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A Classe Operária Vai ao Paraiso

Por:   •  20/5/2017  •  Resenha  •  497 Palavras (2 Páginas)  •  612 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Escola de Artes, Ciências e Humanidades EACH/USP

Resenha crítica do filme “A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO

Disciplina: ACH0141 - Sociedade, Multiculturalismo e Direitos Estado e Sociedade – Noturno

Professor: Luis Jardim

Sérgio Moreira Batista de Souza, nº USP 10407732

Lulú Massa é um operário que trabalha como torneiro mecânico na empresa B.A.N., que produz componentes para a índustria automobilística. Vive com sua segunda esposa e o filho dela, e tem um filho gerado no primeiro casamento.

É um operário que se importa em trabalhar de forma eficiente para atingir índices de produtividade que ele acredita ser o caminho de ganhar mais dinheiro e melhorar suas condições de vida. Esse comportamento o torna extremamente impopular perante os outros operários da fábrica, que constatemente o hostilizam por isso. Ele tem trinta e um anos e trabalha na empresa desde os quinze.

O contexto do filme mostra os operários como máquinas. Lulú está alheio à luta sindical que ocorre nesse período com a reivindicação principal em revogar os critérios de produtividade por quantidade de peças produzidas e dar lugar ao salário por tempo de trabalho.

Tudo isso muda no momento que ele sofre um acidente de trabalho e tem um dedo amputado, porque não teve apoio da chefia quando voltou ao serviço, exigindo a mesma produtividade de antes do acidente sem se importar com mais nada. Ele “acorda” e precebe o quanto era manipulado pela empresa e se revolta com isso, apoiando as reivindicações e a luta sindical que ali se desenrola. Num momento de radicalização ele se envolve em um conflito direto entre os operários e a direção da empresa e é demitido e passa a ser procurado pela polícia por um periodo. Nesse ponto sua esposa o deixa por temer o novo comportamento de Lulú.

Esse conflito se agrava porque os sindicatos não o apoiam por ele ser um “caso isolado” e o interesse é pelas causas coletivas.

No final, a luta sindical tem sucesso e Lulú acaba sendo reintegrado ao trabalho e a política de produtividade é revista pela empresa. Ele acaba se tornando um símbolo da luta sindical naquela ocasião.

Esse filme retrata o clássico conflito entre capital e trabalho, mas também aborda o conflito de interesses entre os sindicatos, mostrado na cena onde Lulú vai a procura do sindicalista mais radical que prega a todo momento a greve e a sabotagem da empresa pelos trabalhadores e o encontra num protesto em uma universidade, com discurso bem parecido. Aí Lulú “acorda” para essa realidade dos interesses diversos dos sindicatos, uns tentando radicalizar o movimento e outros pregando o diálogo e a negociação entre patrões e empregados.

Essa luta acontece o tempo todo, como vemos hoje no Brasil o ocupante invasor do Governo se une ao Congresso Nacional e defende os interesses do Capital, levando adiante um conjunto de reformas que destruirão as conquistas trabalhistas e sociais conquistadas árduamente desde os anos quarenta do século vinte, com a criação da CLT, o primeiro conjunto de leis e normas visando regulamentar o mercado de trabalho.

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