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ENCLAVES FORTIFICADOS E SUAS CONSEQUENCIA NA SOCIEDADE

Por:   •  27/3/2017  •  Artigo  •  669 Palavras (3 Páginas)  •  1.199 Visualizações

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ENCLAVES FORTIFICADOS E SUAS CONSEQUENCIA NA SOCIEDADE

  Com o crescimento da criminalidade e suas consequências, a sociedade começa a viver uma cultura influenciada pelo medo, onde os muros são cada vez mais alto, cercas elétricas e alarmes nas residências, criando-se os enclaves fortificados Enclaves fortificados são espaços privatizados,fechados,monitorados,para residência,consumo,lazer ou trabalho. Caldeira (1996, 2000) aponta que estes empreendimentos estão mudando consideravelmente as formas de viver,consumir,trabalhar e se divertir das classes  médias e altas.Estão mudando o panorama da cidade,pois modificam o caráter do espaço público e das interações sociais,alterando padrão de segregação espacial.Cultivam um relacionamento de ruptura e negação com o resto da cidade e,por isso estão transformando a natureza do espaço urbano.Os enclaves fortificados incentivam a dispersão,pois geralmente são localizados em áreas verdes da periferia urbana e distantes do centro,formando muitas vezes vazios urbanos.Geram também um novo tipo de segregação urbana,
 as pessoas se isolam cada vez mais, perdendo a qualidade de vida e desconfiando mais das pessoas que estão ao redor.  Espaços como shoppings, escolas, moradias são privatizados e assim restringem-se a circulação e acesso de qualquer cidadão, aumentando a exclusão social e fazendo com que a classe mais favorecida deixe os bairros tradicionais por terem uma condição financeira melhor ,para morar em condomínios monitorados , por temerem a mistura social, buscando uma distância e deixando os bairros para a classe marginalizada, pobres e mendigos, acentuando as diferenças e a separação .,aumentando o preconceito com a classe menos favorecida, reforçando a cultura do medo que reconstrói os significados sociais, políticos e culturais desses espaços A população usa o medo da violência e do crime para justificar o uso de tecnologias, para se refugiarem ,aumentando assim isolamento e demonstrando suas condições econômicas, morando em condomínios fechados e se isolando do resto das cidades, Os enclaves são propriedade privada  e enfatizam o valor do que é privado e restrito, ao mesmo tempo em que desvalorizam o que é público e aberto na cidade. São fisicamente demarcados e isolados por muros, grades, espaços vazios e detalhes arquitetônicos. São voltados para o interior e não em direção à rua, cuja vida pública rejeita explicitamente. São controlados por guardas armados e sistemas de segurança, que impõem regras de inclusão e exclusão." A expansão periférica foi realmente contraditória, as classes trabalhadoras passando a ser importantes atores políticos, melhorando suas condições de vida, ao mesmo tempo em que sua capacidade de tornarem-se proprietárias de suas casas diminuiu. Isso levou a população mais pobre a procurar as favelas, cortiços que surgiram como alternativa para a moradia. A organização espacial das cidades, com a expansão do setor de serviços modificou-se, gerando um novo padrão de desigualdade social e heterogeneidade social, que mistura moradores das classes ricas e pobres e os coloca lado a lado. Os empreendimentos imobiliários para pessoas de renda alta passam a se localizar em regiões que eram pobres, ao lado de imensas favelas, assim as regiões metropolitanas se desenvolveram muito rápido, tornando-se não uma extensão da periferia, mas sim da capital. 
Assim conceitos como: liberdade, igualdade e respeito, surgem com a cidade e estes são substituídos por uma fragmentação e separação brusca dos espaços, garantindo a desigualdade preconceituosa, crescendo com o desrespeito aos direitos e a justiça.,
Esta presente na sociedade, porém uma incompatibilidade: as classes médias e altas necessitam e das pessoas das classes menos favorecidas que vivem em favelas para trabalhar como: domésticos, motoristas, serviços gerais e assim estes moradores de comunidades que a classe favorecidas quer tanto distância são contratados para desempenharem funções diversas em suas casas, tornando assim a obrigatoriedade da convivência, causando assim uma dependência de uma classe da outra e acaba-se por concluir que este afastamento é um ato desnecessário, sendo que a expansão das cidades faz gerar uma distinção social e espacial, onde a classe abastada possui maior renda e classe dos mais pobres seja menos favorecida, fazendo a globalização acentuar a grande desigualdade presente e assim, esta não rege e nem unifica os espaços, fragmentando-se e transformando-se em um espaço do capitalismo

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