Resenha Escola de Artes, Ciências e Humanidades

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Escola de Artes, Ciências e Humanidades

Resenha: “A Onda”

                              Prof.ª Renato Seixas    

                                                                                                   Vitor Alves Coutinho

NºUSP 10882981

São Paulo

2019

Resenha do filme a Onda sob a perspectiva da minha bagagem cultural:

A Onda é um filme alemão de 2008, dirigido por Dennis Gansel, inspirado em um livro de mesmo nome do autor americano Todd Strasser e também na teoria da Terceira Onda. O cenário do longa é uma escola onde um professor, escalado para lecionar sobre autocracia, resolve apresentar na prática a formação de um sistema ditatorial em suas aulas, a partir desta escolha, vemos o impacto nos alunos, em suas relações internas e com outras pessoas da escola, família e cidade, incluindo o próprio professor.

Logo após terminar de assistir o filme pude perceber como regimes autoritários e a manipulação das massas podem ser feitas de forma gradual e imperceptível, e é até mesmo reproduzido, em menor grandeza, em ambientes que desde cedo frequentamos (escolas, igrejas e a nossa própria casa).  Por exemplo, as justificativas das ações incorporadas em igrejas evangélicas em prol do salvamento de almas, são aceitáveis, tratadas de forma natural e vão se espalhando de irmão em irmão. Também tracei um paralelo com o atual momento politico do Brasil e da América Latina que nos garante que mesmo uma sociedade considerada democrática, se é que já alcançamos esse status, não estamos imunes ao crescimento do fascismo e suas perversidades, pois assim como no filme, talvez não se apresente como o nazismo de forma escancarada e do jeito que comecemos, mas podemos já ter desencadeado alguns elementos com chances de ter um efeito devastador em todos e na história sem ao menos percebemos.

Concluo que precisamos como sociedade brasileira na qual também estou incluso desesperadamente nos distanciar de algumas práticas que já se tornaram corriqueiras, como o discurso de ódio, fanatismo cego a personalidades que prometem nos salvar e principalmente temos que acabar com toda essa distância criada entre a população e política. Mesmo o filme não sendo tão atual, com o mínimo de esforço podemos relaciona-lo a nossa atual realidade.

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