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A Obesidade Infantil

Por:   •  31/10/2019  •  Monografia  •  8.095 Palavras (33 Páginas)  •  176 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A Obesidade é resultante da ação de fatores ambientais (hábitos alimentares, atividade física e condição psicológica) sobre indivíduos geneticamente predispostos a apresentar excesso de tecido adiposo.

No Brasil, estudos comprovam que mudanças nos padrões alimentares estão refletindo na redução progressiva da desnutrição e no aumento da obesidade (MONTEIRO et. al ., 1995).

Quando há obesos na família, a chance da criança desenvolver obesidade é muito maior. Esse aspecto é importante para o processo de prevenção, e os pais devem ser alertados sobre o risco.  

Este projeto tem como objeto de estudo a prevenção da obesidade através de atividades físicas escolares, nas séries iniciais do ensino fundamental na Escola de Rede Pública de Ensino Fundamental Dr. Custódio.  

  1. PROBLEMA

         Diante do problema diagnosticado com alunos que cursam as séries iniciais nas Escolas Públicas, um dos fatores que contribuem para obesidade infantil é a precariedade de atividades físicas que existem nas Escolas da rede Pública.

Então se questiona o que as atividades físicas nas escolas têm contribuído na prevenção da obesidade infantil?

  1. OBJETIVO:

1.2.1 GERAL:

         Analisar os benefícios da atividade física escolar na prevenção da obesidade infantil.

1.2.2 ESPECÍFICO:

  • Observar o estilo de vida adotado pelos alunos do ensino fundamental.
  • Avaliar o índice de massa corporal (IMC) dos alunos na faixa etária de 8 á 11 anos.
  • Levar os alunos a praticar atividades esportivas.

  1. JUSTIFICATIVA

“A obesidade na infância é determinante de morbidade na vida adulta, como de doenças coronárias, aterosclerose, câncer de cólon e artrite” (MUST, 1992, p.230).

“Existe também a presença de fatores de risco para essas doenças em crianças obesas, hipertensão arterial, colesterol total e LDL colesterol e Diabetes” (FREEDMAN, 1999, p.231).  

A obesidade nessa época também está associada a alterações posturais e funcionais que, juntamente com o excesso de peso geram sobrecarga regional, ou global, favorecendo o aparecimento de complicações ortopédicas. Sabe-se que o aparecimento de distúrbios nutricionais na infância relacionados com a ingestão energética, como a obesidade está comumente associado ao desequilíbrio entre a atividade física e a ingestão alimentar.

A obesidade infantil é uma doença de difícil tratamento, a grande oportunidade que temos de evitar essa doença é através da prevenção. A escola é a melhor oportunidade que temos para prevenir essa patologia por uma série de motivos, é possível trabalhar noções de educação alimentar, através de cantinas com cardápios saudáveis, prática de atividades físicas e esportes direcionados a queima de calorias.

Diante de estudos feitos e observações em alunos das escolas Públicas, como acadêmica do Curso de Educação física, percebo a importância da realização de atividades físicas direcionada a alunos que apresentam índice de obesidade. Muitos por já terem um histórico de obesos na família e outros por terem uma alimentação irregular e pouca prática de exercícios físicos na idade de 08 a 11 anos.

No período de estágio supervisionado II, diagnostiquei que alunos obesos têm mais dificuldade em realizar atividades físicas. Mediante esses índices detectados vejo a necessidade de montar um projeto que possa proporcionar ao aluno melhor qualidade de vida.

2.  REVISÃO DE LITERATURA

2.1 OS PERÍODOS CRÍTICOS DE SURGIMENTO DA OBESIDADE

De acordo com Peron (2001), a obesidade é uma das patologias nutricionais que mais tem apresentado aumento em seus números, não apenas nos países ricos, mas também nos países industrializados, existem vários fatores que são determinantes no processo que leva à obesidade. Um dos principais é o sedentarismo.

Uma criança obesa, com menos de três anos, não foi fator determinante de obesidade na vida adulta. Porém, a partir dessa idade o excesso de peso torna-se definitivamente determinante de obesidade futura. Se a criança é obesa aos seis anos de idade, ela apresenta 50% de chance de tornar-se um adulto obeso. A obesidade na adolescência, entretanto, confere chances de 70% a 80% (MORAN, 1999, p. 230).

De acordo com Biazussi (2001), para reverter essa situação cabe a Escola em especial a Educação Física e aos Órgãos competentes criar programas de prevenção que possam contribuir no sentido de inibir o aparecimento dos fatores de riscos que se apresentam cada vez mais precoce.

Katch e Mc Ardle (1996) citam que a obesidade pode se manifestar tanto por hiperplasia quanto por hipertrofia do tecido adiposo. Segundo os mesmos autores, a hiperplasia, ou seja, o crescimento do tecido adiposo à custa do aumento do número das células adiposas pode contribuir significativamente para a manifestação da obesidade em três períodos fundamentais.

Um deles está vinculado ainda ao período gestacional, mais precisamente durante o último trimestre da gravidez, quando os hábitos alimentares da mãe podem influenciar na formação da composição corporal do feto. Os outros dois períodos críticos estão situados por volta do primeiro ano de vida e durante o segundo estirão do crescimento. Já a hipertrofia, ou seja, o crescimento do tecido adiposo à custa do aumento do tamanho das células gordurosas pode ocorrer em qualquer fase da vida. O excesso de tecido adiposo na infância, geralmente é multifatorial, envolvendo hábitos alimentares errôneos, propensão genética, estilo de vida familiar, condição sócio-econômica, fatores psicológicos e etnia.

2.1 CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE NA INFÂNCIA

Um problema importante a ser considerado é o impacto que o excesso de peso promove no equilíbrio emocional das crianças e adolescentes. Estudos demonstram que crianças de 08 a 10 anos preferem ter amigos deficientes físicos e não obesos, do que amigos obesos.

Segundo Vitolo (2003), existe um grande preconceito contra pessoas obesas, que culturalmente são consideradas responsáveis por essa condição, por serem fracas e não terem força de vontade.

O sentimento de culpa e vergonha pela inabilidade ou incapacidade de controlar o apetite pode afetar a auto-estima de pessoas obesas. Propostas de tratamento que levam ao insucesso na perda de peso ou na manutenção de resultado prejudicam ainda mais esse aspecto (VITOLO, 2003, p.233).

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