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RELATÓRIO DE ESTÁGIO I - DOCÊNCIA

Por:   •  4/12/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.483 Palavras (6 Páginas)  •  172 Visualizações

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO I - DOCÊNCIA

Marcelo Luiz de Souza

Eloisa Barreto Klein

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso História (0466/4) – EstágioI

17/06/2017

RESUMO

Neste trabalho apresentarei um resumo da experiência docente da minha vida, os preconceitos e bullings sofridos, o inicio da carreira na educação infantil, até chegar após 14 anos de estrada na educação especial. Todo um contato de aprendizados e ensinamentos, exigindo cada vez mais capacitação e amor pela profissão.

Palavras-chave: Educação; História; Preconceito.

1 INTRODUÇÃO

No decorrer da leitura deste trabalho acadêmico, será apresentado o início da minha carreira docente, assim como as confusões vividas dentro da educação, passando por momentos tranquilos e outros conturbados. A experiência de um homem na educação infantil evoluindo para a educação especial, voltado a aprender com os próprios educandos. Pesquisando, lendo cada vez mais, fazendo cursos, para tentar entrar dentro do mundo de um deficiente mental severo, onde cada dia é um mistério, avançar milímetros e regredir metros, mas para cada avanço é uma alegria e cada regressão uma lágrima. Onde o currículo funcional natural ainda é o nosso porto seguro para trabalhar com eles e Vigotski é o nosso mestre dessa embarcação.

2.0 COMO INICIEI NA EDUCAÇÃO

Iniciei minha docência na educação infantil em 2003, na creche Santa Terezinha no bairro Capoeiras/Fpolis, com crianças de 04 anos, dentro de uma comunidade carente, que na época da eleição, vendia o seu voto por uma cesta básica. Passei por muita discriminação, com os pais e outras professoras, no começo tive que provar o tempo inteiro que era homem e hetero, pois por ser uma cultura histórica, que só mulher era vista como “a professorinha” ou “tia” e se tivesse um homem no meio da educação infantil, na visão deles era homossexual. Tive que quebrar esse paradigma e lutar contra o preconceito.

Em 2005 fui trabalhar como act na prefeitura de São José, onde foi mais fácil e tranquilo conquistar o respeito até da coordenadora geral da educação da época, pois transitei em quase todas as creches de São José.

Já em 2006 entrei para a educação especial na FCEE – Fundação Catarinense de Educação Especial, onde trabalha-se com dois professores em sala de aula com no mínimo de 06 (seis) alunos acima de 18 anos com diferentes deficiências. Hoje trabalho com 08 (oito) alunos acima de 50 anos e chega a 69 anos.

Nossa metodologia de trabalho tem como base o currículo funcional natural, que nada mais é o que o aluno necessita para conseguir ter um envelhecimento tranquilo e sadio.

Onde entra a história nisso? Entra dentro da necessidade de sabermos qual é o histórico familiar, saber os porquês, as dúvidas e a estrutura que a família tem, e oque esperam do desenvolvimento do seu filho.

Pegando este foco histórico dos educandos, através de uma entrevista, visitando a casa do aluno, conseguimos planejar varias aulas onde as metodologias condizem com a prática, sabendo o que realmente necessitam para uma boa convivência com a sociedade e os familiares.

SEGUNDO LS VIGOSTSK (Pág. 103) “...Aprendizado não é desenvolvimento; entretanto, o aprendizado adequado organizado resulta em desenvolvimento que, de outra forma, seriam possíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas resumindo o aspecto mais essencial de nossa hipótese e a noção de que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizado ou melhor, o processo de desenvolvimento progride de forma lenta e atrás do processo de aprendizado; desta sequenciação resultam então as zonas de desenvolvimento proximal.”

2.1 – COMO TRABALHAMOS COM OS EDUCANDOS

Trabalhamos com dois professores dentro da sala de aula, com 08 educandos com múltiplas deficiências, tem 04 (quatro) mulheres e 04(quatro) homens, as mulheres tem entre 53 anos à 68 anos, e os homens de 52 anos à 69 anos. Trabalhamos com eles o currículo funcional natural, o que é simples para nós, pode ser uma dificuldade imensa para eles. Ex.: abrir uma torneira, se limpar ao fazer suas necessidades biológicas ou escovar os dentes, etc. Temos o planejamento anual de habilidades (objetivo geral, estratégia e objetivo específico); um planejamento mensal e do momento cultural, sendo este ultimo voltado a diversão de todos os educandos nas sextas-feiras (quinzenalmente), com danças, desfiles, shows de duplas sertanejas trazidas pela rádio guararema, festa junina, dia da família etc.

NOSSO PLANEJAMENTO É VOLTADO A FUNDAMENTAÇÃO TEORICA DE L.S. VIGOTSKI, E SEGUNDO O MESMO (Pág. 68) “...As funções rudimentares inativas, permanecem não como remanescentes vivos de evolução biológicas, mas como remanescentes do desenvolvimento histórico do comportamento. Consequentemente , o estudo das funções rudimentares deve ser o ponto de partida para o desenvolvimento de uma perspectiva histórica nos experimentos psicológicos. É aqui que o passado e o presente se fundam, e o presente é visto a luz da história...”

Vamos falar dos educandos Ilário e Dionísio, ambos tem um histórico e não gostar de tomar banho, sendo que o primeiro tem 69 anos e vive com a irmã de 62 anos e outro irmão também deficiente de 68 anos, os familiares tem hábitos de higiene normais e tentam mudar o pensamento de acumulador do Ilário, o mesmo tem

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