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O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS CIDADE DO ENTRONCAMENTO

Por:   •  5/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  555 Palavras (3 Páginas)  •  59 Visualizações

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS CIDADE DO ENTRONCAMENTO            

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ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO DO ENTRONCAMENTO

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GRUPO I

Educação Literária

Parte A

Leia atentamente o texto seguinte.

Leve, breve, suave,
Um canto de ave
Sobe no ar com que principia
O dia.
Escuto, e passou...
Parece que foi só porque escutei
Que parou.

Nunca, nunca em nada,
Raie a madrugada,
Ou 'splenda o dia, ou doure no declive,
Tive
Prazer a durar
Mais do que o nada, a perda, antes de eu o ir
Gozar.

                                                                       Fernando Pessoa

  1. Explicite o sentido do verso 5.
  2. Relacione os versos 5 e 7 com a temática deste poema.
  3. A segunda estrofe é claramente disfórica. Prove a veracidade desta afirmação.

Parte B

Leia atentamente o texto seguinte.

Li hoje quase duas páginas
Do livro dum poeta místico,
E ri como quem tem chorado muito.


Os poetas místicos são filósofos doentes,
E os filósofos são homens doidos.


Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
E dizem que as pedras têm alma
E que os rios têm êxtases ao luar.


Mas flores, se sentissem, não eram flores,
Eram gente;
E se as pedras tivessem alma, eram cousas vivas, não
eram pedras;
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
Os rios seriam homens doentes.


É preciso não saber o que são flores e pedras e rios
Para falar dos sentimentos deles.
Falar da alma das pedras, das flores, dos rios,
É falar de si próprio e dos seus falsos pensamentos.
Graças a Deus que as pedras são só pedras,
E que os rios não são senão rios,
E que as flores são apenas flores.


Por mim, escrevo a prosa dos meus versos
E fico contente,
Porque sei que compreendo a Natureza por fora;
E não a compreendo por dentro
Porque a Natureza não tem dentro;
Senão não era a Natureza.

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXVIII"

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