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BIBLIOTECA ESCOLAR: NECESSIDADES INFORMACIONAIS; USO DA LITERATURA INFANTIL

Por:   •  25/4/2018  •  Artigo  •  4.619 Palavras (19 Páginas)  •  383 Visualizações

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BIBLIOTECA ESCOLAR: NECESSIDADES INFORMACIONAIS; USO DA LITERATURA INFANTIL.

DISCIPLINA: COMPORTAMENTO INFORMACIONAL

Discente: Clarice Luzia R. Casoni

Resumo: (até 250 palavras)

Este estudo se deu em uma biblioteca escolar no decorrer de 2016, durante o empréstimo de livros, e com o intuito de nortear às praticas de alfabetização e leitura dos alunos nível 6 (Ed. Infantil) a 2º série (Fundamental I), das séries iniciais. Inicialmente a procedimento aplicado foi por meio de observação durante a rotina de empréstimos, levando em consideração as especificações que os alunos deveriam seguir. Para entender, quais eram essas especificações, posteriormente foi realizada uma entrevista não estruturada com as professoras regentes, e a partir disso, observaram-se quais eram as barreiras e necessidades desses alunos durante o empréstimo na biblioteca, com o objetivo de chegar ao entendimento de qual adequação seria necessária para dinamizar e facilitar o processo de escolha individual (aluno) e de uma mesma turma (interpessoal e entorno social), das séries iniciais. Neste contexto, mapear e criar uma ação/ ferramenta/adequação, que seja, favorável ao empréstimo de livros de literatura infantil. O resultado do estudo serviu de base para o projeto de divisão por cores, conforme nível de leitura, uma forma de simplificar o acesso à informação dos alunos na fase inicial de alfabetização e leitura. Em decorrência do diagnóstico foi montar e implantar o projeto intitulado “Livros infantis: escolha seu livro conforme o seu nível de leitura”. Esse projeto envolveu diretamente as docentes e os alunos e a biblioteca como organizadora e responsável pela criação e execução do mesmo.

 

Palavras Chave: Biblioteca escolar, necessidades informacionais, uso da literatura infantil.

1 INTRODUÇÃO  ( Visa apresentar o contexto  abordado no artigo)

Os estudos sobre necessidades informacionais podem ser utilizados em qualquer tipo de serviço prestado em uma biblioteca. Podemos inferir que, os estudos de usuários são primordiais para os afazeres rotineiros da biblioteca escolar.  Devem ser aplicados nas dificuldades dos usuários/alunos. Há essa dificuldade na escolha do livro adequado. Sob orientação, só se pode emprestar  livros de acordo com o tipo de letra, o que nos remete ao nível de aprendizado do aluno, de acordo com seu desenvolvimento na leitura. Percebe-se que, boa parte dos alunos não consegue seguir as orientações recebidas, e fica confusa, correndo de um lado para outro.  Isso demonstra a existência de necessidades, barreiras e dificuldades nesse processo de escolha. Essa afirmativa induz à uma reflexão sobre o serviço de empréstimo da literatura infantil, e alguns questionamentos sobre  dificuldades que devem ser percebidas, ou seja, devemos compreender como e porque são levados a esse ou aquele tipo de comportamento durante o empréstimo. Devemos adequar o acervo, de modo a proporcionar um fácil acesso e compreensão do sistema para todos. Como resultado, há a necessidade de se desenvolver uma divisão por níveis de leitura, para possibilitar eficiência e autonomia. Ao descobrir falhas no serviço, e, com o intuito de resolvê-las, deve-se tomar por base “modelos teóricos de comportamento informacional” para direcionar as necessidades existentes no uso do serviço de empréstimo, para que, ao contextualizar as mesmas, possamos contribuir na interação alunos/acervo/professor. É importante chegar ao consenso de qual ação, ferramenta ou adequação, deve ser implantada, neste caso, a divisão por cores e por nível de leitura. Com o propósito de aprimorar as práticas de letramento, a mesma mostra-se adequada, bem como eficiente na tarefa de apoiar, tida como a principal função da biblioteca escolar.  

2 COMPORTAMENTO INFORMACIONAL

 

Possivelmente, o comportamento informacional e toda a cadeia de movimento são realizados em função de resolver uma questão interna surgida a partir de uma necessidade a ser suprida, como o processo de busca da informação, tendo como base, os modelos de comportamento informacionais e a utilização dos mesmos em qualquer tipo de unidade de informação.

2.1 Modelos de comportamento informacional

        

Podemos sugerir ainda que, dentre os modelos de estudos de usuários, dois se destacam: “Os que descrevem as etapas do processo de busca da informação a partir da identificação das necessidades”.

Um dos precursores dos estudos de comportamento informacional na contemporaneidade foi Thomas D. Wilson. Suas perspectivas percebidas a partir da década de 90 são direcionadas para uma abordagem sociocultural, como também para a avaliação de satisfação e desempenho, enfatizando a relação entre usuários e sistemas de informação interativos.

Percebe-se que há novas perspectivas aceitas como “modelo de comportamento informacional complexo” (MATTA, 2010 p.134). No resumo do modelo e aprimoramento especificados acima, consistem exemplos do esforço científico empregado no entendimento do comportamento informacional dos usuários.

Nesse sentido, de acordo com o discutido anteriormente, e sintetizando, “os estudos contribuem para entender as necessidades dos usuários de informação, e com isso possibilita o fornecimento de insumos aos profissionais da informação” (MATTA, 2010, p.136-137), que servem de apoio para ajustes nos serviços.

 Percebe-se ainda que as barreiras interferem no “estado do usuário [...] muitas vezes as inadequações podem ocorrer de diversas maneiras, como gaps, lacunas, incerteza ou incoerência” (ROLIM; CÉNDON, 2013 apud FURTADO; ALCARA, 2015, p.3), prejudicando o atendimento ao usuário com dificuldade.

 Isso amplia o entendimento do comportamento informacional nas suas relações: individual, social e ambiental, que podem ser observáveis como no caso da ida dos alunos à biblioteca para o empréstimo de livros monitorados e instruídos, mas ainda com dificuldades no momento de sua escolha da literatura infantil. Essas dificuldades advêm de contextos de ordem pessoal, ambiental ou do papel social e interpessoal no uso da informação, seja: científica, cultural ou apenas literatura como forma de aprimorar a leitura.  Mas todas influenciam na busca e satisfação de suas necessidades de informação (MATTA, 2010 p.133).  Para melhor exemplificar o autor supracitado elabora uma figura baseada no primeiro modelo de Wilson para demonstrar que as barreiras podem “advir de contextos de ordem pessoal, ambiental ou papel social e interpessoal todos eles influenciam na satisfação das necessidades de informação” [a](MATTA, 2010, p.134), fica mais evidente como todas se relacionam no esquema demonstrativo: Contexto da necessidade da informação; barreiras e Comportamento de busca:

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