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A Gestão Escolar

Por:   •  11/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.194 Palavras (9 Páginas)  •  259 Visualizações

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PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL

                         

                                     

ROSANGELA SOLDATI GILIOLE

Disciplina: Gestão, Coordenação e Supervisão

VOTUPORANGA

2016

A GESTÃO ESCOLAR E OS FAZERES DA ESCOLA

Compreender a administração escolar nos traz a discussão do conceito de administração geral, e ás transformações que ela sofre, conforme a sociedade está organizada, considerando seus princípios, finalidades, e funções.

Segundo o Dicionário Aurélio, administração “é um conjunto de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar os fatores de produção e controlar sua produtividade e eficiência, para se obter um determinado resultado”.

A palavra administração vem do latim ad (direção, tendências para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta serviço. No entanto, a palavra administração sofreu uma radical transformação em seu significado original. A tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada a situação. Assim administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a de alcançar objetivos (CHIAVENATO, 2000).

Tendo em vista os conceitos acima, percebemos que as palavras: controle, produtividade, eficiência (caracterizadas pelo uso no capitalismo) estão presente neles. Entretanto, a administração enquanto atividade essencialmente humana é mais importante do que a sociedade vista sob a ótica capitalista.

Nesse sentido, Paro (1999, p. 18), ao falar sobre o conceito de administração em relação aos determinantes sociais, define que administração é “ a utilização racional de recursos para a realização de fins determinados”. Sendo assim, os princípios e a função da administração estão diretamente relacionados aos propósitos da organização em uma dada realidade social.

A empresa capitalista, tem como objetivo a acumulação do capital, então nesse caso a função da administração é organizar os trabalhadores para a produção, otimizar os instrumentos de trabalho e colocar à disposição as matérias primas objetivando o controle das forças produtivas do planejamento à execução das operações, visando uma maior produção e um maior lucro. Porém a escola é uma instituição social com especificidades e, como tal, sua administração deve ser diferente da administração empresarial. O processo de produção pedagógica da escola não permite generalizar a produção como acontece no capitalismo, pois o aluno é ao mesmo tempo objeto beneficiário do ato da produção e sujeito do ato educativo, pois participa da atividade pedagógica.

Administração da educação

A educação dentre muitas definições pode ser entendida como a apropriação da cultura produzida pelo homem, e a escola é o lugar privilegiado de produção sistematizada do saber. Portanto a escola necessita ser organizada no sentido de que suas ações efetivamente educativas, atinjam os objetivos da instituição de formar sujeitos concretos, participativos, críticos e criativos.

Diferente de uma empresa, que “visa à produção de um bem material tangível ou de um serviço determinado, imediatamente identificáveis e facilmente avaliáveis” (PARO, 1999, p. 126) a organização escolar deve ter por meta básica a produção e a socialização do poder tendo como recurso e matéria prima o elemento humano e que nesse processo é sujeito e objeto. Assim sendo, entende-se que a escola visa a fins que não são facilmente mensuráveis e identificáveis.

Nesse sentido, administrar uma escola não se resume a aplicação de métodos, das técnicas, e dos princípios utilizados nas empresas, devido às suas peculiaridades e aos objetivos a serem alcançados. Nesse contexto, Paro (1996) ressalta que se a administração implica na “utilização racional de recursos, para a realização de fins determinados” a administração da escola “exige a permanente impregnação de seus fins pedagógicos na forma de alcança-los”.

Vista desta forma, a administração configura-se como sinônimo de gestão, que numa concepção democrática, se realiza com a participação de todas as pessoas envolvidas na elaboração e construção dos projetos escolares, como também nos processos de tomada de decisão. Segundo Paro (1999), o caráter mediador da administração se dá de forma peculiar na gestão educacional, porque aí os fins a serem realizados relacionam-se à emancipação cultural de sujeitos históricos, para as quais a apreensão do saber se apresenta como elemento decisivo na construção de sua cidadania.

Assim, essa visão de administração escolar, centrada na transformação social, contrapõe-se à visão de centralização do poder na instituição escolar e nas demais organizações, primando portanto, pela participação dos seus usuários, na gestão da escola e pela mudança na forma de como a sociedade está organizada e consequentemente repensar a concepção de trabalho, as relações sociais estabelecidas no interior da escola, a forma como ela está organizada, a natureza do trabalho pedagógico e da instituição escolar e as condições reais de trabalho nessa instituição.

Segundo Paro (1999), de modo geral, os problemas da Administração Escolar, no Brasil, se colocam em duas posições. A mais difundida delas é a visão da Administração Escolar fundamentada nos princípios da administração capitalista, usada na formação de futuros administradores nos cursos de Pedagogia e que por isso mesmo é a mais predominante na realidade das nossas escolas. Essa visão de Administração Escolar tem como fundamento a universalidade dos princípios gerais da administração adotada pelas empresas capitalistas, porém todos os métodos e técnicas perpassam pelos mesmos princípios gerais da administração. Isso não quer dizer que, para se promover eficiência e produtividade é preciso abandonar totalmente esses princípios tão bem sucedidos no âmbito empresarial.                                                                                                          

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