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Resenha critica 1,99

Por:   •  16/5/2016  •  Resenha  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  324 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

MARKETING – ANTROPOLOGIA DO CONSUMO

MATEUS ARROYO FERNANDES

        O ato da compra transformou-se em um vício entre as pessoas, que deixaram de comprar apenas o necessário e começaram consumir a partir do desejo. As marcas se tornaram um requisito básico na hora das compras. O filme 1,99 – Um supermercado que vende palavras é basicamente uma crítica ao consumismo, onde ao decorrer do filme, se compreende que o autor faz uma crítica ao consumidor que vaga pelo mercado escolhendo os produtos que são as embalagens brancas compostas por frases, organizadas nas prateleiras. Isso tudo faz relação ao indivíduo na sociedade capitalista, que suas escolhas estão limitadas a marcas e slogans.

        No lado de fora do mercado todo branco e limpo, contém um cenário sujo, escuro, com pneus jogados, pessoas desorientadas; estas representam os excluídos da sociedade do consumo. Quando alguém do supermercado que vende palavras aprece na porta do cenário escuro, as pessoas param e desejam ser admitidos/incluídos no mundo do consumo, isso ocorre com duas pessoas que foram escolhidos, porém, são admitidos como seguranças do supermercado e não consumidores. Em algumas cenas é possível perceber a vontade das pessoas do lado de fora de se infiltrar no mercado do consumo, em que as pessoas do mercado limpo se exercitam e as pessoas do lado de fora imitam, invejando-as.

        Vale a observação na cena em que um consumidor escolhe uma embalagem na prateleira com a seguinte frase “você é único”, logo em seguida um funcionário do supermercado repõem no mesmo lugar outra embalagem com a mesma frase. Desta forma observamos que na realidade nada é realmente único dentro do mundo do consumo, porem o mercado faz o consumidor acreditar nessa ideia de que sei produto é único e exclusivo.

Há no centro do supermercado um espaço em que, a pessoa que ali sobe obtém uma visão 360º, nesse momento ele tem uma visão cronológica de sua vida, nessas imagens observasse a aparição evidente de marcas, o que relata que nós somos influenciados pelas marcas em todos os momentos de nossas vidas fazendo assim uma conexão de momentos com as marcas e produtos que marcaram tais momentos.

        A cena da vaca que estampa um slogan  “just do it”, slogan da Nike . A vaca jorra um líquido escuro, que pode ser entendida como o já pronto achocolatado em pó, que representa a industrialização, uma vez que, o líquido já sai pronto ali mesmo; e em um outro ponto de vista o líquido seria a representação da podridão que há por trás de uma marca tão forte no mercado, mas que já foi alvo de escândalos, como de trabalho infantil.        Há nas prateleiras algumas caixas brancas que não contém frase nem slogan. Ao abrir a caixa observa-se no fundo escrito “fetiche?” e um rato. Após abrir outra caixa sem escrita, no fundo havia uma cobra e escrito “necessidade?”. Em seguida aparece a cobra representando a necessidade comendo o rato que representa o fetiche. O filme faz uma crítica de certa forma a sociedade capitalista, que cada vez mais é levada pelo fetiche de fazer compras, fetiche à marca, e que, muitas das vezes há pessoas no mercado escuro que queriam estar no lugar das pessoas que fazem compram compulsivamente sem necessidade.

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