O Estudo de Caso PNI

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS MULTIDISCIPLINARES

NÚCLEO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE

PROMOÇÃO DE SAÚDE 03 

ESTUDO DE CASO: PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES - VACINAÇÃO

ACADÊMICOS:

                                                Lucas Rafael Santos Silva - 190033410

        

DOCENTES:

Prof.ª Dra. Andréa de Oliveira

Prof. Dr. André Ribeiro

Prof.ª Dra. Alessandra Lisboa

Prof. Dr. Jônatas de França

Prof. Dr. Isaias Nery

Prof. Dr. Raul Dusi

Prof. Dr. Jitone Leônidas

Prof.ª Me. Silvia Emanoella

Prof.ª Dra. Jackeline Neres

Prof.ª Me Tayane Medeiros

Brasília - DF

 2023

ESTUDO DE CASO

INTRODUÇÃO:

Formulado em 1973 pelo Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável pela Política Nacional de Imunizações que visa reduzir a transmissão de doenças imunopreveníveis, ocorrência de casos graves e óbitos, com fortalecimento de ações integradas de vigilância em saúde para promoção, proteção e prevenção em saúde da população brasileira.

O programa de imunizações brasileiro oferece, de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ao total são disponibilizadas 19 vacinas cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida.

As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. Quando adotada como estratégia de saúde pública, elas são consideradas um dos melhores investimentos em saúde considerando o custo-benefício.

O Programa Nacional de Imunizações do Brasil é um dos maiores do mundo, ofertando 45 diferentes imunobiológicos para toda a população. Há vacinas destinadas a todas as faixas-etárias e campanhas anuais para atualização da caderneta de vacinação.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA SOBRE O TEMA: 

Em busca de entender melhor sobre o programa foi utilizado o livro “Programa Nacional de Imunizações 30 anos” publicado pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde – Brasília, em 2003. Esse livro nos mostra como foi formulado e implementado o projeto, abordando todas as dificuldades encontradas ao longo do processo e mostrando a importância do projeto ao bem estar da sociedade promovendo saúde e qualidade de vida para crianças, jovens, adultos e idosos.

“Desde que foi criado, em 18 de setembro de 1973, o PNI procura não apenas cumprir sua missão. Nessas três décadas, tornou-se ação de governo caracterizada pela inclusão social, na medida em que assiste todas as pessoas, em todos os recantos do País, sem distinção de qualquer natureza. Seja rico ou pobre, more no litoral ou nos sertões, seja velho ou jovem, o brasileiro sabe que pode contar com vacina de boa qualidade em todos os momentos de sua vida.”

Humberto Costa, Ministro da Saúde 2003.

Um dos objetivos do PNI é garantir o acesso as vacinas a todos os tipos de pessoas independente de raça, gênero, moradia ou riqueza. As vacinas fornecidas pelo programa podem ser encontradas em qualquer posto de saúde ou em equipes/mutirões de vacinas que ocorre em todo o país ano após ano, garantindo assim que as imunizações possam chegar aos mais difíceis locais de acesso. Garantindo assim a saúde de milhões de brasileiros utilizando de comportamentos éticos e lutando contra a desigualdade social. E o livro é capaz de nos mostrar um pouco de como tem sido essa luta nas últimas 05 décadas do projeto.

Na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o PNI brasileiro é citado como referência mundial, uma vez que, nos últimos 50 anos foram mantidas sob controle ou até mesmo eliminadas doenças utilizando os meios de prevenção e vacinação. O que foi alcançado pelo Brasil, em imunizações, está muito além do que foi conseguido por qualquer outro país de dimensões continentais e de tão grande diversidade socioeconômica. No campo das imunizações, somos vistos com respeito e admiração até por países dotados de condições mais propícias para esse trabalho, por terem população menor e ou disporem de espectro social e econômico diferenciado.

“Desde as primeiras vacinações, em 1804, o Brasil acumulou quase 200 anos de imunizações — sendo que nos últimos 30 anos, com a criação do PNI, desenvolveu ações planejadas e sistematizadas. Estratégias diversas, campanhas, varreduras, rotina e bloqueios erradicaram a febre amarela urbana em 1942, a varíola em 1973 e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental, a coqueluche. Mais recentemente, implementaram medidas para o controle das infecções pelo Haemophilus influenzae tipo b, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, da hepatite B, da influenza e suas complicações nos idosos, também das infecções pneumocócicas.”

CAPÍTULO 1 PNI – REFERÊNCIA MUNDIAL, p. 7-8

O livro nos apresenta através de gráfico e tabelas baseadas em estudos realizados ao longo dos anos como a criação de estratégias e campanhas de vacinações podem reduzir em grande escala a proliferação de doenças que podem ser prevenidas entre esses gráficos possuímos resultados de doenças como Febra amarela, hepatite B, meningite tuberculosa, rubéola e outras doenças que veio afetando os brasileiros de diferentes idades ao longo dos anos.

Como mencionado anteriormente, uma das virtudes do programa é a busca pela redução de desigualdade regionais e sociais na área da saúde, no livro é citado uma fala do Secretário da Saúde, Jarbas Barbosa, onde afirma “Toda criança brasileira é vacinada: seja rica ou pobre. Todo e qualquer cidadão brasileiro tem acesso à vacina. Pode morar no Acre ou no Rio Grande do Sul”. Mesmo o Brasil sendo um país tão amplo territorialmente com uma população densa o programa consegue acessar todas as pessoas, ao longo desses 50 anos o projeto foi capaz de se adaptar acabando se tornando um programa descentralizado sendo um fator fundamental para atingir os três níveis do governo: federal, estadual e municipal.