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A Existência Da Escola, Conforme A Conhecemos, Ou Seja, Como Instância Privilegiada De Educação Com A Ascensão Da Burguesia E O Estabelecimento Do Estado Burguês.

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Por:   •  25/10/2013  •  554 Palavras (3 Páginas)  •  725 Visualizações

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Resenha do livro Apologia da História ou O Ofício de Historiador, de Marc Bloch

BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

Marc Leopold Benjamin Bloch nasceu na França em 1886 e morreu durante a Segunda Grande Guerra, em 1944, nas mãos do regime nazista.

Juntamente com Lucien Febvre, Bloch deu início ao estudo da chamada História das Mentalidades ao fundar a Revista dos Annales. Ao estender a compreensão da História para além dos fatos, Marc Bloch preocupa-se, sobretudo, em problematizar os acontecimentos históricos.

Apologia da História ou O Ofício de Historiador foi escrito em cativeiro e disposto em cinco capítulos, sendo o último inacabado. É o último livro do autor, tendo sido publicado em 1949 por Lucien Febvre como obra póstuma. Ao condensar as primeiras ideias da Escola dos Annales, "Apologia" tem por objetivo desconstruir a escola historiográfica anterior - os chamados Positivistas ou Metódicos - propondo uma nova metodologia para o estudo da História.

Bloch, assim como os Metódicos antes dele, não renuncia à História enquanto ciência, mas sim busca a interdisciplinaridade e um constante diálogo com as demais áreas do conhecimento para se chegar a um saber racional e científico acerca dos fatos históricos que problematiza.

No primeiro capítulo, "A história, os homens e o tempo", Bloch apresenta o homem enquanto sujeito de sua própria história.

O homem faz História no seu tempo. Para o autor, não há uma História atrelada tão-somente aos fatos, relatos e datas. O homem é o sujeito da História, seu agente por excelência, e não apenas os fatos.

Bloch busca uma história que consiga compreender as relações que se deram a partir dos fatos, suas problematizações e contextos históricos. Desta forma, o autor indica que seu objeto de estudo não é o passado, mas sim o homem e sua ação no tempo.

É o homem, no papel de historiador, que escolhe o que pesquisar, que busca no passado a pergunta do presente que pretende responder. "O historiador é sempre de seu tempo”, ou seja, de sua nação, sua classe social, suas convicções políticas e éticas pertinentes àquele período histórico.

Marc Bloch advoga, ainda, a importância da interdisciplinaridade. Alerta, porém, sobre curiosos simplistas, que seriam de um lado, estudiosos preocupados apenas em "desenfaixar os deuses mortos", e, do outro, sociólogos, economistas, publicistas, "os únicos exploradores do vivo”, nas palavras de Bloch (p.62). O autor afirma que tais agentes não buscam no passado as respostas às suas perguntas, e suas observações são limitadas, quando muito, a algumas décadas atrás. Os simplistas, segundo Bloch, estudam o passado como algo fora do contexto atual de sua época, enquanto outros nem ao menos se valem do passado para responder as perguntas do presente, partindo do pressuposto de que o passado em nada interfere no momento atual.

Aliar passado e presente, entretanto, faz-se necessário, uma vez que as questões do presente são exatamente o que faz o historiador debruçar-se sobre o passado.

No segundo capítulo, "A observação

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