TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Estudo De Caso

Trabalho Escolar: Estudo De Caso. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/6/2014  •  2.030 Palavras (9 Páginas)  •  666 Visualizações

Página 1 de 9

ESTUDO DE CASO

ESTUDO DE CASO

Estudo de caso apresentando a disciplina de saúde mental, no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 03

2. HISTÓRICO 05

3. AVALIAÇÃO GERAL 06

4. DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM 07

5. INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM 08

6. RESULTADOS ESPERADOS 09

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 10

REFERENCIAS 11

1 INTRODUÇÃO

O inicio do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do “movimento sanitária”, nos anos 70, em favor dos modelos de atenção e gestão nas praticas de saúde, defesa da saúde coletiva, equidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado.

A reforma Psiquiátrica é o processo politico e social complexo, composto de atores, instituições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos governos federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de seus familiares, nos movimentos sociais, e nos territórios do imaginário social e da opinião publica.

O ano de 1978 costuma ser identificado como o de inicio efetivo do movimento social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país. O movimento dos trabalhadores em saúde mental (MTSM), o movimento plural formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações de familiares, sindicalistas, membros de associações de profissionais e pessoas com longo histórico de internações psiquiátricas.

Passa a surgir as primeiras proposta e ações para a reorientação da assistência nos anos 80 esse período é de especial importância, pois há o surgimento do primeiro CAPS no Brasil, na cidade de São Paulo e o inicio de um processo de intervenção de repercussão nacional, que demostrou de forma inequívoca a possibilidade de construção de uma rede de cuidados efetivamente substitutiva ao hospital psiquiátrico.

A partir do ano de 1992, os movimentos sociais, inspirados pelo Projeto de Lei Paulo Delgado, conseguem aprovar em vários estados brasileiros as primeiras leis que determinam a substituição progressiva dos leitos psiquiátricos por uma rede integrada de atenção à saúde mental. É a partir deste período que a Reforma Psiquiátrica, começa a ganhar contornos mais definidos, que passam a entrar em vigor no país as primeiras normas federais regulamentando a implantação de serviço de atenção diária, fundadas nas experiências dos primeiros CAPS, NAPS e Hospitais-dia, e as primeiras normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos.

No ano de 2001, a Lei Paulo Delgado é sancionada no país. A aprovação, no entanto, é de um substitutivo no Projeto de Lei Original, que traz modificações importantes no texto normativo. Assim, a Lei Federal 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios.

O período atual caracteriza-se por dois movimentos simultâneos: a construção de uma rede de atenção à saúde mental substitutiva ao modelo centrado na internação hospitalar, por um lado, e a fiscalização e redução progressiva e programada dos leitos psiquiátricos existentes, por outro lado.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, tem valor estratégico na Reforma Psiquiátrica Brasileira. É o surgimento destes serviços que passa a demostrar a possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. É função dos CAPS prestar atendimento clinico em regime de atenção diária, evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos; promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica. É função, portanto, e por excelência, dos CAPS organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios.

Os CAPSad, especializados no atendimento de pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, são equipamentos previstos para cidades com mais de 200.000 habitantes, ou cidades que, por sua localização geográfica (municípios de fronteiras, ou parte de rota de trafico de drogas) ou cenários epidemiológicos importantes, necessitem deste serviço para dar resposta efetiva às demandas de saúde mental.

O CAPS-ad apresenta uma estrutura adequada que retira todo o estigma imposto pelos antigos modelos de instalações psiquiátricas, possui atividades que são oferecidas regularmente como serviços de atendimento individual, atendimento grupal, atendimento aos familiares, tratamento clínico, essenciais para o sucesso do tratamento. E também profissionais que atuam na área como: Assistente Social, Clínico Geral, Educador Físico, Enfermeiro com especialização em Saúde Mental, Psicólogo, Psiquiatra.

