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Comportamento Organizacional

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.951 Palavras (12 Páginas)  •  251 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Sabe-se que o trabalho pode ser fonte de auto-realização, satisfação e prazer; contudo, o trabalho também pode ser fonte de adoecimento, como, por exemplo, em casos de trabalho excessivo, com aumento das cargas laborais; da realização de múltiplas tarefas; de más condições de trabalho; e de fatores de risco para a saúde, quando os trabalhadores não conseguem se proteger desses riscos, tudo isso podendo levar justamente ao aparecimento de doenças, quer sejam de ordem física, psíquica ou emocional, nos trabalhadores.

Com os profissionais do setor de Enfermagem de um hospital a realidade não é diferente, esclarecendo-se aqui que o trabalho de Enfermagem é executado nas mais diversas instituições de saúde, sendo, contudo, os hospitais que abrigam o maior número de profissionais de Enfermagem, profissionais esses que no âmbito hospitalar exercem uma variada gama de serviços, podendo desencadear situações de riscos, agredindo, assim, a sua saúde e se refletindo negativamente na qualidade da assistência prestada aos clientes-usuários.

Diante dessa realidade, muitos estudos e pesquisas vêm sendo realizados ao longo dos anos com o intuito de estudar os potenciais problemas de saúde que os colaboradores do setor de Enfermagem de instituições de saúde podem apresentar, buscando e apontando evidências científicas acerca das formas de adoecimento pelo trabalho da Enfermagem, bem como também as possíveis soluções para a redução dos índices de adoecimento e para a melhoria do comportamento organizacional desses profissionais, apontando, assim, portanto, as formas para o enfrentamento e prevenção do adoecimento desses trabalhadores.

Nesse contexto, tem-se que o presente trabalho consiste justamente em realizar um levantamento dos potenciais problemas de saúde inerentes às atividades realizadas por profissionais do setor de Enfermagem de um hospital fictício, o Hospital Princesa do Agreste, elaborando-se em seguida um Plano de Ação que vise estabelecer alocação de recursos humanos com melhoria no comportamento e desenvolvimento profissional diante dos processos de mudanças e prioridades na execução das tarefas desses profissionais, identificando-se os impactos na qualidade da assistência oferecida aos clientes-usuários do referido Hospital.

Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas acerca dos temas epidemiologia social e comportamento organizacional, de uma maneira geral, e também mais especificamente relacionados à atuação dos profissionais do setor de Enfermagem em instituições de saúde, mais especificamente em hospitais, em bases de dados como, por exemplo, LILACS/Bireme, SciELO, PubMed, dentre outros, objetivando-se, assim, embasar e fundamentar teoricamente o presente trabalho, podendo-se destacar que foram utilizados como descritores, além dos termos epidemiologia social e comportamento organizacional, os termos potenciais problemas de saúde, profissionais de Enfermagem, hospitais, enfrentamento, prevenção, qualidade da assistência prestada aos usuários.

DESENVOLVIMENTO

1 Potenciais Problemas de Saúde Inerentes às Atividades Realizadas por Profissionais do Setor de Enfermagem do Hospital Princesa do Agreste

Em face da necessidade de se manter um atendimento com alto padrão de qualidade e excelência aos seus clientes-usuários, a direção do Hospital Princesa do Agreste propôs ao seu Gestor Hospitalar o levantamento dos potenciais problemas de saúde que mais acometem seus profissionais de Enfermagem.

Nesse sentido, e após o levantamento, a coleta e a análise dos dados junto ao setor de Segurança e Medicina do Trabalho do referido Hospital, pôde-se identificar e constatar que os problemas de saúde que mais acometem os profissionais de Enfermagem dessa instituição hospitalar são:

Acidentes de trabalho, como os acidentes com material perfurocortante e os acidentes causados por substâncias químicas (Ribeiro; Shimizu, 2007), posto que os profissionais de Enfermagem cotidianamente manuseiam instrumentos perfurocortantes durante os procedimentos que realizam (Marziale; Rodrigues, 2002; Lima; Pinheiro; Vieira, 2007) e também diversos tipos de substâncias químicas que, por sua vez, ao mesmo tempo em que podem promover a saúde ao paciente, podem trazer riscos à saúde desses profissionais, destacando-se que muitos desses acidentes de trabalho ocorrem justamente pela falta do uso ou pelo uso incorreto dos EPI’s – equipamentos de proteção individual (ROBAZZI; XELEGATI, 2003; COSTA; FELLI, 2004);

Doenças ocupacionais, como as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (incluindo-se aqui as lombalgias, as ombralgias e as cervicalgias, geralmente causadas nos enfermeiros pela manutenção de posturas estáticas, por períodos prolongados ou resultantes de traumas cumulativos que ocorrem com freqüência devido aos cuidados prestados diretamente aos pacientes) (Gurgueira; Alexandre; Corrêa Filho, 2003; Murofuse; Marziale, 2005) e certos tipos de dermatites ocupacionais, como a dermatite de contato irritativa causada por substâncias químicas irritantes sobre a pele, e a dermatite alérgica de contato causada pelo látex das luvas de procedimento;

Estresse ocupacional, que está justamente relacionado, no caso dos profissionais de enfermagem, com a exposição prolongada e contínua a estressores no meio ambiente laboral, como, por exemplo, carga horária prolongada/sobrecarga no trabalho; fadiga excessiva; burocracia excessiva; o próprio ambiente hospitalar; exposição a climas de grande tensão emocional; baixa remuneração; submissão entre Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem; desgaste físico e psíquico; dentre outros, destacando-se que também dentre os profissionais de Enfermagem o estresse excessivo é bastante prejudicial à saúde, podendo levar a diversas patologias, posto o estresse poder afetar tanto o sistema imunológico, quanto o sistema nervoso e também o endócrino, causando, portanto, uma grande variedade de sintomas, como tremores, insônia, sudorese, fadiga, ansiedade, taquicardia, lapsos de memória, desmotivação, dentre muitos outros, podendo levar o profissional de enfermagem a uma queda na produtividade no trabalho, ao absenteísmo e a um conseqüente afastamento da instituição hospitalar, causando, assim, impactos negativos também na qualidade dos serviços prestados aos clientes-usuários da instituição de saúde, merecendo ser aqui ainda mencionada a Síndrome de Burnout, que ocorre quando o estresse relacionado ao trabalho

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