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Atribuído a Atanásio - O Espírito Santo

Por:   •  16/11/2017  •  Artigo  •  779 Palavras (4 Páginas)  •  246 Visualizações

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“A obra assumiu forma física para que pudéssemos receber o Espírito Santo; Deus tornou-se o portador de um corpo para que os homens fossem portadores do Espírito” (FERGUSON, 2015, p. 3).

Atribuído a Atanásio

O Espírito Santo

De acordo com Ferguson (2015, p. 9-12), muito pode-se ouvir sobre o Espírito Santo nos dias de hoje, pois, antes pouco se falava sobre seus poderes, sua pessoa, muito menos sobre sua Deidade, a ponto de ser negligenciado neste sentido. Claro que, isto não passa de uma falta de percepção histórica, pois muitos teólogos que nos antecederam fizeram diversos estudos a respeito do Espírito Santo, inclusive o pastor-teólogo da Reforma João Calvino, foi descrito como “o teólogo do Espírito Santo”[1], entre outros que também tiveram sua participação com estudos valiosos, que demonstram a atenção que, muitos séculos antes, se dava ao Espírito Santo, dando-lhe devida honra, junto com o Pai e o Filho. Mesmo com o reconhecimento de sua obra, conclui-se que o Espírito Santo para muitos cristãos é alguém desconhecido, e não esquecido como antes se dizia. Com isso percebe-se a necessidade humana de uma reflexão sobre o Espírito Santo, afim de que se adquira uma comunhão pessoal e íntima com ele, por meio de quem somos conduzidos a adorar, glorificar e obedecer ao Pai e ao Filho. Contudo, a pessoa e obra do Espírito Santo continuam sendo uma área polêmica entre os cristãos.

Sua pessoa

Ao questionarmos quem é ou o que é o Espírito Santo, poderemos ficar confusos para uma definição precisa, pensar em alguém associado à Jesus não seria difícil, afinal, Jesus disse que subiria para o Pai, mas deixaria em seu lugar um consolador, o Espírito Santo.

Segundo Ferguson (2015, p.15), “o nome ‘Espírito Santo’ tende a comunicar uma imagem fria, até mesmo remota”. Mesmo sendo parte da trindade, muitos cristãos têm como vivencia um Espírito Santo distante, até que impessoal quando o comparamos com os demais participantes da trindade o Pai e o Filho, que facilmente são atribuídos relacionamentos mais íntimos somente em cita-los.

Para entendermos melhor, precisamos buscar a origem da palavra “santo” e “espírito”.

O significado da raiz do termo bíblico “santo” (Hebraico: qâdos, qôdeš; Grego: hagios) tem sido muito debatido. Mas há consenso geral de que a raiz deste termo traz consigo ideias tais como “cortar” ou “separar de”, “ser colocado à distância”; daí o sentido de “ser posto à parte”, afim de pertencer a Deus (FERGUSON, 2015, p. 16).

As palavras bíblicas para “espírito” (Heb. ruach; Gr. peneuma) são termos onomatopéicos. Sua formação etimológica e seu som comunicando certo sentido de seu significado básico: a expulsão do vento ou fôlego, a ideia de ar em movimento. “Espírito” expressa, em sua forma mais fundamental (“o fôlego de vida”), poder, energia e vida (FERGUSON, 2015, p. 16).

Para Ferguson (2015, p.17-19), conquanto às vezes o termo do Velho Testamento ruach é entendido como algo abstrato, em especial destaca a presença de energia e atividade, mesmo que o ar, ou vento, sirvam bem como analogia da matéria, não é esse o ponto principal no uso do seu termo. No Velho Testamento, ruach, frequentemente, implica ar em movimento, várias vezes manifestado na ordem natural como um poderoso vento ou tormenta, ou no fôlego de vida do ser; temos diversos exemplos no Velho Testamento, onde, na atividade humana, ruach, pode referir-se ao resfolegar e não simplesmente ao respirar, evidenciando a energia em vez do impalpável, mesmo que na ordem natural ruach, eventualmente, queira dizer uma brisa suave, o que predomina no Velho Testamento é a de poder, tendo um terço do seu uso em referência a Deus fica evidente sua força. Podemos dizer que, o ruach de Yashweh é o sopro de Deus, um poder, uma força irresistível pelo qual ele concretiza todos os seus propósitos, capaz de subjugar todas as coisas para cumprir o que deseja, é a energia todo-poderosa de Deus na ordem criada,  e quando ele vem sobre as pessoas, eles recebem um ímpeto poder desconhecido que os fazem agir com forças fora do comum, acionando o que estava parado, destacando talentos antes desconhecidos, possibilitando ao indivíduo experimentar um deslumbramento ímpar, agindo de maneira sobrenatural, com energia e poderes sobrenaturais, impossibilitando qualquer domínio humano; contudo, percebe-se que ruach é mais do que energia de Deus; é Deus envolvendo-se ativa e pessoalmente em sua criação.

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