportação e então por isso os impostos não eram uma realidade da época.  Apesar de esse fator favorecer o livre comércio interno ele era repudiado já que era preferível que os privilégios comerciais se restringissem a eles.

  • Um forte controle governamental central era necessário para promover metas mercantilistas. O governo concedia privilégios de monopólio a empresas envolvidas no comercio exterior e restringia a livre entrada no comercio interno para limitar a concorrência. A agricultura, a mineração e a indústria eram promovidas com subsídios do governo e protegidas contra importações por meio de tarifas. Além disso, o governo regulava, de perto, os processos de produção e a qualidade dos bens, de modo que um país tivesse má reputação por seus produtos nos mercados externos, dificultando, portanto, as exportações.

  • População numerosa e trabalhadora. Ter grande população era bom não só pelo fato da mão de ter abundância de soldados e marinheiros prontos para lutar pela glória e riqueza da nação (nacionalismo), mas também pela grande quantidade de mão de obra disponível, o que diminuía o valor a ser pago para o colaborador. O salário baixo permitia que o preço para exportação fosse menor, o que aumentaria a entrada de ouro e promove maior participação na força de trabalho que consequentemente faz com que o numero de mendicância diminua.

1.3 Beneficiados:

 Essa doutrina capitalista beneficiou os mercadores já estabelecidos, funcionários do governo e os reis. Com a difícil inclusão no mercado devido aos privilégios desfavoráveis da época, apenas os negociantes com vida estável e pessoas do poder conseguiriam atingir o tão sonhado monopólio. essas leis tomaram a forma de concessões de status de monopólio, proibições contra importantes e regulamentações que dificultaram aos novos produtores e mercadores competir com êxito contra os já estabelecidos.  De acordo com essa linha de raciocínio, os funcionários do governo no poder estavam disposto a fazer leis e regulamentações (para distribuir o rendimento econômico) como uma maneira de garantir benefícios para si mesmos e para a realeza, cuja satisfação eles supriam.

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