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O Portfólio de Atualidades

Por:   •  23/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  193 Visualizações

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PORTFÓLIO 1

Trabalho apresentado ao Claretiano - Centro Universitário para a disciplina de Atualidades em Educação e Diversidade como requisito parcial para aprovação na disciplina.

Prof.

2019

ATIVIDADE DE PORTIFÓLIO

 Refletir sobre o papel que a educação deve representar nos processos de inclusão de alunos das comunidades indígenas. Descrição da atividade Leia o texto: "Educação Intercultural" e avalie como as diferenças culturais são trabalhadas na escola e na sala de aula, colocando suas considerações no Portfólio.

No todo do contexto apresentado pelo texto, é válido avaliar ambos os contextos: uma sociedade cultural de menor número de pessoas (os mapuches) contrastando com a maioria, o povo chileno. Os primeiros, talvez, em função da discriminação criada pela maioria, tentando criar mesmo um ideia separatista de povos independentes, muito provavelmente tentando mostrar que não dependem do povo chileno se estes os tratarem de maneira discriminatória e, do outro lado, os chilenos divididos, uns buscando a tônica de “todos iguais”, mas outros, no conforto da sua discriminação, estáveis em relação a situação.

Freitas (2012) é muito pertinente em sua fala quando afirma que “a educação é multicultural porque abriga em seus espaços múltiplas culturas, e pode ser intercultural se houver diálogo, troca e aprendizado entre elas. Aqui, temos uma excelente definição do que podemos aplicar a este caso em termos de avaliação: Contribuição entre os povos! Ambas às culturas têm pontos importantes à serem compartilhados, tratados ou até mesmo aperfeiçoados com a relação de troca. Esse entendimento, infelizmente as vezes, não chega com a devida noção de senso crítico em relação à igualdade entre as pessoas, o que acaba trazendo problemas, principalmente na educação quando pessoas despreparadas para tratar a situação estão “de pronto” à agir e, inclusive, é o que cita a professora na sua fala: “escolhemos uma menininha, vestimo-la com um traje mapuche e fazemo-la dançar. Isto nada mais é que folclorizar a cultura, não é resgatá-la ou valorizá-la de verdade. Quem sabe o que essa menina está pensando ou sentindo? Talvez nem ela mesma saiba por que está ali fazendo o que se está pedindo”, ontem a mesma tentou identificar atitudes que desconstroem a cultura e costumes de um povo em razão de uma tentativa de adequá-los e não de entende-los. O mais grave de tudo é isso acontecer no ambiente educador.

Outra crítica que merece atenção é a do professor Esteban no referido texto, quando afirmou o seguinte: “alguns professores confundiram o reconhecer das diferenças das diversas culturas com o fazer diferença no trato com pessoas de outra origem”, aqui levando a entender a importância do papel do professor no processo, que tem poder para intervir de maneira crucial neste aspecto no que diz respeito a uma educação construída em valores igualitários relacionados a interculturalidade. Um professor que não seja devidamente preparado à manter a igualdade e reagindo bem à diversidade pode colocar a perder todo um processo de crescimento de um povo em relação à construção de uma sociedade igualitária. Medos, discriminação, falta de preparo e compreensão podem ser as bases dos motivos pelos quais se erra no processo e estes profissionais devem ser muito bem preparados a lidar com isso, até podendo ser resultado de um conservadorismo processual criado na construção da personalidade do profissional e isso é citado nas palavras de Freitas (2012) em relação a isso, quando afirma “o que chamamos por muito tempo de educação conservadora fez disso um modelo de ensino que perpetuava distinções de classe, raça e gênero, etnia e mais ainda, qualificava estas distinções como condições naturais.”

Fresia (professora participante do debate no texto citado) domina a língua mapuche e comenta que “quando os alunos chegam à escola no primeiro ano, já em processo de adaptação, demonstram conhecer várias coisas. Nota-se que há certa pedagogia familiar. Quando lhes pergunto quanto é cinco, eles me indicam com a mão e me dizem “quechu”. Falo com eles em mapudungún e eles me entendem. Percebo, além do mais, que muitos problemas de aprendizagem decorrem deste desconhecimento de nossa língua e dos conceitos impostos às crianças. Consequentemente, mais do que problemas de aprendizagem é uma questão de ensino”. Aqui vemos o quanto a compreensão do contexto cultural é importante e delicado para o educador. Avaliar essas questões e agir considerando o contexto é um dos maiores problemas a ser solucionados. “O grande desafio que se coloca para a educação atual é, sem sombra de dúvida o encaminhamento de forma lúcida dessas questões de difícil solução” (Freitas, 2012). Lidar com tudo isso não é fácil e exige capacitação e reflexão por partes dos envolvidos, principalmente dos professores. “Creio que, se nós, os professores, nos integrarmos, nos prepararmos, e nos interessarmos pelos programas interculturais, sugerindo uma metodologia adequada para nossas crianças, poderemos conseguir muito mais.” Afirma Fresia.

Por fim, é notório que para que as devidas soluções sejam apreciadas, o estado deve intervir. Políticas públicas de intervenção são necessárias para que haja uma devida capacitação dos profissionais, além de lhes dar a devida estrutura básica para, além de lhes proporcionar condições de ensino, possam também somar nas vidas dos alunos saberes que agregam não só conhecimento teórico, mas de vida. É o que encontramos ainda na fala de Frésia no referido debate “No entanto, tudo isto deve constar das políticas educacionais nacionais, é preciso que haja um grande compromisso do Estado e do Ministério da Educação. A meu ver, é preciso que um grupo de pessoas e profissionais trabalhe neste sentido – e não só os professores”

Concluo expressando a última parte da minha opinião afirmando que uma educação multicultural e interculturalidade não é opcional. Temos que aprender a viver com nossas diferenças, respeitando-as e não só isso, mas dando espaço à possibilidade de aprendizados com outras culturas, povos, ideias e saberes diversos. Somos muito fortes quando unimos nossos diversos saberes e a sociedade tem um grande potencial de chegar muito além se entender isso, mas o que não pode acontecer é uma desvinculação do que é certo e uma difusão do errado (discriminação, separatismo cultural e desrespeitos) como algo relativo e opcional ao caráter pois, como afirma Freitas (2012), “vivemos o multiculturalismo pois isso faz parte de nossas vidas. Vivemos em uma sociedade cuja cultura se formou, e vem se formando, ao longo do seu desenvolvimento histórico, através das muitas culturas que por aqui se cruzaram e influenciaram umas às outras.”

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