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O Capitulo um Livro 20 Anos de Crise

Por:   •  12/6/2019  •  Resenha  •  967 Palavras (4 Páginas)  •  177 Visualizações

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Texto: CARR, E. Vinte anos de crise 1919-1939: Uma introdução ao estudo das Relações Internacionais. 2. ed. Brasília: Universidade de Brasília; Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001, pp 3-15 (Capitulo 1)

A ciência política internacional surgiu no intuito de seguir o padrão das demais ciências e consequentemente pela grande demanda popular após o ano de 1914. A análise do cenário da política internacional no período entre guerras é o objetivo de reflexão deste texto de Edward H. Carr. (2001). O argumento central do autor é o surgimento do estudo da política como ciência e comparações entre outras ciências.

Anteriormente ao ano de 1914 assuntos relacionados à política internacional eram dedicados aos profissionais da área assim como a guerra era vista como “negócio de soldado”. A falta de interesse pela área da política exterior era evidente na época pelo fato de pensarem que ‘o que acontece no mundo não me atinge’. Após a Primeira Guerra Mundial essa concepção é totalmente mudada, pois de certa forma o pós-guerra afetou grande parte da população o que provocou uma “campanha de popularização da política internacional (...)”. De fato, a mudança na opinião popular foi indispensável para o surgimento da nova ciência.

Carr (2001) constantemente faz comparações entre as ciências físicas e as ciências políticas (humanas). Em que a primeira, deixa que o próprio desenvolver da pesquisa construa e leve ao objetivo e a segunda norteia-se com base inicial do objetivo. Enquanto nas ciências físicas o objetivo é, às vezes, descartável e separável da pesquisa, nas ciências humanas é o contrário e o autor destaca isso muito bem quando aponta que “A mente humana trabalha na ordem inversa”. Ele também acrescenta que, qualquer pessoa é capaz de pensar e fazer política tendo principalmente a capacidade de modificar a esfera social em que está inserido, afirmando, portanto, que “o pensamento político é uma forma de ação política”.

O escritor parte do pressuposto de que, anteriormente o pensamento voltado para as relações internacionais era baseado em como o mundo deveria ser (de forma utópica) e não como ele é (de modo realista). Dessa maneira, Carr (2001) cita o exemplo do alquimista que via a necessidade de transformar chumbo em ouro e somente quando seu projeto falha, ele começa a analisar e explorar a matéria. Assim concluindo que a partir de ‘erros’ como este, a ciência física pôde evoluir ao longo do tempo. E retomando ao primeiro exemplo, é a partir dos erros que as pessoas passaram a analisar o mundo de forma mais realista, porém não deixando totalmente de lado a visão utópica.

As conclusões que Carr (2001) chega nessa obra é que uma nova guerra entre grandes potências é praticamente inevitável e o principal motivo da criação desta ciência é de evitar conflitos posteriores, esse pensamento se baseia sobretudo na perspectiva utópica onde o desejo sobressai o pensamento. Análogo a isso o autor cita a Liga das Nações que de fato tem o mesmo propósito, porém, é uma tentativa não eficaz pela razão de não ter tido uma boa repercussão na época. O que hoje por exemplo temos a ONU que parte do mesmo princípio, porém de maneira mais dinâmica a fim de entrar em acordo com todos os países participantes, e assim tentar evitar conflitos diretos entre as nações buscando sempre a estabilidade entre eles.

Todavia, um impacto realista em toda essa explicação utópica é o que finaliza o capítulo.

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