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O Aspecto Ideológico da Indústria Cultural

Por:   •  17/9/2019  •  Artigo  •  5.618 Palavras (23 Páginas)  •  143 Visualizações

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O ASPECTO IDEOLÓGICO DA INDÚSTRIA CULTURAL

                                                                                 Alexsandra Marcanssoni Carnaval[1]

                                                                                  Bruna Ortega Klaus[2]

                                                                                  Douglas de Oliveira Ferreira[3]

                                                                                                                           Gustavo Vinicius Benatto Acioly[4]

                                                                                                                           Karine Miranda da Silva[5]

                                                                                                                           Maria Laura de Souza Pereira[6]

Resumo:

O objetivo desse texto é apresentar a utilização do mecanismo de produção artística no aspecto ideológico no meio social. Com base na temática da Indústria Cultural estabelecida por Theodor Adorno e Max Horkheimer, o texto trabalha em como a produção artística e cultural atua na sociedade e quais as suas consequências ao indivíduo que a consome.

Palavras-chave: indústria cultural; ideologia; produção artística; alienação; Adorno.

Resumen:

El objetivo de este texto es presentar la utilización del mecanismo de producción artística en el aspecto ideológico en el medio social. Con base en la temática de la Industria Cultural establecida por Theodor Adorno y Max Horkheimer, el texto trabaja en cómo la producción artística y cultural actúa en la sociedad y cuáles sus consecuencias al individuo que la consume.

Palabras clave: industria cultural; ideología; producción artística; disposición; medios de comunicación; Adorno.

  1. INTRODUÇÃO

                    A indústria cultural foi um termo pronunciado por Theodor Adorno e Max Horkheimer da escola de Frankfurt.  O termo veio para “substituir” a expressão “cultura de massa”, como um sinônimo, porém, mesmo sendo em sua grande maioria apresentadas juntas, são diferentes, pois a Indústria cultural é um produto da cultura de massa, sendo caracterizada por um traço inicial: Quem a consome não a produz. A indústria cultural e a cultura de massa surgem no século XVIII, após a revolução industrial, porém não faz sentido fazer referências a esses termos antes desse período, pois eles nascem em função da economia de mercado, da sociedade de consumo e da crescente industrialização, para satisfazer os interesses da sociedade capitalista ascendente e em consequência, à oposição de classes. É a partir do século XX que a indústria cultural é massificada principalmente pelo cinema e rádio.

                    Adorno e Horkheimer trazem a cultura e a ideologia como temas centrais em suas obras. O conceito de ideologia sofre constante mudanças com o passar do tempo, mas a sua essência continua nas mãos da classe dominante detentora dos meios de produção do pensamento, intensificando assim, as relações de poder no âmbito social por meio da dominação. Veremos nesse artigo, que o processo da indústria cultural e seus elementos objetivos e subjuntivos, a cultura e a produção de conteúdo são produtos comercializados por essa mesma classe governante, a fim de assegurarem sua soberania ideológica.

                    Veremos também, como a indústria cultural trás as ideologias capitalistas, por meio da produção artística à grande massa. No processo da democratização cultural, o indivíduo perde sua criticidade perante o que lhe é apresentado, custando assim, também, sua identidade e sua cultura, pois ele aceita o que é apresentado, sem nenhum questionamento, sendo vítima assim, de um dos maiores efeitos da indústria cultural: o conformismo social.

  1. A INDÚSTRIA CULTURAL E SEUS ASPECTOS

                No século XX, as relações artísticas massificadas foram observadas através de filósofos e sociólogos da Escola de Frankfurt. O termo Indústria Cultural abordado nesse artigo, remete a uma produção de cultura, o mesmo redigido por Theodor Adorno e Max Horkheimer, pensadores que analisaram os meios de comunicação, as massas e o grande abismo: a manipulação, que herdam os consumidores dessa indústria. A Indústria Cultural é difundida por um aglomerado de meios de comunicação e produção, por meio do cinema, televisão, jornais, rádio entre outros.

                    A arte passou a ser vendida como um produto e perdeu o real significado e o valor do conhecimento, os filósofos notaram que o responsável desses acontecimentos seria o capitalismo crescente. O público recebe aquilo que a indústria impõe e não questiona, pois recebe o que pensa que deseja.

 

 “Senso crítico e competência são banidos como presunções de quem se crê superior aos outros, enquanto a cultura, democrática, reparte seus privilégios entre todos. Diante da trégua ideológica, o conformismo dos consumidores, assim como a imprudência da produção que estes mantêm em vida, adquire uma boa consciência. Ele se satisfaz com a reprodução do sempre igual.”  (ADORNO, 2002, p.16)

 

                   O autor afirma que a sociedade se habituou as mesmas produções, e não usufrui a crítica. A indústria cria uma alienação das massas, detém de um controle social, manipula o consumo com a mercantilização da cultura. Nesse cenário, a população é vista pela indústria como um objeto.

                   Ao se referir ao aspecto econômico, focamos no capitalismo, a indústria cultural nasceu juntamente com ele, após a Revolução Industrial. Ao meio de conglomerados empresariais, grupos que detém do monopólio de determinados produtos e serviços de comunicação.

                   O aspecto ideológico da indústria cultural carrega elementos objetivos e subjetivos. Nos elementos objetivos, ela classifica os consumidores, ou seja, a indústria produz a cultura para um determinado público, porém essa produção pode se expandir para toda a massa. Quando a indústria cultural consegue influenciar as percepções individuais, ela faz um esquematismo da produção através de instâncias que gerenciam e controlam os processos sociais. Nesse esquematismo, nossas percepções não são reais, não possuímos a sensibilidade de percepção externa à indústria cultural. A regressão do pensar e da audição, tendenciou a indústria a produzir filmes, músicas, com sentido para a distração, ou seja, passamos a ouvir menos e a pensar menos criticamente sobre as produções da indústria, o que ocasionou na adaptação das massas a aceitarem o que os controladores impõem. A pseudo individualidade, ou seja, a entrada da influência cultural da indústria na vida particular, a consciência falsa das grandes massas, a harmonia ilusória que a indústria transmite e a direção do olhar que ela impõe, são elementos subjetivos a ela. Adaptações e imitação do “mesmo” são reproduzidos constantemente pela indústria, a presença do fetichismo que é a autonomia de um produto sobre os usuários, a vivacidade e o encobrimento mostra o aspecto estético da Indústria Cultural.

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