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Resenha do filme Metropolis

Por:   •  11/8/2018  •  Resenha  •  638 Palavras (3 Páginas)  •  434 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Curso: Relações Internacionais

Período: 3º período/Noite

Disciplina: História Contemporânea

Professor: Michel Gherman

Aluna: Rhoana Cuiñas Ribeiro

Resenha do filme Metropolis

Lançado no ano de 1927 e dirigido pelo cineasta Fritz Lang, Metropolis é um filme de ficção científica no qual o enredo se passa na cidade futurista de Metropolis, criada pelo industrial burguês Joh Fredersen, onde os avanços da Revolução industrial se mostram presentes nos modernos arranha-céus e avançados meios de transportes, inclusive alguns voadores. No subterrâneo fazendo um contraste com o desenvolvimento da superfície, existe a cidade dos trabalhadores, local em que o proletariado explorado vive e opera as máquinas que dão poder e mantem Metropolis.

O filme começa com a frase “O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração” Logo após aparecem cenas de engrenagens de máquinas funcionando, um relógio e a mudança de turno dos trabalhadores, representados como homens cabisbaixos, “sem alma” em filas andando na mesma direção, usando os mesmos trajes e posteriormente cada um ocupando o seu posto de trabalho, o que claramente remete ao sistema fordista, a produção em massa no qual cada funcionário executa uma função na linha de produção, no filme cada trabalhador manuseia uma máquina  para produzir o sustento de Metropolis.

Elementos como o cristianismo, luta de classes, Ludismo, socialismo e o surgimento do nacionalismo estão presentes em algumas cenas. Os operários apesar de cansados do trabalho exaustivo ainda nutrem esperanças de que algum dia um salvador, o mediador irá tira-los daquela situação. Essa esperança é disseminada pela personagem Maria que ministra uma espécie de culto nas catacumbas da cidade dos trabalhadores. Já em outra cena, após ser feito um clone da Maria, a personagem ganha um caráter profano e agressivo o que causa uma completa mudança na forma de pensar dos trabalhadores que a seguem, em determinado momento a espera dos trabalhadores, anteriormente pacíficos, por um mediador dar lugar a luta de classes, os operários percebem que Metropolis é sustentada pelo seu trabalho e que ao se rebelarem e quebrem as máquinas não serão mais explorados.

No final após alguns infortúnios acontecerem para ambos, na escada da catedral de Metropolis a frase que dá início ao filme é trazida à tona quando um operário e o dono da cidade tentam por iniciativa própria um aperto de mão, mas sozinhos não conseguem, é nessa hora que o filho do burguês assume o seu papel de mediador, o coração que une o cérebro e as mãos, selando em um acordo o fim a separação e da luta de classes. O que de primeira impressão pode aparentar o socialismo utópico é também o enfraquecimento da internacionalização do socialismo e início do nacionalismo.

O entusiástico internacionalismo dos socialistas — os operários, havia-lhes dito Marx, não tinham pátria, apenas classe — atraía os movimentos operários, não apenas pelo seu ideal, mas por ser com frequência a condição prévia essencial para a ação. De outro modo, como poderiam os operários ser mobilizados como tais numa cidade igual a Viena, onde um terço deles era de emigrados tchecos; ou em Budapeste, onde os operários qualificados eram alemães e os demais, eslovacos ou magiares? O grande centro industrial de Belfast demonstrava — e demonstra ainda — o que pode acontecer quando os operários se identificam principalmente como católicos ou protestantes ou mesmo como irlandeses e não como operários. (HOBSBAWN, 1988, p. 111).

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