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Marx- um toque de clássicos

Por:   •  26/5/2015  •  Resenha  •  1.109 Palavras (5 Páginas)  •  359 Visualizações

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O livro procurar expor, inicialmente, os motivos que corroboraram para o surgimento da sociologia. A transição do tempo medievo - como a autora define - para o tempo moderno se deu por meio de uma cascata de mudanças em âmbito social e econômico. Isso porque a revolução industrial além de provocar o surgimento de uma nova classe, a dos proletários, foi responsável por um "boom demográfico" que promoveu um processo de urbanização desordenada nos centros industriais.

No decorrer da introdução, é abordada a quantidade de problemas sociais que essa nova classe teve de conviver por consequência da Revolução Industrial. Violência, prostituição, exploração do trabalho, insalubridade e condições de vida desumanas, foram, resumidamente, os motivos pelos quais séries de revoltas estouraram à época.

Além da Revolução industrial, segundo a autora, a Revolução Francesa, que tem por base o Iluminismo, também foi um propulsor para o surgimento da Sociologia. Durante o século 19, dúvidas sobre a origem, a natureza e os rumos que tomariam as sociedades, e outros tópicos como liberdade, moral, leis, direito, obrigações, autoridade e desigualdade se tornavam cada vez mais corriqueiras. A fim de explicar tais questões, o surgimento da sociologia, novamente, se fez necessário.

As autoras abordam em sua obra três sociólogos, Weber, Durkheim e Marx. Este último é abordado primeiramente com uma análise sobre suas formulações sobre a vida social. Seguidores do filósofo Hegel, Marx e Engels foram figuras importantes que mantiveram sempre um debate com o idealismo hegeliano, usando as ideias racionais da dialética desse filósofo, voltando-as para a sociedade. Mais pra frente, esses dois passaram a divergir com outro discípulo de Hegel, Feuerbach. Ele defendia que a alienação tem como base a religião, havendo, assim, a necessidade da crítica para a superação. Marx e Engels acreditavam, porém, que a crítica era somente uma "luta contra frases" e que, então, era preciso entender o mundo como resultado de toda ação humana, passível de mudança à medida que a sociedade evolui. Segundo Marx, também, as forças produtivas estão interligadas à sociedade, sendo assim, à medida que novas forças produtivas surgem, as relações sociais, como um todo, mudam.

Ao tratar sobre produção e reprodução, Marx expõe a diferença da exploração dos recursos naturais pelo homem e por outros animais. Todo animal busca na natureza recursos que garantam a sua própria sobrevivência e a de sua espécie, porém, o homem, diferentemente dos outros animais, que interagem com a natureza de forma inconsciente e não acumulativa, busca o controle da mesma, gerando novas necessidades. Diante disso, os homens não só criam novos objetos, que são passados para as próximas gerações, como também cresce como individuo.

Atentando para a interligação entre dois conceitos, força de trabalho e relações sociais de produção, Marx define o primeiro como sendo o modo que o homem utiliza a natureza para a produção. Já o segundo busca entender a relação entre os homens no meio produtivo, ou seja, das inúmeras formas de organização do trabalho e da distribuição dos bens produzidos, mas também dos modos de segmentação da sociedade.

De acordo com o marxismo, o incremento da produtividade, possibilita o surgimento das classes sociais, pois, enquanto a única luta fosse para obter da natureza o indispensável à sobrevivência, só existiria a divisão segundo as condições de trabalho de cada um. Segundo Marx, também, a apropriação privada dos meios de produção, faz surgir duas classes, os detentores desses meios e os não detentores. Dai surge uma crítica relacionada à exploração dos não proprietários pelos proprietários, sem chances dos primeiros de usufruir de suas potencialidades.

Conhecida como o “motor da história”, a luta de classes é responsável pelas principais mudanças estruturais em uma sociedade. Isso é devido ao antagonismo de interesses existente entre as classes, tendo em vista a exploração que os não proprietários são submetidos. Então, quando unidos em defesa

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