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As Diferenças entre Weber e Marx na Problemática das Classes Sociais

Por:   •  24/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.317 Palavras (10 Páginas)  •  270 Visualizações

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Rafael Ribeiro – up201701924

Problemáticas das Classes Sociais

Max Weber


Unidade Curricular Sociologia das Classes e da Mobilidade I

                                Prof. Virgílio Borges Pereira

 PORTO | Dezembro de 2017[pic 1]

Índice

1.        Contextualização        3

2.        Classe        4

3.        Status        5

4.        Partido        6

5.        Diferenças entre Weber e Marx na Problemática das Classes Sociais        7

Referências Bibliográficas        9

Resumo

Neste trabalho serão apresentados os conceitos de classe de Max Weber. As classes sociais não podem ser compreendidas isoladamente, mas apenas quando examinadas na sua totalidade, nas relações mútuas e determinações. A noção de estratificação social acompanha a de classes sendo impossível separar as duas. Assim pode-se entender as classes como uma das dimensões da estratificação.

Palavras-chaves: Classe. Status. Partido. Social.

  1. Contextualização

O sociólogo alemão Max Weber é um teórico da acção social, na qual defende que apenas os indivíduos são capazes de realizar acções sociais, focando assim a sua atenção no indivíduo.

 Weber define e delimita Classe, Status e Partido. Para ele são consequências da distribuição do poder. Partiremos deste ponto. Para uma pessoa estar inserida numa determinada classe deve encontrar-se numa situação de classe comum aos indivíduos pertencentes à mesma classe, porém as classes não devem ser confundidas com comunidades, pois a acção comunitária faz parte da ordem social, em que as pessoas procuram o reconhecimento (status e honra) dentro de determinados grupos. As principais categorias para classificar alguém numa situação de classe é a “propriedade” ou a “falta de propriedade”. As propriedades distinguem-se pelo seu tipo e pelo tipo de serviço prestado, quem não tem propriedade diferencia-se pelo tipo de serviço que presta e pela forma que faz uso deste serviço. Para Weber, a esfera económica não tem capacidade de produzir um sentimento de pertença que seja capaz de gerar uma comunidade.

Status é um grupo social cuja característica principal é a consciência do sentido de pertença ao grupo. A luta por uma identidade social é o que caracteriza o status.

Já os partidos vivem sob o signo do “poder” e as suas acções tendem sempre a uma socialização e pretendem influenciar o domínio existente.

Distinguindo com brevidade a ordem social e a ordem económica, para assim ficar clara a pertença e percepção de todos os conceitos. A ordem social e a económica não são idênticas. A ordem económica é apenas a forma pela qual os bens e serviços económicos são distribuídos e utilizados. A ordem social é, obviamente, condicionada em alto grau pela ordem económica, e por sua vez reage a ela. Assim: “classes”, “grupos de status” e “partidos”.

  1. Classe

A classe para Weber é definida pelo número de pessoas que compartilham, nas oportunidades de vida, a mesma componente causal específica. Esse componente é exclusivamente representada pelos interesses económicos, pela posse de bens, pelas oportunidades e pelas condições de mercado dos produtos e do mercado de trabalho.

Dessa forma, é criada uma (...) situação de classe, que podemos expressar mais sucintamente como a oportunidade típica de uma oferta de bens, de condições de vida exteriores e experiências pessoais, na medida em que esta oportunidade é determinada pelo volume e tipo de poder, ou falta deles, da disposição de bens ou capacidades em benefício do poder de uma determinada ordem económica. A palavra classe refere-se a qualquer grupo de pessoas que se encontram na mesma situação de classe (WEBER, 1974).

A situação de classe é, então, definida pelo tipo de propriedade utilizada para a obtenção do lucro e pelos tipos de serviços oferecidos no mercado. Portanto, as categorias básicas que as orientam são os proprietários e não proprietários. Como o factor que cria a classe é um interesse económico vinculado à existência no mercado, a “situação de classe, nesse sentido, é, em última análise, situação no mercado” (WEBER, 1974).

Deste modo, poderíamos dizer, que as classes se estratificam de acordo com suas relações com a produção e aquisição de bens; ao passo que os Status se estratifica de acordo com os princípios do seu consumo de bens, representado por estilos de vida específicos (WEBER, 1974). Weber também estabelece uma tipologia da classe, destacando três tipos singulares, tais sejam: classe proprietária, na qual as diferenças de propriedades determinam a situação de classe. Existem classes proprietárias positivamente privilegiadas, detentoras de uma série de monopólios relativos à venda de produtos, à poupança, à constituição de patrimónios, à possibilidade de se viver do poder económico. Mas também são encontradas classes proprietárias negativamente privilegiadas, que se fixam como objectos de propriedade, como devedores, pobres, etc. A classe lucrativa, é possibilitada por meio da valorização de bens e serviços no mercado. Os que fazem parte da classe lucrativa positivamente privilegiada são empresários, comerciantes, industriais, e profissionais como médicos, advogados e artistas. Já os trabalhadores qualificados ou não qualificados, são considerados como pertencentes à classe lucrativa negativamente privilegiada. Entre os positivamente privilegiados e os negativamente privilegiados, tanto da classe proprietária, quanto da classe lucrativa, encontram-se as classes médias, formadas por indivíduos com pequenas propriedades ou qualidades do teor intelectual, camponeses, artesãos, funcionários públicos ou privados. No que respeita à classe social, definida por Weber (1991) são membros desta classe a pequena burguesia e o proletariado. Por se tratar de uma construção típica, as classes convergem-se e garantem aos seus representantes a mobilidade entre elas. Indivíduos da classe lucrativa podem também pertencer à classe social. Aqui não há a fixação ou rigidez das posições determinadas. O fluxo social entre uma classe e outra é possibilitado pela própria condução analítica weberiana. Como a classe é definida, em última instância, por interesses económicos, só existem lutas de classes de acordo com acções comunitárias de indivíduos na mesma situação de classe, em busca de melhores acessos ao mercado. Ou seja, a guerra de preços, de salários, de produtos e condicionantes do mercado são os reais determinantes das lutas de classes (WEBER, 1974).

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