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Resenha Crítica escritores da liberdade

Por:   •  3/9/2017  •  Resenha  •  538 Palavras (3 Páginas)  •  6.337 Visualizações

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Escritores da liberdade

Escritores da liberdade. Direção: Richard LaGravenese. Produção: Danny DeVito, Michael Shamberg, Stacey Sher. Paramount Pictures / MTV Films / Jersey Films, 2007. 123 min, color.

O filme, baseado em uma história real, narra a trajetória da jovem professora Erin Gruwell, que iniciando sua carreira como professora de literatura e língua inglesa, assume a turma 203 (de alunos problemáticos) de uma escola na periferia da Califórnia e enfrenta o desafio de cativar uma turma desinteressada e violenta.

Como comumente se verifica no ambiente escolar, há um distanciamento do corpo docente da realidade da comunidade a que pertence, e essa é uma característica marcante na construção do contexto deste filme. E essa é mais uma questão que a professora tem de enfrentar para atingir o objetivo que deseja, pois não conta com o apoio da própria escola que menospreza os alunos desta turma.

A escola é localizada Woodrow Wilson (em Long Beach, California), em um bairro que enfrenta grande violência devido a sua composição por gangues de diferentes etnias, que vivem em guerra entre si. E isso se torna nítido ainda nas primeiras cenas, em que há uma briga previamente agendada pelos discentes em frente à escola.

E ainda assim a professora inicia seu trabalho sem muito enfrentamento até que devido a um desenho depreciativo produzido em aula por um dos alunos, faz uma comparação da realidade vivida por esses jovens com o holocausto enfrentado pelos judeus durante o regime nazista característico da segunda guerra mundial. Nesse momento ela os confronta e se percebe julgada como representante do domínio branco e compreende a ausência de respeito à sua disciplina e a falta de interesse na aprendizagem da turma. A partir desse momento ela busca novas estratégias que possibilitem a comunicação entre sua disciplina e a realidade dos alunos e para isso cria um projeto de leitura, que de certa forma traduz essa realidade, que dá inicio com o livro “O diário de Anne Frank”. Dessa maneira, ela apresenta a esses alunos a perspectiva de uma leitura mais ampla de mundo, promovendo assim, uma visão crítica de sua própria existência.

No entanto, mesmo após essa descoberta e o com a expectativa de que finalmente atinja o seu objetivo de proporcionar a seus alunos a educação que lhes fora negada, ela ainda precisa enfrentar as barreiras criadas pela escola, que não investe nesses alunos por sua descrença em seu potencial. Vemos nesse ponto que a própria instituição de ensino enxerga os alunos com preconceito, não lhes oferecendo as oportunidades necessárias para a transformação de seu quadro perante a sociedade. E sendo assim, ela se lança nessa luta pela captação de recursos que possibilitem o seu projeto, ainda que para isso, tenha que investir seu próprio dinheiro e prejudicar o seu casamento.

Ela propõe que cada aluno registre em cadernos, sua percepção do que o cerca e de suas vidas, o que os permite experimentar o poder libertador da escrita e da leitura.

Esse método, desenvolvido a partir do posicionamento amigável e respeitoso da professora, resultou numa verdadeira transformação de seus alunos, seja sob o ponto de vista acadêmico ou social, visto que com ele, ela consegue despertar a motivação desses alunos ao lhes mostrar as possibilidades que o mundo oferece através da educação.

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