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Estudo De Caso

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Por:   •  7/11/2014  •  2.850 Palavras (12 Páginas)  •  225 Visualizações

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As estratégias de pesquisa em Ciências Sociais podem ser: experimental; survey (levantamento); histórica; análise de informações de arquivos (documental) e estudo de caso. Cada uma dessas estratégias pode ser usada para propósitos: exploratório; descritivo; explanatório (causal). Isto significa que o estudo de caso poderá ser: exploratório; descritivo ou explanatório (causal). Sendo mais freqüente os estudos de caso com propósitos exploratório e descritivo.

A estratégia de pesquisa dependerá do tipo de questão da pesquisa; grau de controle que o investigador tem sobre os eventos; ou o foco temporal (eventos contemporâneos X fenômenos históricos).

O Estudo de Caso é preferido quando: o tipo de questão de pesquisa é da forma “como” e por quê ?; quando o controle que o investigador tem sobre os eventos é muito reduzido; ou quando o foco temporal está em fenômenos contemporâneos dentro do contexto de vida real.

O Estudo de Caso explanatório (causal) pode ser complementado por Estudo de Caso descritivo ou exploratório.

A necessidade de se utilizar a estratégia de pesquisa “Estudo de Caso” deve nascer do desejo de entender um fenômeno social complexo.

Geralmente, quando a pergunta de pesquisa é da forma “como?” ou “por quê? As estratégias poderão ser: estudo de caso, pesquisa histórica ou experimental.

Argumentos mais comuns dos críticos do Estudo de Caso:

· Falta de rigor

· Influência do investigador – falsas evidências, visões viesadas.

· Fornece pouquíssima base para generalizações

· São muito extensos e demandam muito tempo para serem concluídos

Respostas às críticas:

· Há maneiras de evidenciar a validade e a confiabilidade do estudo;

· O que se procura generalizar são proposições teóricas (modelos) e não proposições sobre populações. Nesse sentido os Estudos de Casos Múltiplos e/ou as replicações de um Estudo de Caso com outras amostras podem indicar o grau de generalização de proposições.

· Nem sempre é necessário recorrer a técnicas de coleta de dados que consomem tanto tempo. Além disso, a apresentação do documento não precisa ser uma enfadonha narrativa detalhada.

A essência de um Estudo de Caso, ou a tendência central de todos os tipos de Estudo de Caso é que eles tentam esclarecer “uma decisão ou um conjunto de decisões: por que elas foram tomadas ? como elas foram implementadas? e, quais os resultados alcançados?

Um Estudo de Caso é uma pesquisa empírica que:

· Investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real;

· As fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente evidentes;

· Múltiplas fontes de evidências são utilizadas.

Aplicações do Estudo de Caso:

· Explicar ligações causais em intervenções ou situações da vida real que são complexas demais para tratamento através de estratégias experimentais ou de levantamento de dados;

· Descrever um contexto de vida real no qual uma intervenção ocorreu;

· Avaliar uma intervenção em curso e modificá-la com base em um Estudo de Caso ilustrativo;

· Explorar aquelas situações nas quais a intervenção não tem clareza no conjunto de resultados.

Componentes do “design da pesquisa”

· Uma questão de estudo do tipo: como? e/ou por quê?

· Proposições orientadoras do estudo, enunciadas a partir de questões secundárias;

· Unidade de análise: indivíduo? organização? setor? ...

· Estabelecer a lógica que ligará os dados às proposições do estudo;

· Critérios para interpretar os achados – referencial teórico e categorias

Não se deve confundir “generalização analítica” – própria do Estudo de Caso – com “generalização estatística”. O que se generaliza, no Estudo de Caso, são os aspectos do ‘modelo teórico encontrado’. O caso não é um elemento amostral.

Critérios para julgar a qualidade do “design” da pesquisa através de testes lógicos:

Validade de constructo: estabelecer definições conceituais e operacionais dos principais termos e variáveis do estudo para que se saiba exatamente o que se quer estudar – medir ou descrever. O teste é realizado através a busca de múltiplas fontes de evidência para uma mesma variável.

Validade Interna: estabelecer o relacionamento causal que explique que em determinadas condições (causas) levam a outras situações (efeitos). Deve-se testar a coerência interna entre as proposições iniciais, desenvolvimento e resultados encontrados.

Validade Externa: estabelecer o domínio sobre o qual as descobertas podem ser generalizadas. Deve-se testar a coerência entre os achados do estudo e resultados de outras investigações assemelhadas.

Confiabilidade: mostrar que o estudo pode ser repetido obtendo-se resultados assemelhados. O protocolo do Estudo de Caso e a base de dados do estudo são fundamentais para os testes que indicam confiabilidade.

Sobre a preparação para a condução de um Estudo de Caso:

Treinamento do investigador para assegurar que ele tenha as habilidades desejadas para extrair do caso as informações relevantes através de procedimentos fortemente baseados na percepção e na capacidade analítica. São características desejáveis: ser capaz de formular boas questões e de interpretar as respostas. Ser bom ouvinte e não ficar prisioneiro de seus preconceitos. Ser adaptativo e flexível sem perder o rigor – não ter receio, se necessário, escolher outros casos, coletar outras informações, ou decidir refazer o “design”. Ter grande conhecimento sobre os assuntos que estão sendo estudados – como a coleta e a análise ocorrem ao

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