Ergonomia - Estudo De Caso

Universidade Cândido Mendes

Programa de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho

Matéria: EST 1 - Ergonomia

Aluno: Megaron Molossi

Atividade 2 : Estudo de Caso

O estudo de caso proposto se apresenta de certa forma de modo bem interessante. O estudo nos apresenta uma típica funcionária de uma loja de magazine, que realiza funções e atividades diversas. Interessante a abordagem do tema pois os problemas e situações vividos por Kátia, apesar de relativamente comuns, são bastante instigadores dentro do campo da ciência ergonômica.

De forma didática, baseado no material que nos foi apresentado durante a matéria, as situações problemas enfrentadas pela nossa personagem podem ser divididas em dois grupos distintos: problemas de ergonomia física e de ergonomia cognitiva. Interessante saber que o verdadeiro ergonomista, além de tratar dos aspectos físicos (mobiliário, temperatura ideal, higiene do ambiente, etc.) também deve focar seu trabalho nos aspectos mentais das atividades laborais dos trabalhadores, que muitas vezes são a causa fundamental dos problemas encontrados no dia a dia de uma empresa ou industria.

Cabe sempre lembrar que o engenheiro de segurança do trabalho deve sempre evitar ser um mero seguidor de normas e roteiros, nem servir apenas o empregador ou o próprio aparato estatal de fiscalização. Mas sim, deve estar realmente engajado em contribuir com a melhora da qualidade do trabalho do colaborador, e para isso, pode e deve usar conhecimentos e práticas interdisciplinares.

1.0 ERGONOMICA FÍSICA

Neste estudo de caso, as soluções ergonômicas serão dividias conforme os dois grupos destintos de problemas apresentados acima. Em relação à ergonomia dita física, vimos que nossa personagem possui um posto de trabalho inadequado. Na verdade, um dos aspectos mais importantes da Ergonomia é justamente a adequação do posto de trabalho, pois é ali que muitas vezes o trabalhador passa a maior parte do seu tempo. Quando se encontra inadequado a exigência física do próprio colaborador será muito maior.

Assim, um posto de trabalho adequado, que inclui o mobiliário os utensílios e todos os demais elementos irá contribuir para uma rotina menos desgastante para o trabalhador. Além disso, a Ergonomia Física busca relações harmoniosas entre o operador e a máquina, através de interfaces de informação (displays) e interfaces de acionamentos (controles). Em relação ao ambiente (posto de trabalho) onde nossa personagem aparentemente fica grande parte do seu dia, algumas alterações e correções poderiam ser feitas:

• Balcão de atendimento

Para a resolução do eventual problema no balcão de atendimento dever-se-ia fazer um estudo mais aprofundado para a devida resolução da situação. O balcão em estudo, pelo que se entende da leitura do texto, provavelmente é usado por todas as funcionárias da loja para a realização do atendimento. Não seria então, de todo adequado, fazer uma correção do móvel para deixá-lo confortável para a Kátia, porem desconfortável para as outras funcionárias, que tem menor ou maior estatura. O que teria se ser averiguado inicialmente é se o balcão em questão atende a maior gama de pessoas, dentro de um contexto de antropometria coletiva.

Entretanto, um solução simples para o suposto problema seria a aquisição e o uso de um banco regulável na altura pela nossa personagem, no caso dela precisar passar muito tempo no balcão de atendimento.

• Software

A questão da dificuldade encontrada no manuseio do software pode e deve ser resolvida. Estamos tratando segundo o texto de um grande magazine, e de fato subentende-se que este deve ter um software compatível com o seu porte. Primeiramente deveria ser feita uma consulta para verificar se a questão da dificuldade de operação do software não poderia ser resolvida com uma simples orientação por parte da empresa responsável pelo software com os funcionários da loja de magazine. Em segundo plano, poderia ser feito um planejamento a médio prazo, para a troca do software por outro de mais fácil interação.

• Cadeira

O problema da cadeira não permitir regulagem inclusive esta em desacordo com a NR 17 no item 17.3.3 que determina que: os assentos de trabalho devem ter altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza