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O Planejamento E Organização Do Trabalho Docente

Por:   •  21/4/2023  •  Artigo  •  1.681 Palavras (7 Páginas)  •  36 Visualizações

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V Jornada de Iniciação à Docência do IFES

Campus Cariacica – 27 de Setembro de 2014

UMA AULA SOBRE EQUAÇÃO DO 2º GRAU NUMA PERSPECTIVA DE INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA

EIXO: Planejamento e organização do trabalho docente

MAURI, Fernando[1]

CARLETE, Izabel Carlinda Alves1

MÓDOLO, Jane Marta da Silva[2]

ZANON, Thiarla Xavier Dal-Cin[3]

RESUMO: O presente relato de experiência vem apresentar a ação executada no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) do curso de licenciatura em matemática do Ifes, Campus Cachoeiro de Itapemirim, abordando uma aula para atualização do conteúdo de equação do segundo grau nas turmas de 2ª série do ensino médio da E.E.E.F.M. “Professora Hosana Sales”, através do processo de investigação matemática, procurando demonstrar formas e métodos de resolução que facilitam o calculo algébrico no trabalho com equações exponenciais. Uma das grandes dificuldades do ensino de matemática atual é trabalhar a investigação matemática na prática de ensino rotineira do dia-a-dia. Tudo o que se apresenta como conhecimento é dado pronto e não estimula o aluno a pensar, ou seja, o aluno não raciocina, não cria seus próprios métodos de calcular. Instigar o aluno a questionar é uma atividade autônoma que carece da ousadia do professor, tentando levar o aluno a pensar, trazer à tona a carga de conhecimento que adquiriu até os dias atuais, sendo assim, também, um promotor do ensino. Dentro de matemática, a investigação é fundamental, uma vez que os conteúdos matemáticos são mutuamente interligados e, às vezes, contextualizados, o que exige investigação acerca dos dados e conhecimentos necessários para a resolução de um problema em questão.

Palavras-chave: investigação; instigar; metodologia.

  1. INTRODUÇÃO

Através da convivência com os alunos da 2ª série do ensino médio no decorrer das atividades desenvolvidas como pibidianos, percebemos a dificuldade apresentada por eles na resolução de equações do 2º grau ao aprenderem equações exponenciais com troca de variáveis. Assim, procuramos nossa professora supervisora com a intenção de desenvolver uma aula para revisar esses conteúdos, que são, necessariamente, do 9º ano do Ensino Fundamental. Ela nos deu total apoio e, então, começamos o planejamento de uma aula tradicional dialogada em que o aluno fosse enfatizado, com o objetivo de expor, desde a definição até as diferentes formas de calcular, facilitando o processo de resolução de problemas com equações do 2º grau.

  1. METODOLOGIA

Primeiramente, buscamos informações para preparar um plano de aula onde pudéssemos trabalhar de forma rápida o cálculo de equações do 2º grau com os alunos da 2ª série do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Professora Hosana Salles”. Queríamos demonstrar o surgimento da fórmula de Bhaskara e a sua necessidade nos cálculos de equação com o coeficiente a maior que 1, tendo como objetivo principal o descritor D17 do SAEB[4]: “Resolver problema envolvendo equação do 2º grau”.

A partir da investigação matemática, buscamos uma forma de extrai dos alunos conhecimentos anteriormente construídos, mas não postos em prática de forma crítica e reflexiva, além de deixar nossa aula com características mais interativas.  Perguntando e instigando, houve uma grande participação dos alunos em sala de aula, relacionando as questões apresentadas com outros conteúdos de matemática, como fatoração e produtos notáveis, e, também, conteúdos de mecânica, por exemplo, relacionados à Física, dentre outros. A esse respeito, Ponte (1998) sublinha que:

As investigações matemáticas caracterizam-se, igualmente, pelo estímulo que fornecem ao aluno para este justificar e provar as suas afirmações, explicitando matematicamente argumentações perante os seus colegas e o professor. As capacidades de argumentação e prova são dois aspectos destacados da capacidade de comunicar matematicamente. O desenvolvimento desta capacidade é, também, um dos grandes objetivos educacionais do ensino da Matemática (NCTM, 1991). Ao confrontarem as suas diferentes conjecturas e justificações, os elementos da turma constituem-se como pequena comunidade matemática, na qual o conhecimento matemático se desenvolve em conjunto (pag. 21).

Dessa forma, o autor destaca que a matemática tem o objetivo de fazer o aluno argumentar e verificar suas afirmações. Assim sendo, o professor é o destaque evidente nesse processo, que vai guiar e fazer acontece à investigação. É possível perceber o conhecimento como um meio de integração cognitiva, ou seja, uma forma de relacionar atividades diferentes na prática de sala de aula. Com isso, enfatiza-se o aluno, que, em comunidade, cria sua forma de calcular.  Ponte (1998) ainda ressalta que:

O professor tem um papel determinante na feitura de propostas de investigação e na condução de aulas em que os alunos se empenham neste tipo de atividade. Todavia, para que os alunos sintam autenticidade nas suas propostas de trabalho é necessário que ele próprio demonstre um espírito investigativo. Os alunos só poderão compreender plenamente o que significa fazer matemática se tiverem oportunidade de observar como um matemático em ação (pag. 23).

Percebe-se, então, o professor como um canal no qual o aluno possa tirar suas próprias conclusões. É preciso ser ousado na proposta de ensino no intuito de atrair os alunos para adotar o mesmo espírito investigador, questionando o conteúdo e as soluções obtidas na resolução de problemas. Portanto, o “matemático em ação” deve ser evidenciado de forma a se tornar um exemplo para o aluno, que, por sua vez, passa a compreender que o conhecimento se dá por meio de uma busca insistente e diária. O PCN[5] (2002) aponta que:

Aprender Matemática de uma forma contextualizada, integrada e relacionada a outros conhecimentos traz em si o desenvolvimento de competências e habilidades que são essencialmente formadoras, à medida que instrumentalizam e estruturam o pensamento do aluno, capacitando-o para compreender e interpretar situações para se apropriar de linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar conclusões próprias, tomar decisões, generalizar e para muitas outras ações necessárias à sua formação (Pag. 108).

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