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A Bolsa do Café e o Museu dos Cafés do Brasil

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Por:   •  1/11/2014  •  Artigo  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  295 Visualizações

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A Bolsa do Café e o Museu dos Cafés do Brasil

O mais belo e imponente edifício da cidade de Santos-SP, a

Bolsa Oficial de Café de Santos (FOTO), é uma construção

em estilo eclético, cujo projeto data do final do século XIX e

cujas obras foram concluídas somente em 1922.

Construído no mais rico período de nossa história, tem

acabamento luxuoso com materiais importados, como

mármores de Carrara e lustres de cristal da Bohemia. Uma

cafeteria oferece a oportunidade de experimentar todos os

tipos e aromas de cafés.

O prédio abriga, atualmente, o Museu dos Cafés

Brasileiro, que apresenta a história da produção e

comercialização do café no Brasil e sua influência na cidade,

desde a segunda metade do século XIX até os dias atuais, através de fotos, documentos e

equipamentos. Um destaque, é a maquete que reproduz o centro da cidade na década de

20, com edifícios históricos ainda existentes.

Na "Sala de Pregões", é possível observar uma "clarabóia" com vitral de Benedito Calixto,

representando as riquezas do Brasil colônia, império e república, a lenda de Anhanguera,

Brás Cubas, fundador da cidade, e bandeirantes como Fernão Dias e Raposo Tavares. No

mesmo salão, três grandes painéis do mesmo autor representam diferentes períodos da

história de Santos.

A Bolsa Oficial de Café

A partir da segunda metade do século XIX, o café teve um papel fundamental na vida

econômica e social do país, principalmente para o Estado de São Paulo que, graças ao ciclo

econômico do café, formou praticamente 90% de suas cidades. O café chegou ao país no

século XVIII, mas só atingiu sua verdadeira importância ao ser cultivado no Estado de São

Paulo e Minas, onde encontrou solo fértil e clima ameno, aliados à proximidade com um

centro exportador, Santos.

Para Santos, o café foi o principal fator de desenvolvimento a partir de 1854, uma vez que

por lá eram comercializadas e exportadas todas as sacas produzidas no país. O mercado do

café profissionalizou-se rapidamente e na cidade instalaram-se inúmeros escritórios para a

sua comercialização, armazéns para seus estoques e indústrias de torrefação e embalagem

do produto. A mercadoria em estoque era a única disponível para a venda, mas com o

aumento explosivo do consumo mundial, os importadores estrangeiros precisavam contar

com a mercadoria para todos os meses do "futuro".

Essa mercadoria, que só podia ser comprada na época da colheita, obrigava os

torrefadores e exportadores a adquirir grandes quantidades do grão para estoques e

suprimento ininterrupto do mercado, criando a necessidade de grandes investimentos e o

encarecimento do produto pelos juros acumulados. O comerciante era obrigado a empatar

os estoques com o capital disponível e assim surgiram as vendas diretas feitas para o

futuro, sem dispêndio de capital. Com esse sistema surgiram também os grandes prejuízos,

causados por fatores como a variação do clima, o numerário, a falta de mão de obra, a

falta de organização das instituições bancárias, os trustes, etc. Para o comércio santista,

foram particularmente amargas as conseqüências desse sistema entre os anos de 1912 e

1914.

Desde 1906 o Poder Legislativo de São Paulo estudava a criação da Bolsa Oficial de Café,

aparelho de defesa do comércio sob direta fiscalização do Estado. Pela Lei 1416 de 14 de

julho de 1914 foi criada a Bolsa Oficial de Café e a Câmara Sindical dos Corretores de Café

de Santos, objetivando um maior controle do comércio do café. A lei foi regulamentada

pelo decreto nº 2516 de 23 de julho do mesmo ano e, por ela, todos os contratos de

compra e venda de café a termo só seriam válidos quando negociados por um corretor

oficial da Bolsa e registrados em Caixa de Liquidação. O presidente da Bolsa era um

comerciante nomeado pelo governador do Estado. A Bolsa teria uma comissão de peritos

oficiais, contratados por concurso, e somente essa comissão poderia avaliar e classificar o

café, fixar diferenças, prejuízos e bonificações nas operações da Bolsa, sempre sujeitas ao

seu conhecimento.

A inauguração da Bolsa

A Bolsa Oficial de Café foi inaugurada em 2 de maio de 1917, em um salão alugado, na

esquina da Rua XV de Novembro com a Rua do Comércio. A lei de criação da Bolsa previa

a cobrança de uma taxa de 20 réis por saca de café nas operações a termo e destinava o

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