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A Discriminação Cultural e Linguística de Alunos Indígenas

Por:   •  7/11/2025  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.569 Palavras (11 Páginas)  •  16 Visualizações

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FP078 - Interculturalidade e educação

Trabalho conv. ordinária

Nome e sobrenome: JOSÉ AUGUSTO DE MORAIS[pic 1]

Código: BRFPMME4286768

Curso: MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Execução e Edição: Individual

Discriminação Cultural e Linguística de Alunos Indígenas em Escolas Públicas

Sumário

1. Introdução        3

2. Descrição do Problema        3

3. Desenho de Intervenção        4

3.1 Objetivo Geral        4

3.2 Critérios para o Desenvolvimento da Interculturalidade        4

3.3 Enfoque Metodológico        4

3.4 Princípio da Diversificação        4

3.5 Etapas da Intervenção        4

4. Avaliação Geral        5

4.1 Indicadores de Avaliação Intercultural        5

5. Referências Bibliográficas        6

6.        Anexos        7

Anexo I - Roteiro de entrevista com alunos indígenas        7

Anexo II - Modelo de questionário para professores        10

Anexo III - Cronograma de ações da Semana da Diversidade Cultural        13

Discriminação Cultural e Linguística de Alunos Indígenas em Escolas Públicas

1. Introdução

A presença de estudantes indígenas nas escolas públicas brasileiras revela importantes desafios e oportunidades para a construção de uma educação verdadeiramente democrática e inclusiva. No entanto, ainda é comum observar situações de discriminação cultural e linguística, nas quais os saberes, tradições e línguas dos povos indígenas são invisibilizados ou tratados como inferiores diante da cultura dominante. Essa realidade evidencia a persistência de um modelo escolar centrado em padrões homogêneos, que pouco reconhece a diversidade étnica e cultural existente no país. Diante desse contexto, torna-se essencial refletir sobre práticas pedagógicas que promovam o reconhecimento, o respeito e o diálogo intercultural, assegurando aos alunos indígenas o direito de aprender e de se expressar em suas próprias referências culturais, conforme os princípios da educação intercultural crítica.

2. Descrição do Problema

Em uma escola pública localizada em uma região rural, observa-se a presença de estudantes provenientes de comunidades indígenas que enfrentam situações de preconceito, estigmatização e desvalorização de suas origens culturais. Manifestações discriminatórias surgem, por exemplo, quando colegas ou até mesmo professores demonstram estranhamento ou rejeição à língua materna e aos costumes desses alunos.

A partir da perspectiva do modelo crítico de educação intercultural (Candau, 2016; Walsh, 2004), percebe-se que a escola ainda reproduz um padrão de ensino baseado na hegemonia cultural ocidental, o que resulta na exclusão simbólica e na negação das identidades indígenas. Esse contexto compromete o processo de aprendizagem, a autoestima e o sentimento de pertencimento dos alunos. Assim, o problema não se resume a diferenças culturais, mas à assimetria de poder entre culturas, que perpetua desigualdades e impede o pleno desenvolvimento intercultural dentro do ambiente escolar.

3. Desenho de Intervenção

3.1 Objetivo Geral

Promover o desenvolvimento intercultural na escola, valorizando a diversidade linguística e cultural dos alunos indígenas e fortalecendo o diálogo entre diferentes grupos.

3.2 Critérios para o Desenvolvimento da Interculturalidade

  • Reconhecimento das diferenças culturais como potencial educativo;
  • Crítica ao etnocentrismo e às práticas discriminatórias;
  • Participação ativa das comunidades indígenas no processo educativo;
  • Promoção de espaços de diálogo e trocas culturais.

3.3 Enfoque Metodológico

Adota-se o enfoque dialógico e participativo, fundamentado em Paulo Freire, no qual o diálogo é visto como base da aprendizagem e da transformação social. O processo educativo deve ocorrer por meio da escuta, da troca de experiências e do respeito mútuo entre culturas.

3.4 Princípio da Diversificação

A diversificação será garantida pela inclusão de diferentes linguagens, saberes e práticas pedagógicas que valorizem a presença indígena na escola e incorporem sua cultura ao currículo, materiais didáticos e eventos escolares.

3.5 Etapas da Intervenção

  1. Diagnóstico Participativo: rodas de conversa com alunos, famílias e professores para identificar experiências e dificuldades.
  2. Formação Continuada: capacitação dos docentes sobre diversidade cultural e educação intercultural crítica.
  3. Revisão Curricular: inserção de conteúdos sobre culturas e línguas indígenas em diferentes disciplinas.
  4. Projetos Interculturais: criação da Semana da Diversidade Cultural e do projeto Saberes da Terra, com participação das famílias indígenas.
  5. Avaliação e Reflexão: acompanhamento contínuo das mudanças nas relações escolares e no desempenho dos alunos.

4. Avaliação Geral

A análise da discriminação cultural e linguística sofrida por alunos indígenas nas escolas revela que ainda há grandes desafios para a efetivação de uma educação intercultural crítica. A manutenção de práticas e currículos centrados na cultura dominante gera a invisibilização de saberes, tradições e línguas indígenas, perpetuando formas sutis de exclusão e desvalorização cultural. Esse cenário evidencia a necessidade de uma mudança paradigmática, em que a escola assuma o compromisso de promover igualdade, reconhecimento e diálogo entre diferentes culturas.

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