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A Educação e Cultura

Por:   •  1/5/2023  •  Seminário  •  2.447 Palavras (10 Páginas)  •  28 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA (IEC)

DISCIPLINA: Educação Cultura e Diversidade

PROFESSORA: Gilmara Silva Souza

NOME: Miriam Fonseca Carvalho.

QUESTÃO 1: Considerando as figuras anteriores, as reflexões realizadas na disciplina e as leituras dos textos de referência como ARROYO, 2010; BENTO, 2002; CANDAU, 2008; GOMES, 2005; SANTANA e colaboradoras/es 2018, dentre outros responda os seguintes itens: (valor - 10 pontos)

A. Sendo o racismo um sistema social, político e econômico, cujas práticas e efeitos explícitos e/ou velados são reproduzidos institucionalmente, como se dá o processo de construção de identidades raciais no Brasil?

O racismo não é um fenômeno novo no Brasil, ou seja, sua manifestação vem se transformando e se tornando conhecida de novas formas ao longo do tempo, de acordo com o desenvolvimento do continente.

o racismo é uma prática cotidiana que consiste em dar tratamento desfavorável ou desprezo imerecido para uma determinada pessoa ou grupo, que às vezes não é percebido, mas que em algum momento uma pessoa causou ou recebeu.

Nesse contexto o racismo é uma ideologia baseada na superioridade de algumas raças ou etnias sobre outras.

No entanto, a discriminação racial continua sendo uma realidade social, econômica, cultural e política no Brasil; sua erradicação implica uma mudança estrutural no modelo de desenvolvimento e na cultura predominante. No continente ainda existe uma relação direta entre a cor da pele de uma pessoa e sua posição socioeconômica.

Historicamente, um dos elementos que contribuíram para o aumento das hierarquias raciais e sociais no Brasil foi a distribuição desigual da riqueza, ou seja, tanto do poder econômico quanto do poder político. As castas representam as variedades de misturas entre os três grupos étnicos: europeus, indígenas e afrodescendentes. A partir disso, forjou-se uma sociedade colonial baseada na estratificação, privilégios e papéis sociais entre as diversas comunidades. O expansionismo do cristianismo foi utilizado pelo imperialismo como principal defesa da conquista das civilizações indígenas originárias. Isso pode ser visto na distribuição desigual de trabalho, riqueza e raça.

B. Por que a identidade racial branca no Brasil é "invisível"

A identidade racial branca é uma força invisível porque, os brancos precisam se reconhecer. É sobre ser capaz de entrar em uma loja e descobrir que as principais linhas de xampus e cosméticos são voltadas para o seu tipo de cabelo e tom de pele. Trata-se de poder ligar a televisão e ver pessoas de sua raça amplamente representadas. Trata-se de passar pela vida sem ser racialmente perfilado ou injustamente estereotipado.

Essa ideia de identidade racial branca como vantagens invisíveis e inconscientes criou raízes, de forma justa ou não, como uma questão de cosméticos e desvantagens. Tais interpretações ofuscam as origens do privilégio branco, bem como sua capacidade atual de influenciar decisões sistêmicas.

Eles ofuscam o fato de que a identidade racial branca é tanto um legado quanto uma causa de racismo. E eles ofuscaram as palavras de muitas pessoas de cor, que durante décadas reconheceram a identidade racial branca como resultado de atos conscientes e se recusaram a separá-lo das desigualdades históricas.

Em suma, esquecemos o que a identidade racial branca realmente significa, que engloba tudo isso de uma só vez.

E um reconhecimento que não silencie as vozes dos mais afetados pela identidade racial branca ou ignore de onde ele vem e por que tem o poder de permanência. A identidade racial branca existe por causa do racismo e dos preconceitos históricos e duradouros.


C. Como os projetos políticos pedagógicos (currículos, práticas e gestão)
das escolas devem ser elaborados considerando as desigualdades
educacionais existentes e o compromisso com êxito escolar de todos/as
os/as estudantes?

A escola, com base na igualdade de partida, afeta a todos, julga a todos e dá a cada um lugar nas hierarquias escolares, estruturadas em torno da dupla função do sistema escolar: a socialização em valores. a distribuição do trabalho.

A ideologia presente na cultura escolar ensina os alunos a ver o fracasso como algo individual que resulta da sua falta de capacidade, desenvolvendo princípios que priorizam diferenças e divisões em termos de desempenho escolar. Consequentemente, o sistema educacional é responsável por transformar diferenças e desigualdades extracurriculares em desigualdades reais de aprendizagem ou capital cultural. 

Os documentos norteadores da educação têm que visar um processo que possa tirar o aluno do seu isolamento, do seu confinamento em si mesma, abrindo-a à objetivação dos seus interesses, potenciando atitudes pró-sociais. A formação ética e a responsabilidade social devem ser consideradas de forma transversal, pois buscam configurar a base de toda formação humana integral, sobre a qual o aluno pautará seu projeto de vida.

A transversalidade, se refere a uma dimensão educacional que os professores de qualquer disciplina devem ter em mente. A perspectiva integral, cívica e ética deve ser levantada como dimensão integradora.

É preciso pensar nas instituições de ensino como uma formação permanente para nossos professores, capaz de nortear uma formação ética, com responsabilidade social, para isso precisamos de competências docentes como:

Implementar de forma transversal as questões éticas e sociais dos currículos, para que os alunos possam projetar e conceber, em sala de aula, diferentes propostas de soluções para as complexas questões do nosso meio e se preparar para o fazer, posteriormente, no exercício da sua profissão ou trabalho como cidadãos responsáveis.

QUESTÃO 2: Na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 13 de setembro de 2007, afirmou-se que os povos indígenas contribuem para a diversidade e riqueza das civilizações e culturas, que constituem o patrimônio comum da humanidade, além disso, estabeleceu-se que são iguais a todos os outros povos, razão pela qual se reconhece, ao mesmo tempo, o direito de todos serem diferentes, de se considerarem diferentes e de serem respeitados como tal.

No mesmo sentido, reconhece-se que os povos indígenas sofreram injustiças históricas como resultado, entre outras coisas, da colonização e da espoliação de suas terras, territórios e recursos, o que os impediu de exercer, em particular, seu direito ao desenvolvimento de acordo com suas próprias necessidades e interesses. Nesse contexto, o artigo 11 da mencionada Declaração afirma textualmente que: os povos indígenas têm o direito de praticar e revitalizar suas tradições e costumes culturais. Isso inclui o direito de manter, proteger e desenvolver as manifestações passadas, presentes e futuras de suas culturas, como sítios arqueológicos e históricos, objetos, desenhos, cerimônias, tecnologias, artes visuais e cênicas e literaturas.

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