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A LITERATURA INFANTIL NOS PRIMEIROS ANOS ESCOLARES

Por:   •  5/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.962 Palavras (12 Páginas)  •  539 Visualizações

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LITERATURA INFANTIL NOS PRIMEIROS ANOS ESCOLARES

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Pedagogia (         ) – Seminário Interdisciplinar V

RESUMO

Nosso trabalho trás um pouco da historia da literatura infantil e tem como objetivo demostrar a importância da mesma nos primeiros anos escolares da criança e como o contato com o livro e a contação de historia desde seu nascimento influencia no desenvolvimento cognitivo, emocional e social. E também o quanto o professor assume um papel de mediador deste processo trazendo vários textos e gêneros textuais proporcionando a criança momentos de fantasias e descobertas.

Com isso é necessário que o professor oriente a criança, na organização do pensamento como base para toda e qualquer aprendizagem, pois a literatura tornasse um recurso didático de grande aplicação e valor no processo de ensino e aprendizagem e é um importante motivador para formar futuros leitores.  

Palavras-chave: Literatura infantil, Cognição, Afetividade

1 INTRODUÇÃO

O estudo realizado tem por objetivo, verificar a contribuição da literatura infantil no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança, que utilizada de modo adequado, é um instrumento de grande importância na construção do conhecimento da criança fazendo com que desperte para o mundo da leitura não só como um meio de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.  Ao longo dos anos, a educação preocupa-se em contribuir para a formação de um indivíduo crítico, responsável e atuante na sociedade. Diante disso a escola busca conhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita e como a literatura infantil pode influenciar de maneira positiva neste processo.

    A literatura tem como objetivo a formação do leitor. Para tanto, o professor deverá adotar uma postura que privilegie a polissemia, o dialogismo. Deve adotar uma prática pautada no contato com os diversos gêneros textuais e contemplar histórias do dia a dia. Apesar de ser uma vertente da literatura geral que prima, na maioria das vezes, pela escrita direcionada à determinada faixa etária, possui obras com conteúdos capazes de lapidar o imaginário humano e auxiliar a compreensão e resolução de conflitos internos de cada indivíduo em particular. A criança que tem contato com as historias desde cedo tem mais facilidade para aprender e para conviver na escola, a mesma aprende brincando, os conteúdos podem ser trabalhados através de historias, brincadeiras e jogos, pois além de estimular a autoconfiança e autonomia proporciona situações de desenvolvimento da linguagem do pensamento e esta criando espaço para construção do seu conhecimento.

2 A HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL

  A literatura infantil surgiu no século XVII com Fenélon (1651-1715), justamente com a função de educar moralmente as crianças. As histórias tinham uma estrutura maniqueísta, a fim de demarcar claramente o bem a ser aprendido e o mal a ser desprezado. A maioria dos contos de fadas, fábulas e mesmo muitos textos contemporâneos incluem-se nessa tradição. Naquele momento, a literatura infantil constitui-se como gênero em meio a transformações sociais e repercussões no meio artístico. Em 1697, Charles (1628- 1703) Perrault traz a públicas Histórias ou contos do tempo passado, com suas moralidades: Contos de Mão Gansa. Ganham, então, forma editorial as seguintes histórias: A Bela Adormecida no bosque, Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, As Fadas, A Gata Borralheira, Henrique do Topete e O Pequeno Polegar. Os contos de fada conhecidos atualmente surgiram na França, ao final do século XVII, com Perrault, que editou as narrativas folclóricas contadas pelos camponeses, retirando passagens obscenas de conteúdo incestuoso e canibalismo. Assim, acredita-se que, antes do cunho pedagógico, houve o objetivo de leitura e contemplação pela mente adulta. Acredita-se também que a mitologia grega já possuía um modo particular de transmitir o contexto da história de “Chapeuzinho Vermelho”. Posteriormente, Charles Perrault trouxe a história moralizadora e mais adequada aos ambientes sociais que conviviam na época. A história da menina e do lobo sofreu ainda alterações por Hans Christian Andersen e pelos Irmãos Grimm Segundo Cunha (1987), no Brasil, como não poderia deixar de ser, a literatura infantil tem início com obras pedagógicas e, sobretudo, adaptadas de produções portuguesas, demonstrando a dependência típica das colônias.

A Literatura Infantil Brasileira surgiu no final do século XIX. Seu nascimento não pode ser desvinculado das condições históricas que possibilitaram, no século anterior, o aparecimento de livros dedicados às crianças no continente europeia Literatura Infantil surge com o propósito explícito de formar a criança e de lhe ensinar comportamentos desejáveis, tendo, portanto, um caráter eminentemente pedagógico. Durante muito tempo as obras infantis foram vistas somente com esta finalidade, a de ensinar. Esse objetivo estaria embutido na própria assimetria do gênero: adultos que escrevem para crianças.

        No Brasil essa situação não foi diferente. A edição de livros infantis se deu para atender às exigências de um país que buscava, a partir da Proclamação da República, em 1889, se modernizar. A sociedade brasileira dessa época sofria uma forte transformação, em que se colocavam muitas expectativas na educação, à qual a literatura infantil sempre esteve ligada.

        Entre as obras escritas no final do século XIX e início do século XX, as que procuravam descrever o Brasil, o apresentavam como um país de natureza exuberante, predestinado a um futuro promissor e brilhante, e eram obras com características marcadamente ufanistas, de exaltação da pátria. Em relação à linguagem, não havia uma preocupação em adaptá-la ao público infantil e, portanto, essa linguagem hoje nos causa estranheza pela sua erudição. Por outro lado, deve-se relembrar que, na verdade, as primeiras obras publicadas no Brasil para crianças eram traduções e adaptações de obras estrangeiras, as quais circulavam, muitas vezes, em edições de Portugal.

        Assim, cabe citar os nomes de Carlos Jansen e Figueiredo Pimentel, que se encarregaram de traduzir e de adaptar obras para o público infantil brasileiro. Dentre algumas obras podemos destacar os clássicos de Grimm, Perrault e Andersen, divulgados nos Contos da Carochinha (1894 nas Histórias da avozinha (1896) e nas Histórias da baratinha (1896), todos assinados por Figueiredo Pimentel, além de Contos seletos das mil e uma noites (1882), Robinson Crusoé (1885), As aventuras do Barão de Münchhausen (1888), dentre outras obras traduzidas por Jansen.

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