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Estudo De Caso

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Por:   •  25/8/2014  •  1.454 Palavras (6 Páginas)  •  307 Visualizações

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A competitividade do mercado cada vez mais obriga as empresas a melhorar a qualidade dos seus produtos. Ausência de defeitos, baixo custo, agilidade na entrega são alguns fatores que determinam a qualidade de um produto. Para atingir esse alto grau de qualidade, são utilizadas diversas técnicas. Entre elas está o CEP, Controle Estatística de Processos, que serve como ferramenta de gestão, seja para monitorar, melhorar e controlar os processos.

O Controle Estatístico do Processo (CEP) monitora as características de maior importância dentro de um processo, assegurando o controle dentro dos limites de especificação e indicando quando adotar ações de correção e melhoria. Quando usado adequadamente possibilita grandes benefícios para as empresas como a satisfação dos clientes, diminuição nos custos de produção, maior lucratividade e melhor relacionamento entre funcionários.

Os instrumentos utilizados pelo CEP buscam monitorar o desempenho de um processo na empresa, verificando as tendências de variações através de dados do mesmo processo com o intuito de minimizar essa variabilidade. Dentre esses instrumentos podemos destacar os gráficos de controle como um dos mais importantes.

Os gráficos de controle, ou também conhecidos como cartas de controle, instituem práticas que operam na detecção de defeitos, aumentam a produtividade, evitam ajustes desnecessários, propõem um diagnóstico do processo além de mensurar a capacidade produtiva da empresa.

Neste artigo foi analisada a principal matéria-prima no setor de corte em um confecção, os tecidos. Utilizando técnicas estatísticas, descreveremos as etapas do processo, apresentaremos resultados e uma conclusão.

Abordagem conceitual

Qualidade: relaciona-se principalmente com ausência de erros ou defeitos nos bens ou serviços e se propõe a estabelecer requisitos que supram com as necessidades do mercado.

Variabilidade: pode ser entendida como o resultado de sucessivas observações de um sistema ou fenômeno que não produzem exatamente o mesmo resultado.

Qualidade na Indústria da confecção: é de extrema importância acompanhar o desenvolvimento dos concorrentes nessa área. Além disso, pequenas e médias empresas nesse setor consideram que um estatístico é mais caro do que refazer todo um processo, ou perder uma produção inteira, ou vender o que se produzir pela metade do preço.

O controle de qualidade nos processos é não só uma necessidade competitiva, como também a garantia de continuar no mercado futuro e devido a isso deve ser encarado pela administração como um custo benefício. Com isso sua execução torna-se relevante para as organizações ao passo que são necessários esforços coletivos de todas as áreas e pessoas envolvidas.

Controle Estatístico do Processo (CEP): O controle estatístico de processo é uma ferramenta poderosa para encontrar a estabilidade de um sistema produtivo e para melhorar a capacidade por meio da redução da variabilidade.

Gráficos de controle: O gráfico de controle ou também chamado carta de controle é uma ferramenta para o monitoramento e para a avaliação da estabilidade de um processo.

Ferramentas da qualidade

Fluxograma: Os fluxogramas representam graficamente cada etapa pela qual passa um processo.

O processo produtivo da empresa inicia-se com a criação de novos modelos, por meio de pesquisas de mercado, viagens e desfiles para saber as novas tendências da moda. Logo após é feita a modelagem dos tamanhos necessários, que são lançados no mercado por meio de catálogos distribuídos para as vendedoras. Os pedidos geralmente são feitos por fax ou telefone. A empresa tanto produz para estoque de produtos acabados como para pedidos. Quando o pedido chega à produção é verificado se tem pronto no estoque; verifica-se o estoque de peças prontas, havendo, atendem-se os pedidos. Caso não haja estoque suficiente o pedido é encaminhado ao setor de cortes. Neste setor é conferido o estoque de matérias-prima. Os tecidos que atendem aos pedidos ficam desenrolados em descanso (enfesto) para evitar o encolhimento das peças. Depois seleciona a modelagem, risca, corta, separa os tamanhos e prende com fitas. As peças necessárias para os pedidos são distribuídas nas maquinas, prosseguindo o processo de costura.

Com base no fluxograma e na realização de uma avaliação das condições e disposições das etapas do processo produtivo chegou-se à conclusão que o corte é um dos setores que mais podem economizar, pois a matéria-prima é determinante no preço final do produto. Com isso o processo de enfestamento é a melhor fase para a aplicação do controle de qualidade, por meio de ferramentas estatísticas e gerenciais, com possível aplicação de Controle Estatístico do Processo (CEP), utilizando Gráficos de Controle.

