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A UNIVERSIDAD DE LA EMPRESA

Por:   •  13/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.922 Palavras (12 Páginas)  •  69 Visualizações

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UNIVERSIDAD DE LA EMPRESA

Historia da América Latina

Mestranda: Dalila Marques Pinto

Professora: Adriana Clavijo

MONTEVIDEO

20/02/2021

ANÁLISE DOS ARTIGOS “IDENTIDADE EXTERNA E POLÍTICA. ARGENTINA E BRASIL EM PERSPECTIVA HISTÓRICA”, ESCRITO POR FEDERICO MERKE E “A AMÉRICA DO SUL NO DISCURSO DIPLOMÁTICO BRASILEIRO” POR LUÍS CLÁUDIO VILLAFAÑE G. SANTOS”.

O presente trabalho visa analisar os trabalhos dos autores argentino e brasileiro respectivamente, sendo os artigos os seguintes: “Identidade externa e política. Argentina e Brasil em perspectiva histórica”, escrito por Federico Merke e “A América do Sul no discurso diplomático brasileiro” por Luís Cláudio Villafañe g. Santos.

O objetivo do trabalho é analisar e apontar as coincidências e diferenças entre os trabalhos dos autores nas abordagens sobre o papel da identidade dos Estados em seus discursos de políticas exteriores. O tema abordado é identidade política dos Estados, tendo sido utilizada a metodologia bibliográfica, obviamente, uma vez que a análise é exclusivamente sobre os artigos acima citados.

Da análise realizada chegou-se a conclusão que a identidade política de um país é construída, transformada e condiciona sua política externa. Ademais não há identidades naturais e eternas dissociadas dos processos históricos, trata-se de construções sociais. Vários são os elementos que fazem parte dessa construção de identidade nacional e que orientam a visão externa, partindo de aspectos históricos, da formação de Estado, relação entre civis e militares, visão de mundo e os discursos de cada país em cada momento da história.

GENERALIDADES DOS ARTIGOS E AUTORES

Antes de abordar as coincidências e diferenças sobre os artigos aqui estudados, cabe, inicialmente, abordar algumas generalidades sobre os trabalhos e autores.

O artigo “Identidade externa e política. Argentina e Brasil em perspectiva histórica”, escrito por Federico Merke aborda o tema identidade externa e política, mas apenas em âmbito brasileiro e argentino. O autor analisa o discurso de ambos os países e como suas identidades foram construídas, ademais compara suas histórias e o desenvolvimento de seus discursos para entender como veem e se situam sobre a América Latina.

Por outro lado, o artigo “A América do Sul no discurso diplomático brasileiro” realizado por Luís Cláudio Villafañe g. Santos” também aborda o tema identidade política, porém, se restringe ao discurso brasileiro sobre a américa do sul e América Latina, realizando uma linha do tempo sobre o desenvolvimento desses discursos, seus progressos e retrocessos, até chegar ao presente.

Ambos os autores trabalharam com a metodologia de pesquisa bibliográfica.

COINCIDÊNCIAS DE ABORDAGENS

Nos artigos analisados percebem-se mais semelhanças em suas abordagens quanto às identidades políticas internas e externas do Brasil do que diferenças traçadas por ambos os autores.

Sobre as coincidências de abordagens, apontaremos aqui apenas o que diz respeito ao Brasil, uma vez que um artigo se trata apenas da identidade e discurso brasileiro sobre a América Latina e o outro aborda a identidade e discursos sobre a América Latina, realizados tanto pelo Brasil quanto pela Argentina, assim, fica óbvia desde já uma diferença quanto ao conteúdo e abordagem tratada nos textos.

Inicialmente cabe apontar que ambos os autores, para chegar à conclusão em seus trabalhos, apontaram de maneira clara e específica pontos principais sobre a história dos discursos do Brasil, mostrando assim os discursos e identidade política inicial e seu desenvolvimento.

Para mostrar como foi construída a identidade política brasileira é necessário compreender a história, assim ambos os autores trouxeram parte dessa história em seus artigos de maneira semelhante, porém, obviamente, com palavras diferentes.

Sobre a história de formação da identidade política brasileira e seus discursos, conforme os artigos analisados tem-se que a identidade do Brasil é construída através de um conjunto de variáveis e características, sendo que é um país pacífico, respeita o direito internacional, busca o desenvolvimento, é de terceiro mundo, ocidental, cristão, sub-desenvolvido, americano, sul-americano etc.

Iniciando a história na época do Império, nessa fase, o discurso brasileiro tinha presente a divisão entre relações com os países da Europa e com os demais países americanos. Ainda nessa época, o Brasil tinha uma identidade de percepção de uma suposta superioridade em termos de civilização em relação aos demais vizinhos.

Até 1889, o Brasil era definido como uma excepcionalidade no espaço latino-americano: era uma monarquia que havia herdado seu sistema político do Império português, ademais tinha aliança especial com os Estados Unidos da América.

Foi com a proclamação da República que o discurso brasileiro, passou, ainda que timidamente, a incorporar as expressões como América Latina, América do Norte, América Central e América do sul em seu discurso.

Nos primeiros 25 anos da República a diplomacia brasileira atuava com base em dois cenários: Um sistema americano, comandado pelos Estados Unidos da América e um subsistema sul-americano, no qual o Brasil, Argentina e Chile dispunham de autonomia relativa.

A diplomacia de Rio Branco estruturou o discurso sobre o americanismo e a América do Sul, com o escopo de atender seus objetivos que eram a definição das fronteiras, o aumento do prestígio internacional do país e a afirmação da liderança brasileira na América do Sul. Rio Branco mantinha uma aliança não escrita com os Estado Unidos da América.

A diplomacia brasileira manteve, nessa fase, distância das intervenções estadunidenses em sua área de influência direta e em contraste, as relações com Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Paraguai eram mais densas.

Durante a 1ª Guerra mundial, o Brasil ficou ao lado dos Estados Unidos da América, tendo sido o único país sul-americano a declarar guerra à Alemanha e seus aliados. O Brasil apoiava o EUA em seus assuntos gerais e buscava seu apoio nas questões de seu interesse.

Nessa época foi realizado o tratado de Versalhes e houve a criação da liga das Nações, o que atraiu o Brasil e por questões de prestígio e projeção internacional se empenhava. Visando tal prestígio internacional postulou um assento permanente no conselho da liga.

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