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Resenha O impossível

Por:   •  31/8/2017  •  Resenha  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  142 Visualizações

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No extasiante O Impossível, uma família luta contra a natureza e encontra forças inimagináveis para sobreviver

Enquanto passa férias num hotel na Tailândia, uma família é surpreendida por uma estranha turbulência. Segundos depois, o casal, os três filhos e todos que desfrutam das piscinas do local observam árvores sendo engolidas por uma gigantesca onda. Não há tempo para pensar, que dirá o que fazer a fim de se salvar.

Poucas vezes o cinema conseguiu reconstituir com propriedade de emoções e técnica uma catástrofe natural. Uma delas – e talvez a mais genial – em Além da Vida, de Clint Eastwood. E agora, recriando também o tsunami que atingiu o Sudeste Asiático em 26 de dezembro de 2004, com O Impossível (The Impossible, 2012), do espanhol Juan Antonio Bayona, que despontou com O Orfanato.

Desde sexta-feira em cartaz no país, o filme cultiva um território próspero a partir de sua breve introdução. Não perde tempo em contar a história prévia daqueles personagens, pois eles nunca serão os mesmos depois do que irão enfrentar dali adiante. Maria (Naomi Watts), a mãe, é médica, mas vai precisar dos cuidados do filho mais velho (o estreante Tom Holland, desde já uma promessa): enquanto foi arrastada pela onda, sofreu os mais violentos golpes numa das pernas e num dos seios.

O desespero da outra parte da família não é menor: o pai (Ewan McGregor, ótimo) consegue salvar os outros dois filhos; não tem ideia, porém, de onde foram parar a esposa e o primogênito. Este, um medo inexplicável – o de não encontrar respostas em meio à incerteza e ao caos, já que o lugar foi inteiramente assolado pelo desastre.

Filmes que se baseiam em desgraças factuais raramente fogem ao esquematismo. Não raro, manipulam o espectador sem dó nem piedade: trazem um tipo de emoção emprestada de uma outra atmosfera – a vida. O Impossível teria tudo para ser catalogado como um desses feitos obstinados. Não é por dois motivos. O primeiro vem da concepção de seu realizador. É comum que diretores latino-americanos possuam potencial criativo além do que a indústria vem apresentando nos últimos anos. Por conta disso, o filme busca diferentes ângulos para mostrar algo de conhecimento geral.

Depois, o elenco se doa de tal maneira que toda a inimaginável dor se transforma num sentimento quase palpável. Naomi, que os créditos sejam dados, entrega-se com veemência numa brilhante interpretação, que exprime todo o temor de uma mãe naufragada.

Com esses ingredientes unidos a uma técnica impressionante e a uma trilha sonora cordial, o filme retrata uma história de bravura de modo superlativo. O Impossível, para efeito de comparação, não é menos aterrorizante que O Orfanato ou qualquer filme de terror propriamente dito. É até mais arrepiante, na verdade. A diferença está no que ele discute ao longo da extasiante experiência que oferece: a verdadeira força do ser humano pode ser encontrada em seu espírito de sobrevivência. Impossível mesmo é prever que coisas tão terríveis aconteçam – e que se possa sair delas sem nenhuma mudança.

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