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Resenha Critica Missao Integral

Por:   •  4/4/2016  •  Resenha  •  4.834 Palavras (20 Páginas)  •  2.491 Visualizações

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Resenha Critica 2015 – Marina S. Carvalho

Introdução –

O que é missão integral? É um livro de fácil leitura, escrito por C. René Padilla que conta logo no seu prefácio que a maior parte dos os textos contidos no livro, são respostas, sem muito tempo para trabalho acadêmico, que surgiram para determinados momentos que passou (o que pode ser notado pelo tamanho de seus capítulos – curtos e simples, que tratam de um assunto com objetividade)

René é um teólogo e pensador latino americano, é presidente e fundador da rede Miquéias, e membro-fundador da Fraternidade Teológica Latino-Americana e da fundação Kairós.

Capitulo 1:

Ele inicia o capitulo falando o que seria a “missão integral”’, de uma forma geral: um nome dado a certo modelo de missão o qual existe a muito tempo (pratica a Jesus Cristo e a igreja do primeiro século), que na verdade serve mais para destacar o modelo de missão que a igreja de hoje deve seguir.

O autor segue dizendo sobre o modo como a missão era enxergada (é ao meu ver é enxergada por muitos dentro das instituições hoje): uma missão estritamente transcultural, ou seja, é necessário sair de onde se vive para então levar a boa nova, onde os únicos que fazem este tipo de missão, são os missionários, que para tal papel necessitam de um chamado para tal trabalho (assim como um pastor recebe o chamado, por exemplo).

Neste tipo de missão, a igreja não se envolve com o trabalho, o máximo que se faz é dar uma oferta de ajuda financeira ao missionário alem de suas orações. Ou seja, é um tipo de missão onde somente um faz a missão por todos.

Este modelo de missão levou a igreja ao mundo todo, isto é certo, porem acomodou a igreja que envia o missionário.

Assim, René pontua quatro dicotomias que tem afetado a igreja negativamente por causa da missão somente transcultural. E seguidamente, ele pontua outros quatro aspectos da missão integral (que pode ser feita sem o atravessamento de fronteiras, mas sim pode ser feita onde a pessoa se encontra) que resolvem estas dicotomias.

O ponto que mais me chamou atenção, por nunca ter pensado deste modo, diz que existe uma dicotomia gerada pela missão transcultural entre as igrejas que mandam missionários e as que recebem, o mundo ocidental e cristão envia cristãos e os países mais pobres recebem. Contudo, com a missão integral, todos tem algo a oferecer e a receber, é uma via de mão dupla.

 Capitulo 2:

Neste capitulo, o autor relaciona a teologia com a missão, dizendo que as duas são inseparáveis, e que é um privilégio de todo seguidos de Jesus fazer teologia.

Ele diz que a teologia não é, como pensamos, um mero passatempo para os teólogos que se profissionalizam nesta área, mas que a teologia é um dever de todos os cristãos.

Alem disso, traz alguns pontos sobre a importância da teologia na missão, como, a teologia que desperta o senso critico a respeito da ação; ela articula a mensagem de Deus dependendo do contexto onde a ação será executada.

Ou seja ela é a reflexão que quer colocar a palavra de Deus em consonância com a ação.

Uma observação muito relevante que o autor coloca é que, como queremos ser práticos, trocamos a Palavra por palavras e a ação por ativismo.

Nas perguntas sugeridas pelo autor para discussão, é colocada a pergunta “O que podemos fazer para desprender a teologia do domínio daqueles que se dedicam profissionalmente a ela?”. Não acredito que seja necessário depreender a teologia daqueles que a praticam profissionalmente, mesmo porque, na maioria das vezes, estes que nos ensinam algumas coisas sobre a teologia.

Capitulo 3:

Neste capítulo, o autor chama a atenção do leitor para a missão do cristão.

Ela não pode ser somente o cumprimento de um mandamento de Jesus, a grande comissão, mas sim temos que pregar por causa da rale transformação gerada pelo espírito santo em nossas vidas, o que era realmente feito antes de intitular-se a grande comissão.

Em seguida, o autor explica do seu ponto de vista o mandato que Jesus deixou. O mandato é para que façamos discípulos dele, que o reconheçam  e confessem como Senhor de todo o universo.

Um ponto interessante que o autor toca, relacionando o assunto tratado no capitulo e o tema do livro é a forma como interpretamos os três verbos no gerúndio, onde a passagem da grande comissão esta. Os verbos “ide” (que pode ser traduzido como indo), “batizando” e “ensinando, nos da a idéia de continuidade, de que não é necessário sair e fazer a missão, mas na vida, dia após dia é que devemos cumprir a nossa missão. Os verbos no gerúndio não trazem a idéia de continuidade sem preceitos, mas ele tem um propósito, mostrar a missão integral.

Concluindo o capitulo, o autor ressalta que a grande comissão nada mais é do que um convite, um chamado a missão integral, para atuar na formação de cidadãos do reino de Deus.

Capitulo 4:

Neste capitulo o autor da mais enfoque ao congresso Lausanne, que para ele foi de grande importância para a relação de missão e compromisso social. Para ele, este congresso foi um verdadeiro marco para o movimento evangélico por recuperar um conceito integral da missão cristâ.

Este capítulo, apesar de focar muito sobre o assunto do congresso, traz uma boa critica ao que os cristão de hoje fazem, levam somente a palavra e não atendem as necessidades daqueles que recebem esta palavra de evangelização. Em contrapartida, outras igrejas levam a solução para o problema social qu7e alguns estão passando, mas não leva a palavra.

Enquanto as duas coisas, tanto a evangelização, quanto a ação social, não podem estar separadas, pois ambas fazem parte da missão da igreja, “a proclamação do evangelho é inseparável da manifestação concreta do amor de Deus.”.

Capitulo 5:

Neste capitulo René continua falando sobre o envolvimento social que o cristão e a igreja tem de ter.

Para isto, ele recorre a Gonzalo Báez-Carmargo, autor do livro El comunismo, El cristianismo y los Cristianos, o qual da base pra a argumentação por ele usada no capitulo sobre as frentes de ação social cristã na sociedade.

Ele inicia dizendo que temos neutralizado os fermentos revolucionários cristãos, por considerarmos cada vez mais o evangelho como impraticável no âmbito scial e por termos convertido-o em algo individualista , sem responsabilidade quanto à situação do próximo na sociedade.

Assim, a igreja se tornou uma “parte integral da ordem estabelecida”, com ações de reação e aliada às massas com mais poder auqisitivo que oprimem as massas mais pobres e que necessitam de ajuda social.

O autor segue dizendo que temos de reconhecer, depois do arrependimento de não termos feito nada em relação a sociedade, que a tarefa prioritária do cristão é que somos chamados para criar consciência em nós mesmos da nossa vocação revolucionária (estudando a fundo tanto a mensagem da bíblia quanto as condições de vida das massas populares.

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