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Escola De Tempo Integral: Um Bom Motivo Para Ficar Mais Tempo Na Escola.

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Por:   •  3/11/2013  •  9.531 Palavras (39 Páginas)  •  604 Visualizações

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Traçando caminhos para uma educação inclusiva integradora

Miriam Márcia

Resumo

A educação inclusiva é o argumento principal deste artigo. Começando com uma conceitualização do significado de inclusão em educação, sendo propostas algumas condições que são necessárias para desenvolver nas escolas para que se caminhe para a inclusão. Neste sentido, entre outros, a colaboração, a liderança compartilhada, o apoio curricular e institucional, a implicação da comunidade educativa são pilares fundamentais para a implementação deste modelo de educação. O artigo finaliza com uma reflexão sobre o que podemos fazer ou que direções deveriam seguir para construir escolas de educação que tenham capacidade para todo alunado, e nos quais o objetivo seja uma resposta educativa equitativa e de qualidade para todos.

Palavras-chave: Educação inclusiva. Colaboração. Participação. Equidade. Qualidade.

Abstract

Inclusive education is the main argument f this article. Beginning with a conceptualization of the meaning of inclusion in education, and proposed some conditions that are necessary to develop for the school should be towards the inclusion. In this sense, among others, collaboration, shared leadership, the curriculum and institutional support, the involvement of the educational community are fundamental pillars for the model of education. The article concludes with a reflection on what we can do or what direction we should follow to build education schools have the capacity for the entire student body and in which the goal is a response to educational quality and equitable for all.

Key Words: Inclusive education. Collaboratio. Participation. Equity. Quality.

1. INTRODUÇÃO

Ressaltar a importância da educação inclusiva e as propostas de políticas de inclusão orientadas por concepções mais democráticas são objetivos desse, pois os mesmos são assuntos de extrema importância no contexto da educação contemporânea. O debate torna-se necessário não apenas no âmbito das propostas, mas também no âmbito das concepções de diferença de deficiência e de inclusão, o que insere análise e reflexão da prática pedagógica, currículos, organização e a inserção social dos alunos na atual era de mudanças educacionais.

Com base nas proposições de Sassaki (2003)¹, o termo necessidades especiais é utilizado com um significado mais amplo do que estamos habituados a supor.

Para o autor o uso das expressões pessoas portadoras de necessidades especiais e pessoas com necessidades especiais, são expressões que tem um som melhor do que usar as expressões pessoas portadoras de deficiência, pessoas com deficiência e portadoras de deficiência.

Com afirmações neste sentido Sassaki (2003)¹ quer chamar a atenção no sentido de que, usando expressões mais amenas, seria evitado o uso da palavra ‘deficiência’, considerada desagradável ou até mesmo pejorativa. Porém, o que o autor pretende dar maior ênfase é ao fato de que ‘necessidades especiais’ não deve ser tomado como sinônimo de ‘deficiências’, o que daria ao portador dela o estigma de incapacidade de aprender, fazer e viver normalmente, apenas com determinadas compreensões. A que todos são capazes, basta que lhe seja dado tempo e possibilidade de realizar.

Pode-se afirmar que a inclusão está atualmente no coração das políticas internacional, nacional, estadual e municipal, mas, embora as escolas tenham aberto suas portas para receber todos os alunos nas várias etapas e níveis de educação básica, promovendo o desenvolvimento de suas potencialidades, a inclusão ainda causa polêmica em muitos ambientes educacionais.

Para que o processo da educação inclusiva avance, torna-se necessário o investimento na formação de educadores, sensibilização e instrumentalização dos educadores para o trabalho pedagógico, sobretudo aqueles que apresentam necessidades educacionais especiais, decorrentes de deficiências, condutas típicas e altas habilidades, ou outros casos que não são considerados normais.

2.1. A organização do espaço e do tempo escolar

Os caminhos traçados pelos pesquisadores enfatizaram a importância da quebra de paradigmas construídos de forma preconceituosa e restrita, e que não condiz em nada com as reais intenções da escola que se propõe; ou seja, uma escola que não apenas recebe, mas que capacita que ofereça ao aluno portador de necessidades especiais de educação o direito estampado na Constituição Brasileira de acesso a Educação de forma plena, eficiente em todas as suas propostas.

Educação inclusiva significa também a reorganização do projeto político pedagógico da escola com adequações à proposta da educação inclusiva, o que indica que para que seja considerado um espaço inclusivo, a escola precisa abandonar a condição de instituição burocrática, apenas cumpridora das normas estabelecidas pelos níveis centrais.

Werneck ² (2000) é enfática, ao assegurar que:

Como filosofia, incluir é a crença de que todos têm direitos de participar ativamente da sociedade, contribuindo de alguma forma para o seu desenvolvimento. Como ideologia, a inclusão vem para quebrar barreiras cristalizadas em torno de grupos estigmatizados. Indivíduos marginalizados terão a oportunidade de mostrar seus talentos. O processo de virar tudo pelo avesso é sustentado pela variedade de comportamentos da espécie humana e das possibilidades que cada um tem de se mostrar em certo momento histórico. (WERNECK, 2000, P. 43)

Diante de perspectivas que abrangem reflexão e mudança na ordem da prática pedagógica precisamos pensar que a pedagogia desenvolvida em parâmetros tradicionais infere no ensino de conteúdos desvinculados da realidade social, apresentados sequencialmente nos programas curriculares e são transmitidos em atividades que não levam a reflexão e nem contribuem com a formação de sujeitos autônomos, construtores de seu projeto de vida e de sua cidadania.

A complexidade do processo de ensino depende, para seu desenvolvimento e aperfeiçoamento, de ação coletiva, de espírito de equipe, sendo este o grande desafio na educação que busca a inclusão de forma eficiente, constitutiva de qualidade na sua aplicação, percebendo, portanto, a chegada de alunos com

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