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Impactos Da Crise Imobiliaria EUA

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Por:   •  29/9/2014  •  2.410 Palavras (10 Páginas)  •  386 Visualizações

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trodução

No início de 2007 surgiram os primeiros sinais de uma aguda crise financeira nos EUA. A crise teve origem no mercado imobiliário, sobretudo, no segmento denominado de subprime. Com o aumento da inadimplência do pagamento dos empréstimos baseados no crédito hipotecário ocorreu forte contração da oferta de crédito imobiliário que, por sua vez, provocou queda nas vendas e no preço dos imóveis. As condições para a explosão da “bolha especulativa” do mercado imobiliário estavam dadas, àquela altura era só uma questão de tempo.

Entendendo a crise

Para que fiquem claros quais foram as conseqüências e impactos da crise imobiliária dos Estados Unidos no mundo e principalmente no Brasil, é necessário visualizar o quadro econômico pelo qual o pais (Estados Unidos) vivia em meados do ano de 2007. É muito importante lembrar que nos anos 90 os Estados Unidos passavam por uma aceleração do crescimento econômico e financeiro, e que este fato, aumentava muito o consumo interno do país, conseqüentemente, países que tinham relações comerciais diretas com o mesmo, também se aproveitavam desse crescimento e dependiam disso para um resultado positivo na sua balança comercial.

Com a recessão econômica em meados do ano 2001, deu-se inicio a política da baixa das taxas de juros em combate a crise e tentativa de reagir à mesma.

Com isso, uma política imposta pelo Federal Reserve ( Banco Central Americano), abriu o mercado de concessão de credito de tal forma que pessoas ou empresas que já possuíam financiamentos, podiam renegociar sua divida, para que fosse injetado no mercado mais dinheiro, e conseqüentemente maior volume de negociações para aquecimento econômico. Esse refinanciamento, no entanto era muito atrativo no inicio, porém tinha juros maiores ao passar do tempo, então, a parcela começava baixa, mas terminava muito mais alta. Esse setor ficou conhecido como “subprime” (de segunda linha),que a partir de 2001 cresceu muito e teve a característica de ser o “credito fácil para clientes com poucas garantias para o pagamento”.

Iniciou-se então um alto interesse do mercado mundial nesse setor, que garantia uma maior rentabilidade ao investidor, mas que não dava garantias necessárias. Isso ocorreu, pois o país sempre teve uma boa avaliação em todos os níveis econômicos e financeiros, e com isso o risco existia, mas tinha o maior país do mundo como referencia.

Com todo este cenário, em setembro de 2007 explodiu a crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos, quando o banco Lehman Brothers anunciou falência devido ao alto índice de perdas resultantes de financiamentos “subprime”, e quando o banco Europeu BNP Paribas congelou os saques para três fundos de investimentos que tinham recursos aplicados em créditos gerados a partir de operações hipotecarias nos EUA, alegando dificuldades em contabilizar as perdas destes investimentos. Após o anuncio dos bancos, mais e mais instituições relataram os problemas de caixa, gerando grande preocupação em investidores e dando inicio ao processo de especulação do mercado que também trouxe muitos prejuízos.

Como resultado, os preços dos imóveis caíram e houve grande aumento da inadimplência dos financiamentos, trazendo perdas aos grandes bancos e trazendo mais incertezas ao mercado internacional.

Impactos da crise imobiliária nos EUA, na Europa e América Latina.

Para tentar reverter a crise o governo Americano forneceu crédito aos agentes financeiros e reduziu a taxa de juros para amenizar os impactos da crise em sua economia. Em 2008, o presidente dos EUA anunciou um pacote de incentivos fiscais em torno de US$ 150 bilhões, que se constituiu na restituição de impostos a milhões de contribuintes.

Como efeito, no último trimestre de 2008 a produção industrial dos países desenvolvidos experimentou uma redução bastante significativa, apresentando, em alguns casos, uma queda de mais de 10 pontos base com respeito ao último trimestre de 2007. Mesmo os países em desenvolvimento, que não possuíam problemas com seus sistemas financeiros, como o Brasil, também constataram uma fortíssima queda na produção industrial e no Produto Interno Bruto (PIB). De fato, no caso brasileiro, a produção industrial caiu quase 30% no último trimestre de 2008 e o PIB apresentou uma contração anualizada de 14% durante esse período.

Houve nos países desenvolvidos uma grande queda no crescimento interno, trazendo impactos diretos ao nível de desemprego, que tiveram consideráveis altas, uma grande queda na produção industrial, como conseqüência dos baixos investimentos, baixos níveis de consumo e dificuldades na concessão de crédito. Investimentos internacionais também foram afetados devido ao grande medo que se instaurou sobre esses países.

Com isso, os países em desenvolvimento, tiveram maiores índices de crescimento do que os países desenvolvidos, como exemplos a China e a Índia.

Em números, a China apresentou um crescimento de 9,6% em 2008 e 9,2% em 2009, e a Índia de 3,9% em 2008 e 8,5% em 2009. O Brasil apresentou nessa época crescimentos de 5,2% em 2008, decréscimo de 0,3% em 2009 e crescimento de 7,5% em 2010.

Enquanto isso, os EUA tiveram um aumento na sua divida externa de 66% para 106% do PIB (produto interno bruto) o que representa um total de US$ 6,28 Trilhões. Tudo isso devido aos incentivos fiscais oferecidos e ao endividamento causado pela crise.

Colunas1

2008

2009

2010

2011

2012

EUA

-0,4

-3,1

2,4

1,8

2,2

Russia

5,2

-7,8

4,5

4,3

3,4

China

9,6

9,2

10,4

9,3

7,8

India

3,9

8,5

10,5

6,3

3,2

...

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