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ALGUNS MODOS DE VER E CONCEBER O ENSINO DA MATEMÁTICA NO BRASIL

Por:   •  22/7/2019  •  Resenha  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  1.047 Visualizações

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ALGUNS MODOS DE VER E CONCEBER O ENSINO DA MATEMÁTICA NO BRASIL – DARIO FIORENTINI

A discussão da qualidade no ensino da matemática permeia décadas, e conforme explica o autor é relacionada a diversas situações, tais como, o nível de rigor da escola, o método como os conteúdos são trabalhados, as técnicas de ensino utilizadas, o processo ensino-aprendizagem, a relação aluno-professor, a realidade dos sujeitos envolvidos no processo, dentre outros. Partindo dessa realidade, torna-se indispensável, rever, de que forma o ensino da matemática foi construído nas últimas décadas, para compreender a sua função e objetivos na contemporaneidade.

A percepção da qualidade do ensino da matemática muda conforme as determinações socioculturais e políticas, porém, sempre carregam com si, traços e saberes construídos historicamente, ou seja, a forma como se vê a qualidade do ensino da matemática atualmente, tem relação as construções das tendências pedagógicas. Por isso, o autor buscou descrever seis tendências, para discussão.

A partir da tendência formalista clássica, o ensino de matemática melhoraria a partir da qualidade do currículo do professor, como transmissor do conteúdo tendo o aluno como passivo na construção do conhecimento. O ensino da matemática é concebido de forma técnica e formal. Embora criticada, a tendência clássica ainda é recorrente em nossa atualidade, e mesmo buscando um saber em que o aluno seja sujeito ativo, ainda se vê, em muitas instituições de ensino o professor como autoridade em detrimento do seu saber.

A tendência empírico-ativista que surge como oposição a tendência clássica tradicional surge preocupando-se com as necessidades psicológicas dos alunos, priorizando a qualidade em função da quantidade. O aluno passa a ser o centro da aprendizagem, atendendo ao desenvolvimento psicobiológico do sujeito, através de um ambiente estimulante, onde as descobertas matemáticas ocorrem por descoberta. Entende-se, nessa tendência, que a ação, manipulação e experimentação são fundamentais para a aprendizagem. Busca-se desenvolver a criatividade e a potencialidade dos sujeitos, através de situações do cotidiano do aluno.

Partir da realidade sóciohistórica do aluno, conforme comprovado facilita o processo de assimilação e garante bons resultados, porém, é importante considerar que muitas vezes a realidade social do aluno é diferente da realidade do professor, e este deve conhecer e não deixar de acreditar no potencial do aluno. Precisamos nos atentar ao fato, que muitas vezes a falta de estímulo mascar o real potencial do aluno, portanto é importante partir daquilo que ele sabe e vivencia, mas sempre estimular de acordo com aquilo que ele pode alcançar.

A tendência formalista moderna, novamente centra-se no professor, que transmite conteúdo no quadro negro, porém, diferente da formação clássica, ao invés de trabalhar conceitos e aplicações da matemática, preocupa-se com a formação de um especialista matemático, ou seja, formar alunos com capacidade de raciocínio lógico matemático, que compreendam as formas estruturais e não apenas apliquem-nas. É uma tendência que não considera a realidade histórico-cultural dos alunos, portanto concretiza-se em uma única regra aplicada a diferentes realidades. Entende-se que o ser humano é único e subjetivo, formado através do ambiente inserido, portanto, precisamos considerar os diferentes ambientes no planejamento do ensino, ou seja, em nossa realidade, não tem como conciliar um ensino de qualidade sem considerar as diferenças ambientais.

A tendência tecnicista enfatiza a precisão, o rigor, o lógico e o formal sem preocupar-se com os interesses sociais e políticos. Resulta em uma transmissão de conhecimentos, através da fixação. Não centra nem no professor, nem no aluno, enquanto executores de um processo. Tem-se percebido a tendência como funcional em cursinhos pré-vestibulares e aliados ao sucesso escolar. Porem ressalta-se que embora as crianças possam ter bons resultados, a tendência não se preocupa a auxiliar o aluno a aplicar a matemática no seu cotidiano. Desta forma, entende-se que a tendência auxilia apenas a atingir objetivos à curto prazo, e não objetiva a assimilação do conteúdo, para generalização em outros ambientes.

A tendência construtivista, preza pela interação do homem com o ambiente e afirma que mais importante que conhecer conceitos e fórmulas é aprender a aprender. Para que o ensino apresente qualidade é necessário

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