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Lugar e Cultura

Por:   •  26/4/2015  •  Resenha  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  183 Visualizações

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Sumário

  1. Introdução ..................................................................... 4
  2. Desenvolvimento........................................................... 5
    2.1. Lugar e cultura ......................................................  5
  3. O lugar nas sociedades complexas............................... 6
  4. Instituições totais/Os não lugares ................................. 6
  5. Culturas virtuais ..............................................................7
  6. Referência Bibliográfica................................................. 9

                         

  1. Introdução

       

              Este trabalho foi desenvolvido por resumos feitos do tema Localismos e comunidades virtuais, do livro texto (plt).
Anteriormente a cultura estava se definindo como a produção coletiva de formas de ser que possibilitam a sobrevivência diante dos desafios impostos pela existência e que desenvolvem características que nos distinguem como seres humanos.
                  A cultura está relacionada com nossa humanidade. Ela  se traduz por hábitos, costumes e comportamentos externos e observáveis; pela formação de subjetividades que permitem que tais comportamentos, além de possuir funções práticas e materiais sejam a afirmação de visão de mundo, envolvendo ai emoções, crenças, valores e memória. As culturas são totalidades complexas, compostas por unidades em oposição e conflito que podem ser entendidas como subculturas, interferindo na característica da totalidade, sejam culturas nacionais ou a globalizada, própria da contemporaneidade.
                  Na atualidade a cultura passa por diversas influencias decorrentes das características históricas da época contemporânea (ou pós-modernidade. Que se refere ao período histórico que sucede à Segunda Guerra Mundial quando, em consequência das mudanças geopolíticas e das invenções tecnológicas, especialmente a comunicação por rede de computadores, o mundo desenvolve novo paradigma societário, envolvendo a formação dos Estados Nacionais e a produção industrial.)
                   No estudo da cultura temos dois aspectos que se mostram especialmente importantes, o tempo e o espaço. Só podemos compreender a cultura de um grupo se o situarmos em um tempo e espaço determinado, assim como os membros de um grupo só podem se perceber como participantes de uma cultura quando esta os localiza em um espaço e tempo.

  1. Desenvolvimento

2.1. Lugar e cultura

          n   Estudo referente aos Nuer, povos africanos do Sudão, Evans-Pritchard (nasceu em 1902, em Susex – Inglaterra e morreu em 1973, em Oxford. Foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da antropologia em seu país) afirma que as principais características da terra de Nuer são: Absolutamente plana, possui solo argiloso, florestas muito ralas e esporádicas, fica coberta com relva alta nas chuvas, está sujeita a chuvas fortes, é cortada por grandes rios que transbordam anualmente, quando cessam as chuvas e os rios baixam de nível fica sujeita a seca severa.
                 Essas características interagem entre si e compõem um sistema ambiental que condiciona diretamente a vida dos Nuer e influencia sua estrutura social.
                  A relação com a terra e a ideia de que o território ocupado é uma dádiva divina é parte da mitologia de povos de diferentes origens.
Mar Augé chama de lugar antropológico esse espaço em que o cientista social localiza uma cultura a partir dos referenciais dos grupo estudado. Não se trata de uma região delimitada, mas de um espaço que contem a totalidade da cultura. Isso faz do lugar um conceito menos ambiental e mais relacional, identitário e histórico.        
                 Com esse principio Augé propõe um conceito de espaço apenas parcialmente materializado ou geográfico. No restante, ele é mítico e simbólico.
Thomas Gregor (nasceu em 1940, é etnólogo brasilianista e professor da Vanderbilt University Nashville, nos Estados Unidos. O estudo dos Mehináku deu-lhe o titulo de doutor pela Universidade de Columbia), no estudo dos Mehináku, indígenas do Alto Xingu, analisa os costumes, relações e crenças de um ponto de vista dramatúrgico, como se um texto coerente e estruturado estivesse sendo encenado na aldeia pelos membros do grupo, de maneira a expressar sua visão do mundo. Dessa forma percebe o espaço como uma metáfora das demais relações sociais e politicas.

  1. O lugar nas sociedades complexas

                  Os lugares nas sociedades complexas possuem pontos que não se fixam, não há um ponto fixo em se tratando de cultura, a mesma se dá em relações diferentes como: A casa, as igrejas, o trabalho e tantos outros lugares que poderíamos citar. Nas sociedades complexas e o diverso que se firma, a vida social tende ser acrescido. Na medida em que participamos de outras realidades abre-se um leque; que se torna um lugar de sociabilidade, de diferenças, passando-se a conviver com a diversidade chega-se a conclusão de que independente de onde se esteja há uma cultura, cada lugar tem a sua história, sua particularidade.

  1. Instituições totais/Os não lugares

                  São relações sociais que se estabelecem em determinadas instituições que constituem espaços únicos em que convivem de forma isolada, certos grupos de pessoas, como por exemplo: os manicômios, as prisões e os conventos. Nesses lugares os habitantes se encontram confinados, seja por um motivo de saúde, de segurança nacional, de dependência , seja para realização de determinado trabalho.      
                 Essas instituições se caracterizam pelo fato de os internos realizarem uma série de atividades diferentes num mesmo lugar e sempre com certo grupo de pessoas, seguindo um rígido conjunto de regras e um cronograma detalhado.  
                 Esses grupos de internos são bastante diversos e possuem diferentes origens sociais e regionais, com o tempo, as marcas da cultura de origem começam a se acabar, dando origem ao desculturamento. Há uma disciplina rígida, pois essas instituições vivem em função de seus objetivos, tudo é pensado em função deles.  
                  Aplicam castigos para aqueles que descumprem as regras e recompensas para os que se sujeitam às regras impostas. Existe pouco contato com a sociedade, pois os mesmos, são pequenos e controlados. As relações entre os internos são bastante controladas, não abrem espaço para a criatividade, a identidade e formação de uma cultura própria. A definição de gueto é bastante apropriada para se referir a esses lugares e só se distinguem dos guetos, na medida em que estes se baseiam em uma determinada característica étnica ou social da população, o que não acontece nos manicômios ou na tripulação de navios. Foi Erving Goffman quem pesquisou e deu nome a essas instituições de Instituições Totais. Os não lugares
são espaços que se reproduzem no mundo todo, apresentando as mesmas características impessoais e a históricas. No sentido oposto do localismo, são espaços identitários onde concentramos nosso cotidiano e nossa memória. Shopping centers, caixas eletrônicos, elevadores, vagões de metrô, saguões de aeroportos, interiores de avião, máquinas de café expresso são alguns desses não lugares, semelhantes em todo mundo, independente de onde se instalam.                                                                                                                                      Transmitem uma sensação de aventura e de acaso, onde coisas novas podem acontecer. Nesses lugares, as pessoas não se conhecem, geralmente estão em transito e não estão lá para se encontrar. São espaços de deslocamento e tráfego, pois as pessoas passam rapidamente e sentem-se desconfortáveis quando devem lá permanecer. O que tem feito proliferar os não lugares pelo mundo é o desenvolvimento tecnológico e a globalização. Resultante de projetos, de franquias e de empresas que se espalham pelo mundo, tornando esses espaços de paisagem não identificáveis na medida que se implanta em todos os países as mesmas lojas, o mesmo tipo de máquina, de elevadores e edifícios. O confronto entre esses não lugares e as culturas que os recebem é grande e resulta geralmente em soluções estranhas. Os não lugares foram pesquisados e estudados por Marc Augé.

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