Algumas dificuldades impedem o acesso ao centro como a sua localização que muitas vezes dificulta o acesso dos usuários ao sistema, devido à distância e a dependência de carro para locomoção dos usuários e a falta de conscientização da população sobre os serviços oferecidos e a banalização das pessoas que recebem atendimento.

Percebe-se que os usuários ficam ociosos a maior parte do tempo que permanecem no Centro. As atividades diárias são cientificamente comprovadas que melhoram o desempenho e a recuperação dos usuários.

2 HISTÓRICO

J.L.L.F, 42 anos, sexo masculino, pardo, lavrador, 2 filhos, católico, alfabetizado, mora com o irmão, separado da esposa à mais de 10 anos por causado do álcool, vive em casa que possui água encanada, coleta de lixo, esgoto subterrâneo e energia elétrica, higienizado, alimentação sem restrição, não concilia sono e repouso, não pratica atividade física devido a dor nos MMII, apresenta alteração de marcha/movimentos, afeto preservado, comunicação efetiva, internado voluntariamente, relatando tontura, fraqueza nos MMII, não informa episodio de recaída desde o internamento.

Com diagnóstico de alcoolismo e artrose no joelho, Atualmente frequenta o CAPS diariamente, relata ter começado a beber álcool aos 15 anos através de amigos em bares, relata ter perdido vários empregos devido ao alcoolismo e ter afastado sua família. Faz uso de Carbamazepina 200mg, Diazepan, Complexo B, Amitriptilina. Fatores de risco: sedentarismo, queixa-se de insônia, medo. Ao exame físico foram observados: afebril, normosfigmico (p: 70bpm), eupneico (R: 17rpm) e normotenso (PA: 110x80 mmHg).

Uso e efeitos dos medicamentos no caso:

Diazepam: usado para reduzir ansiedade e insônia no paciente, administrado por via oral, causa efeitos depressores aditivos no SNC quando administrados concomitantemente a outros depressores do Sistema Nervoso Central como álcool, barbitúricos, antipsicóticos, sedativos/hipnóticos, ansiolíticos, analgésicos narcóticos, anti-histamínicos, anticonvulsivantes e anestésicos. Podem causar: ataxia, coordenação anormal, esquecimento de fatos recentes, sonolência, perda de equilíbrio, perda de peso, vertigem, tremores, etc.

Amitriptilina: é recomendado para tratamento de depressão, administrado por via oral, não dever se administrado em paciente que tem hipersensibilidade ao medicamento, uso com outras drogas antidepressivas não resulta qualquer benefício terapêutico adicional, hipotensão, estados confusionais, distúrbio de concentração, desorientação, etc.

Carbamazepina 200mg, usado em síndrome de abstinência do álcool, administrado por via oral, dor de cabeça, vertigem, sonolência, ataxia, transtornos da acomodação visual, etc.

Complexo B: responsável pela manutenção da saúde emocional e mental do ser humano. Também podem ser úteis nos casos de depressão e ansiedade,

3 AVALIAÇÃO GERAL

O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade, é usado como facilitador de relações, e seu uso em eventos sociais é amplamente aceito. Esse é um dos motivos pelos quais ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema.

Seu uso é uma prática bastante frequente, aceita e reforçada pela sociedade, tendo seu início, muitas vezes, na adolescência. Mesmo sabendo que o alcoolismo leva alguns anos para se instalar no organismo, acredita-se que o uso precoce de bebidas etílica pode vir a contribuir para o estabelecimento da dependência alcoólica mais cedo, pois geralmente o inicio da ingestão se dá na adolescência, e nessa fase o jovem ainda está estabelecendo sua personalidade e qualquer substância que altere seu comportamento pode ser prejudicial nesse momento de formação.

O alcoolismo está inserido em um contexto de desempregos, mortes no trânsito e homicídios, agressão às crianças e mulheres, desafetos e desentendimentos familiares implicando na separação de casais, entre outros problemas que caracterizam o alcoolismo como um problema de saúde pública mundial.

Levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o consumo excessivo de álcool como responsável por mais de 10% dos problemas de saúde pública no Brasil e o aponta como a terceira maior doença no país. Só perde para os males do coração e os tumores

É preciso compreender as influências dos fatores sociais, como miséria, desemprego, corrupção, que são retratos vivos do nosso dia-a-dia. Neste sentido, criar políticas públicas voltadas para programas de prevenção e promoção da saúde, cujo propósito seja fortalecer os fatores de proteção e diminuir os riscos para o uso, pois entende-se que tão importante como tratar os indivíduos já em uso é preciso proteger os que ainda não entraram em contato.

4 DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM

• Estilo de vida sedentário caracterizado por demonstração de descondicionamento físico;

• Deambulação prejudicada caracterizado por capacidade prejudicada para percorrer as distancias exigidas;

• Dor crônica caracterizada por desconforto, insônia;

• Medo caracterizado por fadiga e fraqueza dos membros;

• Fadiga caracterizado por verbalização de falta de energia para manter rotinas usuais;

• Padrão de sono prejudicado caracterizado por dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo relacionado ao uso de medicamentos;

• Processos familiares interrompidos caracterizado por relato de não ter uma comunicação franca e eficiente entre os membros da família.

5 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

• Ajudar o paciente a identificar um programa realista de exercício levando em consideração suas limitações;

• Consultar um fisioterapeuta para avaliação e planejamento;

• Proporcionar alivio da dor com analgésico prescrito;

• Orientar sobre o ambiente usando explicações simples;

• Auxiliar o paciente e a família adaptarem-se ao estado da fadiga;

• Identificar os fatores causadores e contribuintes para ciclo do sono;

• Reduzir ou eliminar as distrações ambientais e as interrupções do sono;

• Abordar a familiar com calor humano, respeito e apoio.

6 RESULTADOS ESPERADOS

• O paciente expressará intenção de envolvimento em mais atividade física ou irá se envolver nisso;

• O paciente aumentará mobilidade para percorrer;

• O individuo terá alivio satisfatório evidenciado por maior participação nas atividades;

• O paciente relatará aumento do conforto psicológico e fisiológico;

• O paciente deverá participar das atividades que estimulem e equilibrem os domínios físico, cognitivo, afetivo e social;

• O individuo deverá comunicar um equilíbrio ideal entre repouso e atividade;

• A família manterá o sistema funcional de apoio mutuo dos membros.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho percebemos a importância dos Centros de Atenção Psicossocial- Álcool e Drogas tanto para os usuários quanto para a sociedade, devido ao acolhimento e a atenção as pessoas com transtornos decorrentes do uso de substancia psicoativas e do álcool, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território. Destacando aqui o funcionamento dessa unidade e o serviço maravilhoso que a equipe realiza, o que é de suma importância no tratamento dos pacientes.

E também a importância do processo de enfermagem, pois proporciona cuidados como: orientação das medidas que ajudem a desenvolver melhor seu potencial de trabalho, Desenvolver ações para estimular o convívio com as demais pessoas. Orientar medidas que ajudem a desenvolver melhor seu potencial no trabalho, explicando os malefícios decorrentes do uso de álcool. Explicar ao paciente sobre as consequências deixadas pelo álcool. Orientar a família de como lidar com o dependente do álcool. Orientar medidas que promovam melhora no autocuidado e autoconfiança. Colaborar com ações que recuperem a autoestima do paciente. Orientar ao paciente sobre as consequências do uso abusivo de álcool. Estimular a interação social, com amigos e com as demais pessoas do grupo.

REFERÊNCIAS

CARPENITO, J. L. Diagnóstico de enfermagem: aplicação à prática.8.ed. Porto Alegre: Artmed:2002.

NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION. Diagnósticos de Enfermagem da Nanda- Definições e classificação 2009-2011. Nanda Internacional. Porto Alegre, ARTMED, 2010.

http://saudementalpsicob.blogspot.com.br/2009/09/saude-mental-um-breve-historico.html. Acessado em 18/09/13 ás 00:40 h.

...

Baixar como  txt (14.3 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »