Letramento Informacional nas Escolas

Quais são os desafios a serem superados para implementar o letramento informacional nas escolas?

Líbia Lopes de Sousa

Vivemos em um país onde a educação passa por momentos difíceis nas escolas, principalmente nas escolas públicas. São problemas que vem se arrastando há anos, e que está cada vez mais se tornando uma bola de neve. Nos quais governantes municipais, estaduais e federais e até os próprios educadores estão jogando a bola uns para os outros para acusarem os culpados da má qualidade da educação brasileira. Sendo que cada um tem a sua parcela de culpa nessa história da educação. E com isso, inúmeras crianças e adolescentes estão saindo do ensino básico sem a mínima competência de leitura, escrita e letramento.  Isto é, crianças imcapazes de buscar, interpretar, analisar, e identificar uma informação de qualidade para obter êxito na sua vida escolar e futuramente na sua vida universitária.

Muitos são os fatores que contribuem para uma má formação de uma criança no ensino básico, e os principais deles são a desestrutura familiar (pobreza extrema, vilolência, analfabetismo dos pais etc..), má formação do professor e estrutura escolar (o espaço físico e a organização de todo o pedagógico da escola). A escola precisa do apoio da família (pais), do empenho dos professores (boa formação), do apoio governamental para se ter materiais de qualidade para trabalhar com as crianças, salários melhores para os professores e estrutura física apropriada para receber os alunos.

Enfim, muitos são os fatores que precisam ser melhorados na nossa educação, mas os professores juntamente com toda parte pedagógica e administrativa devem fazer acontecer, honrar e valorizar a sua profissão indiferente de todos esses problemas citados, afinal é da escola que saem futuros médicos, advogados, enfermeiros, professores e todas as outras profissões.

Pensando nisso, nesses problemas que assolam a educação brasileira, os principais deles relacionados ao aluno é a leitura e a escrita. Todos os dias os educadores tem falado isso dentro das escolas, que os alunos têm saído do ensino básico sem ler fluentemente, sem interpretar, sem escrever bem.

Tem acontecido em todo país projetos de leitura e escrita como Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa. Projetos maravilhosos, mas que toda a escola deveria participar juntamente com o bibliotecário. Pois se é alfabetização, tem haver com leitura, leitura vem de livros e livros nos remetem a biblioteca. E muitos desses projetos de leitura somente os professores tem participado, enquanto o bibliotecário nem aparece nas reuniões. Muitas vezes por falta do trabalho em conjunto da escola ou por desinteresse do próprio bibliotecário. O que é pior, muitas vezes nem biblioteca possuem na escola.

Ao e assistir o vídeo da entrevista com a professora Kelley Gasque Crise nas bibliotecas escolares podemos fazer todo o tempo uma comparação com as bibliotecas que temos frequentado nos últimos dias. O descaso do poder público e as vezes dos próprios profissionais da educação tem sido assustador. Muitas bibliotecas estão virando meros estoques de livros, enquanto aos profissionais "bibliotecários", muitos se querem possuem o ensino superior para lidar com tal função. Isto é, falta profissional qualificado para tal função. Podemos comtemplar um descaso enorme principalmente governamental em melhorar a biblioteca escolar para auxiliar melhor no aprendizado nos alunos.

Segundo Fialho e Gasque (2014) a biblioteca escolar assume uma função importantíssima na formação de nossas crianças, permitindo desenvolver habilidades que os capacitam a trabalhar de forma independente. Podemos observar no estudo de Ohio que tanto os estudantes como funcionários, professores, bibliotecários afirmam a grande importância que a biblioteca tem na vida estudantil dos aprendizes.  A biblioteca os ajuda a serem pensadores reflexivos, melhora o vocabulário, enfim os tornam competentes em busca de informações de qualidade para sua formação acadêmica. Tal estudo mostrou a biblioteca como espaço de aprendizagem, através de três funções: informação, formação e trasnformação dos aprendizes (FIALHO e GASQUE 2014, p. 08).

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