Os fatores determinantes desta decisão foram:

• É no processo de enfesto que se inicia o processo produtivo, dela sai o produto acabado base, cuja qualidade é essencial para os processos subseqüentes;

• O setor de corte não apresenta nenhum tipo de inspeção;

• Necessidade de um controle adequado durante o processo, atuando nas causas e não nos efeitos;

• Interesse, disponibilidade e cooperação dos integrantes do setor.

Folhas de Verificação

São representações gráficas de situações que requerem grande organização de dados. Da maneira com é feita a folha exige atenção a coleta de dados, segurança e precisão nas contagens feitas. Apesar desse cuidado é fácil construí-la e interpretá-la. O modelo visual que a folha determina permite rápida percepção da realidade que ela espelha e imediata interpretação da situação. A folha de verificação utilizada para detecção de falhas e defeitos na empresa esta representada na tabela, abaixo.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho é caracterizado como sendo um estudo de caso, realizado numa confecção de moda íntima localizada no Estado do Rio Grande do Norte. Quanto aos fins, a pesquisa é exploratória e descritiva. Quanto aos meios utilizados é bibliográfica, documental e de campo.

Trata-se de uma pesquisa quantitativa que buscou, através da coleta de dados primários, analisar a principal matéria-prima da confecção: os tecidos, a fim de identificar irregularidades, corrigir erros, apontar falhas e fazer uma comparação entre os fornecedores. Foi utilizada uma folha de coleta de dados, na qual foram anotados defeitos mais freqüentes.

A coleta de dados foi dividida em etapas, de forma gradativa. Num primeiro momento foi feita uma pesquisa bibliográfica e um levantamento de dados documentais de operações da empresa. Depois foi observado o sistema produtivo, feitas as entrevistas com os responsáveis pelo setor observado e posteriormente realizadas as medições e conseqüentemente retiradas às amostras.

As amostras foram escolhidas aleatoriamente em dez dias consecutivos. O estudo contou com seis amostras diferentes, ou seja, seis rolos de tecidos. Foram analisados os tecidos mais utilizados na produção: o micro fibra e o coton, frente aos dois fornecedores. Fizeram-se inspeções com o propósito de verificar erros como: manchas (buracos), diferença de tonalidades, desvios de trama, defeitos de urdimentos, barras e tramas e variações na largura.

Ao coletar todos os dados e organizá-los em folhas de verificação, foi calculada a média dos desvios, u barra, e o limite superior e inferior de controle, LSC e LIC respectivamente, para cada tipo de tecido de acordo com cada fornecedor. E utilizando-se de estatística descritiva para análise, foram construídos os gráficos de controle u de cada tecido e para cada fornecedor. Os limites de controle foram estabelecidos com base na média amostral.

5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

O principal objetivo de construir os gráficos de controle é monitor o processo, traçar limites de especificação e verificar se este se encontra ou não sob controle com relação ao número de defeitos nos produtos finais. Para critérios de avaliação tomamos como ponto de partida as seguintes imperfeições: manchas (buracos), diferença de tonalidades, desvios de trama, defeitos de urdimentos, barras e tramas e variações na largura.

Com os dados coletados e tabulados foi possível traçar os limites de especificações e posteriormente construir os gráficos para monitorar o processo. Os gráficos de controle u para o tecido micro fibra para o fornecedor A e B, estão ilustrados nas figuras 2 e 3, respectivamente.

Por meio da analise dos gráficos pode-se observar que o processo esta sob controle estatístico. Uma vez que não apresenta nenhum ponto fora dos limites de controle. No entanto, ao relacionar e comparar os resultados para os dois fornecedores percebe-se que o primeiro, fornecedor A, apresenta maior variabilidade, em torno da media, que o fornecedor B, mesmo estes estando dentro dos limites especificados. Já o segundo, fornecedor B, possui um grau de variação de erros inferior quando comparado ao primeiro. Isso se deve, principalmente, a maior ocorrência de falhas/defeitos referentes ao insumo deste fornecedor.

Os gráficos de controle u para o tecido coton para os fornecedores A e B estão representados nas figuras 4 e 5.

Os gráficos de controle apresentados para o tecido coton mostram que não há estabilidade nos processos. A ocorrência de pontos fora dos limites especificados e as freqüentes variações evidenciam a falta de controle nos processos.

Ao analisar os resultados percebe-se que o gráfico referente ao fornecedor B encontram-se fora dos padrões estabelecidos. Ao confrontar esses fornecedores verifica-se que o primeiro se sobressai sobre o segundo no que diz respeito à qualidade dos tecidos fornecidos a empresa. Com isso, pode-se observar que os tecidos do fornecedor A apresentam um menor número de erros que o fornecedor B.

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