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Uma Proposta de Sequencia Didática com Base Argumentativa Sobre o Tema “Alimentos Transgênicos”

Por:   •  7/9/2022  •  Artigo  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  94 Visualizações

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Argumentação em foco: Uma proposta de Sequencia didática com base argumentativa sobre o tema “Alimentos Transgênicos”

Resumo

Vivemos em um mundo cercado de ciência e tecnologia e o ensino da biologia vem sendo desafiado a instigar o aluno ao questionamento sobre o desenvolvimento científico. Se tratando especificamente da Engenharia Genética, os avanços tecnológicos tem produzido um aumento da quantidade de produtos geneticamente modificados que estão sendo introduzidos diariamente na alimentação humana. Diante desse novo contexto é necessário aproximar o aluno de questões polêmicas como o consumo de alimentos transgênicos, que vem gerando muitos questionamentos e discussões em relação aos riscos e benefícios para o consumidor. Nesse sentido essa sequência didática foi proposta com o de despertar no aluno o interesse pela biotecnologia dos alimentos transgênicos e propor atividades metodológicas que possam auxiliar o professor em sala de aula por meio da prática argumentativa estabelecendo relações entre ciência, tecnologia e sociedade, auxiliando o aluno a construir conhecimentos, habilidades e valores necessários para tomar decisões responsáveis em seu cotidiano.

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Introdução

    A sequência didática é formada por um conjunto de atividades, elaboradas a fim de trabalhar uma unidade temática, com foco em cumprir objetivos previamente definidos, com base na aprendizagem dos alunos. Visto isso, nossa sequência didática tem como um dos objetivos fazer com que os alunos estabeleçam contatos mais profundos com a argumentação, dentro da temática estabelecida, os transgênicos. 

    A prática argumentativa é definida como a capacidade de o sujeito apoiar sua opinião em evidências, a fim de comprovar ou justificar uma afirmativa, além de persuadir o outro. (JIMÉNEZ-ALEIXANDRE; 2010). Para realizar a argumentação, basicamente, é necessário entender três pontos, a conclusão, que se refere ao posicionamento do sujeito. As evidências, ou seja, as provas, tudo que possa servir como base para sustentar seu posicionamento, pode ser desde informações até dados experimentais. E por último, a justificativa que seria a relação da conclusão com a evidência (MENDONÇA e IBRAIM). 

    Dessa forma, a argumentação é uma ferramenta muito importante no ensino, nesse caso, especialmente no de ciências, porque todo o conhecimento que temos até hoje, foi alcançado por questionamentos e comprovações.  A ciência não é, e nunca foi uma imposição de teorias e o papel do professor é fazer com que os alunos entendam isso. Sendo assim, podemos dizer que desenvolver a argumentação é desenvolver nos alunos o raciocínio crítico, isso contribui tanto para o seu aprendizado, como na sua formação cidadã (JiménezAleixandre; 2010). O aluno que argumenta na sala de aula e sobre seu aprendizado, possui base para argumentar na sua vida pessoal e passa a entender a importância desse processo. 

    Sendo assim, consideramos que esse método além de extremamente importante para o desenvolvimento do aluno e do próprio professor (que precisa ser capacitado, seja através de estudos durante ou após a graduação e por contato com a prática argumentativa). Também se encaixa perfeitamente no tema planejado para nossa sequência. Já que os transgênicos, trazem consigo muitas polêmicas e opiniões, que muitas vezes não passam pelo processo argumentativo e são apenas reproduções de “achismo”. 

    Os transgênicos são organismos geneticamente modificados (OGM), ou seja, são seres vivos, (por exemplo, plantas, animais e bactérias) que receberam em seu DNA, um gene de outra espécie que não é sexualmente compatível. Ou melhor, essa modificação não poderia acontecer naturalmente na natureza. Essas alterações, podem ocorrer por diversos motivos, bem como, para potencializar ou criar uma determinada característica daquele ser vivo. Hoje em dia, já é possível encontrar os transgênicos em várias áreas, tal qual, alimentação, saúde, indústria química e têxtil. 

    Em vista disso, os estudos sobre os transgênicos não param de crescer, principalmente por se tratar de uma descoberta muito recente. Dado que o primeiro produto chegou ao mercado em 1982, com as bactérias modificadas geneticamente com um gene humano para produção de insulina. Já no Brasil, o primeiro transgênico desenvolvido foi a soja resistente a herbicidas e desde então já são mais de 129 produtos geneticamente modificados, como plantas, microrganismos e insetos. (IZAQUE, 2002). 

    Ao mesmo tempo que muitos benefícios e vantagens sobre os transgênicos são descobertos e anunciados, a Europa por exemplo restringe o plantio, de plantas OGM. Acredita-se que seja por questões políticas, mas isso gera um desconforto na população que tende a rejeitar ou ao menos querer saber sobre suas desvantagens. Além disso, por ser um estudo recente ainda não se pode afirmar como essas modificações podem interferir na saúde humana em longo prazo. 

    Os alimentos transgênicos ….

    Portanto, é interessante a discussão desse tema em sala de aula para que os alunos possam estudar e entender sobre as técnicas de produção dos transgênicos, os possíveis impactos ambientais, financeiros e sociais que podem haver pela sua produção e consumo. Além disso eles poderão tirar suas próprias conclusões, analisando as evidências e construindo a sua argumentação sobre o tema.

A discussão de temas transversais, como é o caso dos alimentos transgênicos, são preconizados pelos documentos curriculares oficiais para a Educação Básica. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1998), a temática “alimentação” envolve discussões relacionadas à saúde, à economia, à produção e ao consumo e, considera o ensino fundamental e também o ensino médio locais importantes para ações educativas e discursivas: “Recomenda-se um trabalho conjunto com os alunos para a reconstituição do caminho seguido pelos alimentos desde a sua produção até o consumidor [...]” (BRASIL, 1998, p. 277).

Como afirma Silva (2016), a abordagem do tema “alimentação” pode ser direcionado visando uma discussão sociocientíficas de forma a envolver que envolve questões sobre as vantagens e desvantagens dos alimentos transgênicos em relação à saúde e ao uso de organismos geneticamente modificados (OGM) na agricultura e suas implicações ao meio ambiente. Além disso, o desenvolvimento deve envolver a compreensão de argumentos de diferentes grupos sociais tais como “Governamentais e não Governamentais, Empresariais e Cientistas”.

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